Olha o que ele fez! Galvão Bueno aproveita camarote com a família e amigos e, no 'toco y me voy', volta a cair no samba com os malandros do Salgueiro no Desfile das Campeãs (Fotos: Carlos Eduardo Sangenetto/LANCE!Press)
O camarote era um mar azul. Seu coração, vermelho, por causa do Salgueiro.
E se a voz fosse traduzida em cores seria verde e amarela devido à associação imediata com a Seleção Brasileira. Este é o colorido do Carnaval, da Marquês de Sapucaí, em uma Boa noite de campeãs. E um cenário repleto de famosos, vips e likes em redes sociais, havia a presença icônica de Galvão Bueno.
Bem, amigos. Vamos ao que interessa. Dizem que o ano começa de fato depois do Carnaval. É ano olímpico, os Jogos do Rio são em agosto e não tem como lembrar de um enorme vazio no peito da Amarelinha: a esperada medalha de ouro no futebol masculino. Foi sobre este sonho de vários brasileiros que o LANCE! conversou com um dos mais famosos narradores esportivos do país, que mostrou seu lado "batuqueiro" e saudosista com a malandragem de outrora.
Sai que é sua, olha o que aconteceu...
O Salgueiro levou para Sapucaí a "Ópera dos Malandros" como enredo e você foi um dos batuqueiros no desfile. Os malandros do futebol ainda existem ou estão em extinção?
- Ainda há alguns malandros, mas não como antigamente. A televisão fez o futebol mudar muito. Você coloca 32 câmeras e vemos o cara piscar o olho, cara. A grande malandragem é você ser malandro no bom sentido e não fazer o que não deve, não dar uma de esperto. A grande esperteza é não querer ser mais esperto que o outro.
E você sente falta dos malandros?
- Eu sinto falta da brincadeira, de poder brincar, da gozação do torcedor com o outro, das provocações na segunda-feira. Aquela coisa que o Manga dizia: "Ah, é Botafogo x Flamengo? Então me dê o bicho adiantado". Hoje, se alguém faz isso, o jogo vira uma guerra. As pessoas não conseguem ter mais o bom humor e ver que isso é legal. Esta malandragem faz falta.
Se o Salgueiro, sua escola de samba do coração, fosse um time de futebol. Qual seria?
- Ahh, essas comparações são inevitáveis. Lá atrás, no passado mesmo, quando eu convivia com Armando Nogueira, João Saldanha e Sandro Moreira, diziam que a Mangueira era o Flamengo, a Portela era o Botafogo... Mas eu sou Flamengo e Salgueiro. Como é que faz?! (risos).
É ano olímpico, Galvão. Chegou a hora da verdade. O Brasil fatura, de uma vez por todas, a tão sonhada medalha de ouro no futebol? Qual é a expectativa?
- É o mais antigo sonho do futebol brasileiro. Mas nunca chegamos de fato para ganhar o título. Eu imaginei que ganharíamos em Atlanta-1996, mas tivemos aquela derrota para Nigéria, éramos para chegar à final contra Argentina. Não vivemos mais o momento em que o Brasil tem vários protagonistas, mas temos bons jogadores, uma boa geração. Utilizando bem as três vagas, jogando em casa... É a chance mais concreta de chegar ao título.
Pois é. Estas três vagas podem fazer a diferença. Quem você acha que o Dunga deveria convocar para amadurecer a Seleção olímpica?
- Isso é difícil. Bom, Neymar tem que estar. Devemos buscar um equilíbrio. Então chamaria um zagueiro, um jogador de meio-campo e o Neymar.
Então um goleiro experiente é dispensável?
- Temos bons goleiros, não acho necessário.
Qual é o título que está faltando para o Galvão narrar?
- Falta apenas o de campeão olímpico e espero que seja esse ano. Os outros títulos, graças a Deus, fiz todos. Mas falta o gol do ouro.
E quem você imagina marcando o gol do ouro?
- O zagueiro adversário contra! (risos)
Caso a Seleção seja finalmente campeã olímpica. Você adotará a estratégia de muitos jogadores e fechará a carreira literalmente com chave de ouro ou vai realmente até a Copa do Mundo de 2018 na esperança de narrar o hexa?
- Em 2010, na África do Sul, eu não me imaginava fazendo outra Copa do Mundo fora do Brasil, realmente não me via na Rússia. Mas hoje, sim. Estarei lá firme e tenho contrato assinado para isso. Meu contrato vai além da Copa-18.
