Leonardo defende que clubes tomem posição no comando do futebol no país (Foto: Marcos Guerra)
A campanha da seleção brasileira na Copa do Mundo trouxe à tona, com mais força, um debate a respeito da estrutura do futebol nacional, seja ela para dentro ou para fora de campo. Um dos nomes cotados para assumir o cargo de coordenador de seleções da CBF, o ex-jogador e técnico Leonardo é sempre um expoente a respeito do tema, e recorrentemente expõe suas opiniões sobre o assunto, como aconteceu nesta última segunda-feira no “Bem, Amigos!”, quando defendeu uma gestão mais profissional dos campeonatos no país.
- Sem clubes não tem nada, não tem formação, seleção e campeonato que possa ser reconhecido. Os clubes hoje estão completamente enfraquecidos, e com isso o jogador tem menos respeito. Me lembro de entrar na Gávea e fazer o sinal da cruz. Hoje você entra na Gávea e 25 meninos que jogam no clube pedem para sair de lá. A Gávea era um templo, hoje não é mais. Hoje é uma passagem e eles pedem para sair de lá, e de qualquer outro clube do Brasil. A questão não é ser a CBF ou não, ela pode fazer, mas a CBF não é estruturada para fazer. Tem que ter várias pessoas que acordem todo dia - uma instituição ou agência - e pense no campeonato. O campeonato é o produto que vai ser vendido, então vai ter gestor e gente que entende de gerenciamento e futebol, que pense todo o tempo no campeonato. A CBF é uma controladora e reguladora do que os clubes fazem, mas ela não é uma promotora do campeonato, não consegue promover porque não é nem organizada para isso - avaliou.
A dificuldade de ter a gestão profissional vislumbrada por Leonardo esbarra, segundo o hoje executivo do futebol e treinador, na estrutura antiga ainda existente na CBF, que atua muito mais de forma política do que voltada para o esporte.
- Nós vivemos numa estrutura hoje que tem 100 anos, nas mesmas regras e equilíbrios. São associações sem fins lucrativos que tentam usar o futebol como meio social, instituição matriarca de todas as outras federações. Essa estrutura engessa uma série de outras coisas, e leva a um posicionamento muito político e não esportivo. Fundamentalmente, quase todas as decisões importantes do futebol são tomadas por um aspecto político, o esportivo acaba sendo secundário. A gente viveu coisas extraordinárias, mas com o tempo essa indústria cresceu, todo mundo investiu, é cada vez mais global, a gente compete hoje com Rússia, China, nossos jogadores podem ir para qualquer lugar. Com o fato de ser tão internacional, e a gente amarrado nesse tipo de estrutura, hoje ficamos até sem dinheiro, não consegue mais alavancar.
Com experiência de gestor no Milan e no Paris Saint-Germain, dois grandes clubes europeus, Leonardo lembra que na Europa há uma importante vantagem na administração dos clubes, que é a possibilidade de investimento de capital externo, com a venda de ações dos próprios clubes, o que não pode acontecer no Brasil.
- As receitas de um clube são: estádio, bilheteria, ingresso, marketing, televisão e venda de jogador. Venda de jogador no Brasil é muito alta, então para ficar circulando você não faz time e fica com menos qualidade. Na Europa os recursos são os mesmos, mas as grandes fortunas do mundo corporativo estão no futebol. Existe um investimento além do que são as receitas normais do futebol. Hoje um xeque árabe acorda e diz “quero botar dinheiro no Flamengo” e não pode. Não pode injetar uma riqueza internacional e nem nacional no clube - concluiu.
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