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Os Gre-Nais de Abel x Felipão: técnico do Grêmio leva vantagem sobre o rival

Técnicos se encontraram em três clássicos Gre-Nais quando trabalharam em Inter e Grêmio em 1995. No domingo, voltam a duelar pelo Brasileirão, no Beira-Rio


Fonte: Globo Esporte

Os Gre-Nais de Abel x Felipão: técnico do Grêmio leva vantagem sobre o rival
Felipão comemora o título de 1995 conquistado em cima de Abel (Foto: Julio Cordeiro/Agência RBS)

Abel Braga soma seis passagens pelo Inter. Luiz Felipe Scolari, três pelo Grêmio. Ambos compõem capítulos das épocas mais vitoriosas das histórias dois dois clubes. São ídolos e já disputaram dezenas de clássicos Gre-Nais. Porém, durante os vários períodos em que comandaram os dois maiores clubes do Rio Grande do Sul, o destino só os colocou frente a frente em três oportunidades.

Todos os clássicos que confrontaram Abel e Felipão foram disputados em 1995 - dois jogos pelo Campeonato Gaúcho e um pelo Brasileiro. E justamente no ano em que o Tricolor conquistou a América, o time de Luiz Felipe também comprovou o seu predomínio sobre o rival com um empate e duas vitórias. Em um dos jogos que saiu vitorioso no comando do grupo gremista, Felipão comemorou o título estadual com o famoso "banguzinho", time repleto de reservas, já que os titulares eram poupados para defender o clube na Libertadores.

Para ilustrar como foram esses clássicos disputados há 19 anos, o GloboEsporte.com traz, às vésperas do Gre-Nal 402, uma síntese de cada partida, com vídeos. Confira a seguir:

Gre-Nal 327, pelo Gauchão: Inter 1x1 Grêmio - 06/08/1995

Envolvido com a disputa das semifinais da Libertadores, contra o Emelec, Felipão colocou o Grêmio em campo no Gre-Nal com time misto - inclusive sem o goleiro titular, Danrlei. Mesmo sendo o primeiro jogo da final do Gauchão daquele ano. O Estadual era tratado pela direção tricolor como “cafezinho”, termo que dava um tom de desprezo ao torneio deixado em segundo ou até terceiro plano. No primeiro embate, em 6 de agosto, o placar terminou em 1 a 1 no Beira-Rio.



Mais de 45 mil pessoas foram ao estádio em uma tarde ensolarada de inverno em Porto Alegre. O jornal Zero Hora, em sua crônica, relatou que a disputa daquele clássico havia sido "combativa e de pouco talento". Foram raras as chances de gol. No total, 57 faltas foram marcadas. Mas a rede balançou duas vezes. Primeiro com Mazinho Loyola para o Inter. Aos 28 minutos do primeiro tempo, aproveitou falha da zaga tricolor e chutou cruzado, vencendo Silvio e levantando a maioria de torcedores - cerca de 70% de colorados. E foi então que o Grêmio acordou.

Felipão tentava ajustar o time, que foi para cima. O empate viria no segundo tempo, por coincidência, no mesmo minuto do gol colorado, com Nildo. O comandante tricolor comemorou, porém não deixou de cobrar os jogadores ao fim do confronto, principalmente a defesa, pela insistência em fazer a linha de impedimento. Foi assim que saiu o gol do Inter.

Abel Braga também fez suas considerações depois do jogo e criticou, entre outros pontos, o posicionamento da equipe, que não conseguiu segurar a vantagem no placar.



> As escalações

Inter:
Goycochea; Marcão, Argel, Jonílson e César Prates; Márcio, Élson e Marcelo (Nando); Mazinho Loyola, Leandro e Paulo Henrique (Zé Alcino).

Grêmio: Silvio; Marco Antônio, Frivarola, Scheidt e Arílson; Gelson, Goiano e Vagner Mancini; Márcio (Arce), Nildo e Alexandre (Jaques).

