Credores prorrogam prazo para OAS, mas compra da Arena ainda pode sair neste ano

Foto: Omar Freitas / Agencia RBS

Após assembleia com credores nesta quarta-feira em São Paulo, a OAS ganhou mais tempo para ajustar seu plano de recuperação judicial. A votação do projeto, agora, ocorrerá em três de novembro. Mesmo assim, a venda da gestão da Arena ao Grêmio ainda pode ser fechada neste ano.

Fontes ligadas ao clube afirmaram a ZH que o adiamento em nada afeta as tratativas sobre a Arena. Com mais tempo para convencer os credores, a OAS deve aprovar o plano de recuperação no início do próximo mês.

O contrato de compra da Arena começou a ser redigido em setembro entre os advogados do clube e da construtora. A tendência é de que o documento seja finalizado em novembro.

Com a aprovação dos credores da OAS, restará ainda uma última etapa antes da assinatura. Será a votação no Conselho Deliberativo do Grêmio, que, salvo algum imprevisto, ocorrerá em dezembro. Assim, é possível que o clube inicie 2016 com controle total sobre seu estádio no Humaitá.

Veja, na íntegra, o comunicado divulgado pela OAS:

"Reunidos em Assembleia Geral nesta quarta-feira, no Clube Homs, em São Paulo, os credores do Grupo OAS decidiram postergar a votação do plano de recuperação da empresa para o dia 3 de novembro.

A prorrogação de prazo permitirá que a OAS prossiga com as negociações para o ajuste final do plano de recuperação. Ele define a nova dívida – inclusive prazo, juros e cronograma de amortização dos débitos –, que será paga com o fluxo de caixa gerado pela Construtora OAS e com os valores obtidos com os ativos à venda, entre os quais sua participação na Invepar (24,44% do negócio).

O Grupo OAS apresentou em 31 de março pedido de Recuperação Judicial de nove de suas empresas à 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, solicitação que foi acatada pela Justiça no dia seguinte (1º de abril).

A iniciativa foi o melhor caminho encontrado pelo Grupo OAS para vender seus ativos e avançar para a renegociação de suas dívidas com credores e fornecedores diante da intensa restrição de crédito verificada desde o fim do ano passado para o setor de infraestrutura."


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