Keirrison admite que não pretende prejudica o Coritiba (Foto: Thiago Ribeiro)
O atraso de salários é um dos maiores medos vividos por jogadores de futebol. No Brasil, a falta de pagamentos coloca o atleta contra a diretoria em um embate que nem sempre termina em acordo. O que seria uma solução, no entanto, ainda não deu sinais de surtir efeitos práticos. Mesmo após a Confederação Brasileira de Futebol incluir nos regulamentos das séries A,B e D a possibilidade de um clube ser denunciado e perder pontos por não honrar seus compromissos, poucos jogadores correm atrás do seu direito.
De acordo com o advogado Dyego Tavares, especialista em direito desportivo, a irresponsabilidade dos clubes faz parte da realidade do futebol brasileiro. O não pagamento de vencimentos, rescisões trabalhistas, direitos dos atletas e até mesmo o 13º salário é encarado como natural. Segundo ele, o mais comum é o jogador se calar e ter medo em brigar por justiça.
- O atleta jogador de futebol tem uma profissão diferenciada das demais porque ele é uma pessoa pública. Quando ele expõe essa situação, tem duas situações que dão mais medo: a reação do próprio clube empregador, a reação do outro clube que pode vir a contratar e a reação do torcedor – disse ao “SporTV News”.
Novidade em 2015, o novo artigo no regulamento do Brasileirão diz que um clube com trinta dias de atraso no pagamento dos atletas fica sujeito a penas que podem chegar à perda de pontos. A CBF encarregou o Superior Tribunal de Justiça Desportiva de analisar os casos, mas sequer um foi julgado até hoje.
- Nós recebemos e imediatamente nós tomamos ação. Temos recebido poucas denúncias e a CBF toma medidas que são severas, inclusive pedir que resolva a situação, com perspectiva de perda de pontos, rebaixamento e enquadramento dos dirigentes – diz o secretário-geral da CBF, Walter Feldman.
Atualmente, são três possibilidades de se denunciar o atraso de salário: pelo próprio atleta, por um advogado contratado por ele ou via sindicato dos jogadores. Ao contrário da Justiça Trabalhista, não são aceitas denúncias anônimas.
Caso Keirrisson
O caso mais emblemático que surgiu nos últimos dias foi do atacante Keirrison, do Coritiba. São mais de cinco meses de salários atrasados e, apesar do tabu em torno do tema, o jogador resolveu levar o caso à mídia e à Justiça Trabalhista. O atleta garante que deseja brigar por seus direitos, mas admite que considera difícil prejudicar o clube com perda de pontos.
- O pensamento dos atletas não é prejudicar a instituição – afirmou.
Jogadores que reclamam publicamente dos atrasos costumam ser punidos. Rosinei, também do Coxa, usou uma rede social para protestar e acabou emprestado ao Paranã, que disputa a Série B. Assim como o meia, Keirrison também foi afastado do time paranaense, passou a treinar separadamente e deve ser levado a um empréstimo.
O primeiro processo que pode resultar em condenação pelo STJD é do Macaé. De acordo com o sindicato dos jogadores do Rio de Janeiro, há atletas com até seis meses de salários atrasados no clube. O time do norte fluminense pode ser o primeiro a perder pontos por esta causa.
Na visão do presidente da Fenapaf, Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol, é comum a visão de que jogador de futebol não é um trabalhador comum. Reinaldo Martorelli afirma que muitos ainda veem o atleta como um “brincalhão”.
- Pouca gente enxerga no futebol a relação de trabalho do atleta com o clube uma relação verdadeiramente de trabalho, parece que é uma brincadeira, infelizmente ainda tem. A gente achou que tivesse evoluído bastante, mas não, você tem ainda pessoas responsáveis que enxergam o atleta como um grande brincalhão.
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De acordo com o advogado Dyego Tavares, especialista em direito desportivo, a irresponsabilidade dos clubes faz parte da realidade do futebol brasileiro. O não pagamento de vencimentos, rescisões trabalhistas, direitos dos atletas e até mesmo o 13º salário é encarado como natural. Segundo ele, o mais comum é o jogador se calar e ter medo em brigar por justiça.
- O atleta jogador de futebol tem uma profissão diferenciada das demais porque ele é uma pessoa pública. Quando ele expõe essa situação, tem duas situações que dão mais medo: a reação do próprio clube empregador, a reação do outro clube que pode vir a contratar e a reação do torcedor – disse ao “SporTV News”.
Novidade em 2015, o novo artigo no regulamento do Brasileirão diz que um clube com trinta dias de atraso no pagamento dos atletas fica sujeito a penas que podem chegar à perda de pontos. A CBF encarregou o Superior Tribunal de Justiça Desportiva de analisar os casos, mas sequer um foi julgado até hoje.
- Nós recebemos e imediatamente nós tomamos ação. Temos recebido poucas denúncias e a CBF toma medidas que são severas, inclusive pedir que resolva a situação, com perspectiva de perda de pontos, rebaixamento e enquadramento dos dirigentes – diz o secretário-geral da CBF, Walter Feldman.
Atualmente, são três possibilidades de se denunciar o atraso de salário: pelo próprio atleta, por um advogado contratado por ele ou via sindicato dos jogadores. Ao contrário da Justiça Trabalhista, não são aceitas denúncias anônimas.
Caso Keirrisson
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- O pensamento dos atletas não é prejudicar a instituição – afirmou.
Jogadores que reclamam publicamente dos atrasos costumam ser punidos. Rosinei, também do Coxa, usou uma rede social para protestar e acabou emprestado ao Paranã, que disputa a Série B. Assim como o meia, Keirrison também foi afastado do time paranaense, passou a treinar separadamente e deve ser levado a um empréstimo.
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Na visão do presidente da Fenapaf, Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol, é comum a visão de que jogador de futebol não é um trabalhador comum. Reinaldo Martorelli afirma que muitos ainda veem o atleta como um “brincalhão”.
- Pouca gente enxerga no futebol a relação de trabalho do atleta com o clube uma relação verdadeiramente de trabalho, parece que é uma brincadeira, infelizmente ainda tem. A gente achou que tivesse evoluído bastante, mas não, você tem ainda pessoas responsáveis que enxergam o atleta como um grande brincalhão.
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