Você está confirmado na próxima Copa do Mundo. Mas e a Seleção Brasileira? Está confiante na classificação?
- Eu venho alertando isso faz tempo: são as Eliminatórias mais difíceis da história do grupo sul-americano. Os times são muito fortes. Temos Argentina, Uruguai, Chile, o Paraguai, que sempre é um adversário duro, e até o Equador está lá em cima na tabela com um começo maravilhoso. E o Brasil está ali no meio. Vai chegar, vai chegar! Estaremos firmes lá em 2018.
Falando em América do Sul, para encerrar: a Argentina conquistou as últimas duas Libertadores com San Lorenzo (2014) e River Plate (2015). Chega?
- O Brasil vem muito forte para esta Libertadores. Muito forte! A China veio com o dinheiro (risos), e os times ficaram desfalcados. Quebraram metade do time do Corinthians. Temos três grandes clubes em São Paulo com tradição (Corinthians, Palmeiras e São Paulo), o Atlético-MG, que vem de três anos muito bons, e o Grêmio que tem sido espetacular com o Roger dirigindo. Estamos muito bem representados, mas vamos ver, a Libertadores é diferente...
VEJA TAMBÉM
- Mano Menezes se despede da torcida e deixa futuro indefinido: Seguimos de cabeça erguida
- Grêmio fecha com Luís Castro e comissão GIGANTE: veja quem chega com o novo técnico!
- Luís Castro substitui Mano Menezes e inicia revolução no Grêmio: dois craques do Palmeiras estão na lista!
O camarote era um mar azul. Seu coração, vermelho, por causa do Salgueiro.
E se a voz fosse traduzida em cores seria verde e amarela devido à associação imediata com a Seleção Brasileira. Este é o colorido do Carnaval, da Marquês de Sapucaí, em uma Boa noite de campeãs. E um cenário repleto de famosos, vips e likes em redes sociais, havia a presença icônica de Galvão Bueno.
Bem, amigos. Vamos ao que interessa. Dizem que o ano começa de fato depois do Carnaval. É ano olímpico, os Jogos do Rio são em agosto e não tem como lembrar de um enorme vazio no peito da Amarelinha: a esperada medalha de ouro no futebol masculino. Foi sobre este sonho de vários brasileiros que o LANCE! conversou com um dos mais famosos narradores esportivos do país, que mostrou seu lado "batuqueiro" e saudosista com a malandragem de outrora.
Sai que é sua, olha o que aconteceu...
O Salgueiro levou para Sapucaí a "Ópera dos Malandros" como enredo e você foi um dos batuqueiros no desfile. Os malandros do futebol ainda existem ou estão em extinção?
- Ainda há alguns malandros, mas não como antigamente. A televisão fez o futebol mudar muito. Você coloca 32 câmeras e vemos o cara piscar o olho, cara. A grande malandragem é você ser malandro no bom sentido e não fazer o que não deve, não dar uma de esperto. A grande esperteza é não querer ser mais esperto que o outro.
E você sente falta dos malandros?
- Eu sinto falta da brincadeira, de poder brincar, da gozação do torcedor com o outro, das provocações na segunda-feira. Aquela coisa que o Manga dizia: "Ah, é Botafogo x Flamengo? Então me dê o bicho adiantado". Hoje, se alguém faz isso, o jogo vira uma guerra. As pessoas não conseguem ter mais o bom humor e ver que isso é legal. Esta malandragem faz falta.
Se o Salgueiro, sua escola de samba do coração, fosse um time de futebol. Qual seria?
- Ahh, essas comparações são inevitáveis. Lá atrás, no passado mesmo, quando eu convivia com Armando Nogueira, João Saldanha e Sandro Moreira, diziam que a Mangueira era o Flamengo, a Portela era o Botafogo... Mas eu sou Flamengo e Salgueiro. Como é que faz?! (risos).
É ano olímpico, Galvão. Chegou a hora da verdade. O Brasil fatura, de uma vez por todas, a tão sonhada medalha de ouro no futebol? Qual é a expectativa?
- É o mais antigo sonho do futebol brasileiro. Mas nunca chegamos de fato para ganhar o título. Eu imaginei que ganharíamos em Atlanta-1996, mas tivemos aquela derrota para Nigéria, éramos para chegar à final contra Argentina. Não vivemos mais o momento em que o Brasil tem vários protagonistas, mas temos bons jogadores, uma boa geração. Utilizando bem as três vagas, jogando em casa... É a chance mais concreta de chegar ao título.
