Roger Machado tem uma partida para acalmar ambiente do Grêmio, que vive tensão
Bastaram três partidas para o Grêmio virar uma panela de pressão. A expectativa de quebrar o jejum de títulos no começo da temporada teve o mesmo tamanho das cobranças que vieram logo em seguida da queda na semifinal do Gauchão e da derrota para o Rosario Central na abertura das oitavas de final da Libertadores. Vários fatores colocam o clube sob tensão nos mais diversos setores e uma nova derrota pode sacramentar uma série de mudanças.
E não são apenas mudanças nos nomes de jogadores, treinador ou time titular. São trocas mais profundas. Dirigentes e até o departamento médico encaram um momento de instabilidade interna. Os bastidores montam um quadro de muita crítica e ânsia por mudança.
Uma vitória por dois ou mais gols de diferença sobre o Rosario Central pode amenizar o momento turbulento. Mas o contrário, ser eliminado da Libertadores, tende a desencadear um processo de alterações intensas que a reportagem do UOL Esporte apurou e elenca a seguir:
Áudio vazado e pressão sobre diretor
Quem mais sofre com a pressão pelas derrotas do Grêmio é o diretor executivo de futebol Rui Costa. Um áudio do filho do ex-presidente Fábio Koff, Fabinho, que é conselheiro do clube, mostrou o quanto o clima é tenso internamente. O arquivo foi enviado a um amigo que compartilhou a grupos e acabou viralizando.
"Um clube como o Grêmio, o cara entregar para um executivo de fala mansa, malandro, escroque. Não é burro, é inteligente. E falso pra c... Uma das pessoas mais hipócritas que eu conheci na vida. Até o fim dos meus dias não vou me perdoar por não convencer o velho [Fábio Koff] a tirá-lo", diz o áudio.
Rui, após a derrota para o Rosario Central, disse entender as críticas e afirmou que se fosse ele o problema, o presidente poderia tirá-lo do comando.
Caxumba tira destaques do elenco
Porto Alegre sofreu com um surto de caxumba. E a doença se espalhou pelo elenco do Grêmio. Foram quatro casos confirmados e um não confirmado pelo departamento médico. Entre os que os responsáveis pelo grupo admitiram a doença estão Henrique Almeida, Ramiro, Luan e Pedro Geromel. Três titulares.
O motivo da reclamação sobre o comando do departamento médico gremista se dá porque, no surgimento do primeiro caso ou quando a cidade oficializou o surto e alertou a população, uma vacinação preventiva poderia ter sido feita para minimizar o dano. Não foi. O Tricolor postergou o problema e só vacinou o elenco após o quarto caso. Por isso, até mesmo o departamento médico pode ser alterado em caso de infortúnio.
Roger contra marca negativa
A torcida é impaciente. A pressão pelo jejum de títulos atinge até o técnico Roger Machado. Ao ver o comandante se encaminhar para o mesmo destino dos antecessores - queda no Gauchão e eliminação em seguida na Libertadores - o treinador é alvo de cobranças dos aficionados, principalmente.
Ao fim do jogo contra o Rosario Central, muitas vaias. A torcida, por vezes, critica Roger pela inexperiência e a permanência no mesmo estilo de jogo mesmo quando este se mostra ineficiente. Não seria surpresa uma mudança no comando técnico em caso de derrota, mesmo que o comando do clube rejeite isso aos microfones.
Trauma das oitavas
Desde 2009, o Grêmio não conhece fase além das oitavas da Libertadores. Caiu para Universidad Católica em 2011, Santa Fé em 2013 e San Lorenzo em 2014. Agora, perdeu o jogo de ida para o Rosario Central e pode novamente morrer antes das fases mais quentes.
Rival perto de mais um título
No Rio Grande do Sul, tudo que acontece no Grêmio repercute no Internacional ou vice-versa. Enquanto o Grêmio está fora da final e na fila por títulos há muitos anos, o Internacional tem conquistado ao menos o Estadual todos os anos. No fim de semana, ainda, venceu o Juventude fora de casa e aproximou o hexacampeonato.
A marca de seis títulos em série rompe marca de mais de 40 anos e coloca o Colorado mais perto da maior marca da história gaúcha em sequência de conquistas. Oito conquistas seguidas.
Política de reforços
A política de contratações do Grêmio não mudou em nada do ano passado para este. Um grande reforço (Em 2015 Cristian Rodríguez, em 2016 Miller Bolaños) e as demais chegadas tentando gastar o mínimo possível. Os valores mais altos foram empenhados em jogadores que já estavam no grupo, como Maicon.
Enquanto isso, o lateral direito contratado para substituir Galhardo - melhor do último Brasileiro - não conseguiu atuar regularmente e Ramiro tem jogado improvisado. Um dos dois zagueiros contratados já foi até mandado embora e o outro é titular ao lado de Geromel. Mas ainda não mostrou a mesma segurança de Erazo, que foi para o Atlético-MG. Henrique Almeida, que chegou para o ataque, também não é titular, e Bobô, que já estava no elenco, é usado com mais frequência.
