Durante a semana, a CBF limitou, acertadamente, a realização dos jogos às 11 horas até a 31a rodada por conta do calor. Como balanço (quase) final, essas partidas levaram um público em média 43% superior ao Brasileiro inteiro. Mais importante, ajudaram a renovar a torcida que vai aos estádios em um processo iniciado ano passado com novos estádios.
Faltando duas partidas neste horário, foram realizados 32 jogos com média de público de 24.929, considerada a partida entre Flamengo e Joinville que deu 52 mil pagantes. A média no Brasileiro é de 17.348, que se ensaia a melhor dos pontos corridos e mesmo assim com sete mil pessoas a menos do que os jogos matutinos.
O perfil do público que tem ido ao estádio pela manhã é ainda mais relevante para o futebol. Famílias inteiras, com série de crianças, vão às arenas, assim como idosos, curiosos, turistas, etc. Público que ia antes, mas em menor número.
Isso ajudou a transformar o futebol em um evento de entretenimento para disputar com o cinema, teatro, shows. Esse novo público vai tirar foto para botar em rede social, comer cachorro quente e talvez nem saiba qual campeonato está sendo disputado. Atrair essas pessoas é positivo: elas passam a se envolver com o futebol.
Dá seguimento a um ciclo iniciado com as novas arenas construídas para a Copa e outras que surgiram modernas. Maracanã, Allianz Parque, Arena Corinthians, Beira-Rio, Mineirão e Arena Grêmio receberam os melhores públicos neste horário. O Morumbi é uma exceção nesta lista.
Os serviços são melhores (embora ainda longe do ideal), o acesso mais fácil, e a experiência de ida ao estádio, um pouco mais confortável. A violência entre organizadas não cessou, mas pelo menos tem ocorrido, na maior parte das vezes, afastada dos jogos. Os programas de sócios-torcedores fidelizam o público aos times e às partidas.
Há, claro, contrapontos. Os preços de ingressos subiram acima da inflação para atender os custos dessas arenas, o que excluiu determinado público de menor aquisitivo e tradicional frequentador dos estádios. É preciso pensar alternativas, usar setores ociosos para atende-los, jogos promocionais, prêmios por fidelidade, enfim.
E, sim, há uma sensação de perda de um certo ambiente no estádio, mais selvagem, mais quente, mais popular, aquela massa que empurra o time ladeira abaixo sem sentar porque nem tinha onde. Cresci como torcedor no cimento de arquibancada no final da década de 80 e nos anos 90: esse cenário me faz falta.
Mas reconheço que era também um ambiente mais hostil para crianças. Pense em quantos que, tendo de enfrentar cassetadas, correrias e riscos de esmagamento para entrar, não iam. Não foi à toa que os públicos caíram juntamente com o aumento da violência.
A verdade é que o futebol brasileiro vivia, e vive, uma decadência em sua organização e é preciso alterar a rota. Mudar significa sempre abrir mão de algo. Buscar um novo público, e juntamente com ele novas receitas, é um caminho. A festa das crianças às 11 horas pode ter menos energia que os gritos da massa antiga, mas é bela.
Um dia essas crianças serão adultas e poderão transformar a atual média de 17 mil do Brasileiro, em 25 mil, e depois 30 mil. Sabe se lá qual o limite. Eles aprenderão novos cantos também. Quem sabe o futebol brasileiro não renasce nos seus gritos.
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O perfil do público que tem ido ao estádio pela manhã é ainda mais relevante para o futebol. Famílias inteiras, com série de crianças, vão às arenas, assim como idosos, curiosos, turistas, etc. Público que ia antes, mas em menor número.
Isso ajudou a transformar o futebol em um evento de entretenimento para disputar com o cinema, teatro, shows. Esse novo público vai tirar foto para botar em rede social, comer cachorro quente e talvez nem saiba qual campeonato está sendo disputado. Atrair essas pessoas é positivo: elas passam a se envolver com o futebol.
Dá seguimento a um ciclo iniciado com as novas arenas construídas para a Copa e outras que surgiram modernas. Maracanã, Allianz Parque, Arena Corinthians, Beira-Rio, Mineirão e Arena Grêmio receberam os melhores públicos neste horário. O Morumbi é uma exceção nesta lista.
Os serviços são melhores (embora ainda longe do ideal), o acesso mais fácil, e a experiência de ida ao estádio, um pouco mais confortável. A violência entre organizadas não cessou, mas pelo menos tem ocorrido, na maior parte das vezes, afastada dos jogos. Os programas de sócios-torcedores fidelizam o público aos times e às partidas.
Há, claro, contrapontos. Os preços de ingressos subiram acima da inflação para atender os custos dessas arenas, o que excluiu determinado público de menor aquisitivo e tradicional frequentador dos estádios. É preciso pensar alternativas, usar setores ociosos para atende-los, jogos promocionais, prêmios por fidelidade, enfim.
E, sim, há uma sensação de perda de um certo ambiente no estádio, mais selvagem, mais quente, mais popular, aquela massa que empurra o time ladeira abaixo sem sentar porque nem tinha onde. Cresci como torcedor no cimento de arquibancada no final da década de 80 e nos anos 90: esse cenário me faz falta.
Mas reconheço que era também um ambiente mais hostil para crianças. Pense em quantos que, tendo de enfrentar cassetadas, correrias e riscos de esmagamento para entrar, não iam. Não foi à toa que os públicos caíram juntamente com o aumento da violência.
A verdade é que o futebol brasileiro vivia, e vive, uma decadência em sua organização e é preciso alterar a rota. Mudar significa sempre abrir mão de algo. Buscar um novo público, e juntamente com ele novas receitas, é um caminho. A festa das crianças às 11 horas pode ter menos energia que os gritos da massa antiga, mas é bela.
Um dia essas crianças serão adultas e poderão transformar a atual média de 17 mil do Brasileiro, em 25 mil, e depois 30 mil. Sabe se lá qual o limite. Eles aprenderão novos cantos também. Quem sabe o futebol brasileiro não renasce nos seus gritos.
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