Pois é. Estas três vagas podem fazer a diferença. Quem você acha que o Dunga deveria convocar para amadurecer a Seleção olímpica?
- Isso é difícil. Bom, Neymar tem que estar. Devemos buscar um equilíbrio. Então chamaria um zagueiro, um jogador de meio-campo e o Neymar.
Então um goleiro experiente é dispensável?
- Temos bons goleiros, não acho necessário.
Qual é o título que está faltando para o Galvão narrar?
- Falta apenas o de campeão olímpico e espero que seja esse ano. Os outros títulos, graças a Deus, fiz todos. Mas falta o gol do ouro.
E quem você imagina marcando o gol do ouro?
- O zagueiro adversário contra! (risos)
Caso a Seleção seja finalmente campeã olímpica. Você adotará a estratégia de muitos jogadores e fechará a carreira literalmente com chave de ouro ou vai realmente até a Copa do Mundo de 2018 na esperança de narrar o hexa?
- Em 2010, na África do Sul, eu não me imaginava fazendo outra Copa do Mundo fora do Brasil, realmente não me via na Rússia. Mas hoje, sim. Estarei lá firme e tenho contrato assinado para isso. Meu contrato vai além da Copa-18.
Você está confirmado na próxima Copa do Mundo. Mas e a Seleção Brasileira? Está confiante na classificação?
- Eu venho alertando isso faz tempo: são as Eliminatórias mais difíceis da história do grupo sul-americano. Os times são muito fortes. Temos Argentina, Uruguai, Chile, o Paraguai, que sempre é um adversário duro, e até o Equador está lá em cima na tabela com um começo maravilhoso. E o Brasil está ali no meio. Vai chegar, vai chegar! Estaremos firmes lá em 2018.
Falando em América do Sul, para encerrar: a Argentina conquistou as últimas duas Libertadores com San Lorenzo (2014) e River Plate (2015). Chega?
- O Brasil vem muito forte para esta Libertadores. Muito forte! A China veio com o dinheiro (risos), e os times ficaram desfalcados. Quebraram metade do time do Corinthians. Temos três grandes clubes em São Paulo com tradição (Corinthians, Palmeiras e São Paulo), o Atlético-MG, que vem de três anos muito bons, e o Grêmio que tem sido espetacular com o Roger dirigindo. Estamos muito bem representados, mas vamos ver, a Libertadores é diferente...
VEJA TAMBÉM
- Mano Menezes se despede da torcida e deixa futuro indefinido: Seguimos de cabeça erguida
- Grêmio fecha com Luís Castro e comissão GIGANTE: veja quem chega com o novo técnico!
- Luís Castro substitui Mano Menezes e inicia revolução no Grêmio: dois craques do Palmeiras estão na lista!

Comentários
Enviar Comentário
Aplicativo Gremio Avalanche
Leia também
Palpites de Placar Exato da Sportytrader: Estratégia ou Sorte?
Mano Menezes se despede da torcida e deixa futuro indefinido: Seguimos de cabeça erguida
Grêmio fecha com Luís Castro e comissão GIGANTE: veja quem chega com o novo técnico!
Luís Castro substitui Mano Menezes e inicia revolução no Grêmio: dois craques do Palmeiras estão na lista!
Grêmio recebe oferta do Nacional por Cristian Olivera
Grêmio avança em negociação e está próximo de fechar com Luís Castro
Grêmio reforça diálogo com CBF e participa de Conselho Técnico do Brasileirão
Ex-jogadores promovem partida solidária com garis do Rio Grande do Sul.
Atacante de saída? Time do Uruguai enviou uma proposta para comprar atacante do Grêmio
Cristian Olivera recebe proposta do Nacional e avalia deixar o Grêmio
Luis Castro está próximo de ser anunciado pelo Grêmio.
Grêmio x São Paulo duelam nas quartas da Copinha Feminina; Onde assistir
Grêmio planeja investida por Veiga, do Palmeiras, a pedido de Luís Castro.
Não vai mais vir? Negociação com Luís Castro trava e acordo demora para sair
Próximas Etapas da Nova Diretoria no Cronograma do Grêmio para 2026
Gremio busca mais recursos para sair do momento difícil no futebol.