Gre-Nal 328, pelo Gauchão: Grêmio 2x1 Inter - 13/08/1995

Mais uma vez o Grêmio entrou em campo com equipe mista, porém reforçada. Os treinos fechados, que já eram tradição naquele ano, esconderam os times. E Felipão, que havia anunciado apenas três titulares para o jogo - Rivarola, Luciano e Dinho -, entrou em campo com mais três - Carlos Miguel, Paulo Nunes e Roger -, totalizando seis. Abel Braga, já preparado para enfrentar o adversário repleto de reservas, viu seus comandados atônitos com a bola rolando. O Cafezinho, na final, foi levado mais a sério pelos gremistas.



No Olímpico com mais de 57 mil pessoas, Nildo colocou o Grêmio na frente aos 7 minutos da etapa inicial, e o placar não se movimentou mais até o intervalo. No segundo tempo, depois de uma “sacudida” no vestiário, o Inter alcançou o empate com gol de Zé Alcino. A igualdade levaria a decisão para os pênaltis. Mas praticamente não houve tempo para tensão - ao menos não para os tricolores. Quarenta segundos depois, Carlos Miguel marcou o da vitória da equipe da casa.

Os colorados ainda ensaiaram reação nos minutos finais. Aos 42, Wagner teve grande chance, mas parou em uma bela defesa de Silvio. Com 2 a 1 no placar, o banguzinho reforçado do Grêmio comemorou o 30º título gaúcho, encostando no rival. O Inter tinha 32. Na Libertadores, o Grêmio de Felipão também sagraria-se campeão, após passar pelo Emelec e bater o Atlético Nacional, da Colômbia.



> As escalações

Grêmio:
Silvio; Marco Antônio (Alexandre), Luciano, Rivarola e Roger; Dinho, Gelson, Vagner Mancini e Carlos Miguel; Paulo Nunes (Arce) e Nildo.

Inter: Goycochea; Marcão, Argel, Jonílson e César Prates; Márcio, Marcelo (Vágner), Zé Alcino (Caíco) e Nando; Mazinho Loyola e Leandro.

Gre-Nal 329, pelo Brasileirão: Inter 0x1 Grêmio - 31/10/1995

O único confronto entre os técnicos no Campeonato Brasileiro foi no segundo turno da edição de 1995 em um clássico que entrou para a história. Não somente pela disputa “emocionante” dentro de campo, como relatou o jornal Zero Hora daquele ano, mas também pelo 44º gol anotado por Jardel na temporada. Com essa marca, o centroavante do Grêmio igualou o número de tentos anotados por Baltazar em 1981. E foi com um chute de pé direito que ele venceu Goycochea e deu a vitória ao Tricolor.



Jardel havia prometido um gol no Gre-Nal 329. Cumpriu a promessa aos 10 minutos do segundo tempo. Girou sobre Jonílson, que não desgrudava dele, deu dois toques na bola e tirou do goleiro colorado. Ainda que esse tenha sido o único gol, o jogo teve diversas finalizações, que levaram o torcedor à loucura nas arquibancadas do Beira-Rio.Quase 37 mil torcedores foram ao estádio - que não teve público maior em razão do horário (20h30) e dia (terça-feira), ruins.

O Inter começou assustando com Leandro, que fez a bola passar rente a uma das traves de Danrlei. Depois, Felipão ajustou o posicionamento de Emerson e Carlos Miguel e passou a dominar o meio-campo. Jardel, muito marcado, cabeceou duas vezes na trave e perdeu um gol no fim do primeiro tempo. Na etapa final, nos contra-ataques, o Tricolor venceu.

O Grêmio era líder de seu grupo, enquanto o Inter ocupava a segunda colocação na outra chave.

As escalações

Inter:
Goycochea; Ronaldo, Jonílson, Gamarra, Branco; Mazinho Loyola (Márcio Bittencourt), Elson, Caíco, Leandro Machado, Zé Alcino e Válber (Aílton).

Grêmio: Danrlei, Marco Antônio, Rivarola, Luciano, Roger Machado, Luiz Carlos Goiano, Gelson, Carlos Miguel, Émerson (Vagner Mancini), Paulo Nunes (Magno), Jardel.




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