Protestos e torcida irritada
A torcida do Grêmio não está nada contente. Já protestou atirando pipoca nos jogadores antes de um treinamento e na última semana o clube tratou de pedir reforço policial para evitar nova ação. Em ruas de Porto Alegre, faixas já foram expostas pedindo mudanças e tudo cria um clima de tensão.
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E não são apenas mudanças nos nomes de jogadores, treinador ou time titular. São trocas mais profundas. Dirigentes e até o departamento médico encaram um momento de instabilidade interna. Os bastidores montam um quadro de muita crítica e ânsia por mudança.
Uma vitória por dois ou mais gols de diferença sobre o Rosario Central pode amenizar o momento turbulento. Mas o contrário, ser eliminado da Libertadores, tende a desencadear um processo de alterações intensas que a reportagem do UOL Esporte apurou e elenca a seguir:
Áudio vazado e pressão sobre diretor
Quem mais sofre com a pressão pelas derrotas do Grêmio é o diretor executivo de futebol Rui Costa. Um áudio do filho do ex-presidente Fábio Koff, Fabinho, que é conselheiro do clube, mostrou o quanto o clima é tenso internamente. O arquivo foi enviado a um amigo que compartilhou a grupos e acabou viralizando.
"Um clube como o Grêmio, o cara entregar para um executivo de fala mansa, malandro, escroque. Não é burro, é inteligente. E falso pra c... Uma das pessoas mais hipócritas que eu conheci na vida. Até o fim dos meus dias não vou me perdoar por não convencer o velho [Fábio Koff] a tirá-lo", diz o áudio.
Rui, após a derrota para o Rosario Central, disse entender as críticas e afirmou que se fosse ele o problema, o presidente poderia tirá-lo do comando.
Caxumba tira destaques do elenco
Porto Alegre sofreu com um surto de caxumba. E a doença se espalhou pelo elenco do Grêmio. Foram quatro casos confirmados e um não confirmado pelo departamento médico. Entre os que os responsáveis pelo grupo admitiram a doença estão Henrique Almeida, Ramiro, Luan e Pedro Geromel. Três titulares.
O motivo da reclamação sobre o comando do departamento médico gremista se dá porque, no surgimento do primeiro caso ou quando a cidade oficializou o surto e alertou a população, uma vacinação preventiva poderia ter sido feita para minimizar o dano. Não foi. O Tricolor postergou o problema e só vacinou o elenco após o quarto caso. Por isso, até mesmo o departamento médico pode ser alterado em caso de infortúnio.
Roger contra marca negativa
A torcida é impaciente. A pressão pelo jejum de títulos atinge até o técnico Roger Machado. Ao ver o comandante se encaminhar para o mesmo destino dos antecessores - queda no Gauchão e eliminação em seguida na Libertadores - o treinador é alvo de cobranças dos aficionados, principalmente.
Ao fim do jogo contra o Rosario Central, muitas vaias. A torcida, por vezes, critica Roger pela inexperiência e a permanência no mesmo estilo de jogo mesmo quando este se mostra ineficiente. Não seria surpresa uma mudança no comando técnico em caso de derrota, mesmo que o comando do clube rejeite isso aos microfones.
Trauma das oitavas
Desde 2009, o Grêmio não conhece fase além das oitavas da Libertadores. Caiu para Universidad Católica em 2011, Santa Fé em 2013 e San Lorenzo em 2014. Agora, perdeu o jogo de ida para o Rosario Central e pode novamente morrer antes das fases mais quentes.
Rival perto de mais um título
No Rio Grande do Sul, tudo que acontece no Grêmio repercute no Internacional ou vice-versa. Enquanto o Grêmio está fora da final e na fila por títulos há muitos anos, o Internacional tem conquistado ao menos o Estadual todos os anos. No fim de semana, ainda, venceu o Juventude fora de casa e aproximou o hexacampeonato.
A marca de seis títulos em série rompe marca de mais de 40 anos e coloca o Colorado mais perto da maior marca da história gaúcha em sequência de conquistas. Oito conquistas seguidas.
Política de reforços
A política de contratações do Grêmio não mudou em nada do ano passado para este. Um grande reforço (Em 2015 Cristian Rodríguez, em 2016 Miller Bolaños) e as demais chegadas tentando gastar o mínimo possível. Os valores mais altos foram empenhados em jogadores que já estavam no grupo, como Maicon.
Enquanto isso, o lateral direito contratado para substituir Galhardo - melhor do último Brasileiro - não conseguiu atuar regularmente e Ramiro tem jogado improvisado. Um dos dois zagueiros contratados já foi até mandado embora e o outro é titular ao lado de Geromel. Mas ainda não mostrou a mesma segurança de Erazo, que foi para o Atlético-MG. Henrique Almeida, que chegou para o ataque, também não é titular, e Bobô, que já estava no elenco, é usado com mais frequência.
Protestos e torcida irritada
A torcida do Grêmio não está nada contente. Já protestou atirando pipoca nos jogadores antes de um treinamento e na última semana o clube tratou de pedir reforço policial para evitar nova ação. Em ruas de Porto Alegre, faixas já foram expostas pedindo mudanças e tudo cria um clima de tensão.
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