Foto: Félix Zucco / Agencia RBS
O Grêmio jogou mais no Rio de Janeiro, empatou sem gols e se conformou, achou um bom resultado. Depois, pipocou na Arena. Conformismo e fracassos em casa integram a equação de um time brigador que ao longo dos anos não consegue arrancar e ganhar taças. O Grêmio desaprendeu a decidir.
O Imortal perdeu a aura copeira, tornou-se um bom time de G-4, com pontuações altas no Brasileirão, que, em média, a cada dois anos consegue vaga na Libertadores. É forte na Arena em jogos de pontos corridos, sem o peso do “vida ou morte”. Quando o mata-mata aparece, a torcida lota o estádio, a perna treme, a bola não entra e o fracasso vem. Dói ser eliminado quando o time tem futebol para classificar.
Preocupa a série de quedas como mandante para equipes inferiores ou do mesmo nível. Aquele Grêmio que usava o fator local para superar elencos mais caros e qualificados – como o Palmeiras da Parmalat nos anos 1990 – ficou numa página bonita do passado. O Imortal especialista em mata-mata virou uma doce lembrança.
Nos últimos anos, decidir em casa não significa grandes coisas. O clube coleciona eliminações diante do torcedor. Em 2013, não conseguiu passar pelo limitado e ajeitado Atlético-PR na Copa do Brasil. Em 2014, tinha mais bola para superar o San Lorenzo na Libertadores. Em 2015, tropeçou diante do Flu, no embate do terceiro contra o 12º colocado do Brasileirão. Em 2011, venceu Gre-Nal fora de casa, saiu na frente no Olímpico e perdeu o Gauchão.
Quando não pipoca diante do torcedor no jogo da volta, o Imortal se mata na partida de ida em casa. Ficou no caminho em Libertadores para Universidad Católica (2011) e Santa Fé (2013) após ter jogadores expulsos de forma ridícula (Borges e Cris) no primeiro jogo como mandante. Se despediu em em duas Copas do Brasil por perder em casa para Palmeiras e Santos. Nos quatro duelos tínhamos time para classificar, mas não definimos.
Roger Machado passou diante do Flu pela situação que já viveram Luxemburgo, Renato e Felipão. O Grêmio não arranca para o título, seja nos pontos corridos do Brasileirão (lembram de 2008?) ou no mata-mata da Copa do Brasil. O homem que chama a responsa nunca chega. Trocam elencos, presidentes e técnicos, muda o nível da grana investida no time. Só não muda a mentalidade.
O Grêmio comemora migalhas. Se conforma com resultados medianos, como o empate sem gols com o Fluminense no Rio. Controlou o jogo, finalizou três vezes na partida – quem não chuta não faz gol – e achou bonito o resultado. Deixou de encaminhar a vaga fora, Douglas voltou a perder um gol feito que o 10 de clube grande não deve errar. O Grêmio jogou melhor do que o Corinthians em São Paulo, mas só empatou e bateu palmas para um resultado mediano se pensarmos em disputa por título e excelente se pensarmos no G-4. Time vencedor mata quando tem a chance.
O Grêmio conformista de 2014 empatou fora com o Goiás e achou lindo. Os pontinhos que os rivais somaram no Serra Dourada fizeram falta no Brasileirão. Na balada conformista de 2014, o time de Felipão goleou no Gre-Nal, mas perdeu gás e a vaga na Libertadores nas últimas rodadas. No momento em que o time grande venceria, o Grêmio tropeçou e achou normal.
Achar normal vem muito do fato de que todo o ano o time tem limitações. A equipe de 2015 rende muito mais do que esperávamos e do que a direção investiu, merece o apoio do torcedor. Os elencos de 2014 e 2013 eram caros e poderiam ter ido além. Porém a ideia de que o Grêmio sempre é equipe para “meio de tabela” faz com que o time realiza o mais difícil: empilha vitórias no meio do Brasileirão e chega a uma fase decisiva de algum torneio de copa. Como foi longe, se conforma nos dois meses finais da temporada e fica pelo caminho. NÃO PODE!
O Flamengo de 2013 era uma naba, fez um Brasileirão sofrível, arrancou feito time grande na hora decisiva da Copa do Brasil e levou a taça. Bem treinado, o Grêmio poderia buscar o penta, mas se conformou com um empate perigoso fora de casa – se conformou porque no próprio jogo não apertou mais para marcar o gol. E pipocou em casa.
Na Arena com 45 mil almas, ninguém definiu, os jogadores mais valorizados tiveram noites apagadas. NÃO PODE! É nesta hora quente que o grande jogador se firma. O time repetiu a rotina de Barcos, que mandava bem nos jogos sem grande importância e não marcava gols nas partidas decisivas.
Roger Machado é jovem, creio que ficará por um bom tempo no clube e poderá devolver ao Grêmio seu espírito chegador. Que a eliminação na Copa do Brasil de 2015 sirva como última lição. E que este time não baixe a guarda no Brasileirão para repitir o fiasco do grupo de Felipão. Não vou me conformar se o Grêmio ficar de fora da Libertadores.
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O Grêmio jogou mais no Rio de Janeiro, empatou sem gols e se conformou, achou um bom resultado. Depois, pipocou na Arena. Conformismo e fracassos em casa integram a equação de um time brigador que ao longo dos anos não consegue arrancar e ganhar taças. O Grêmio desaprendeu a decidir.
O Imortal perdeu a aura copeira, tornou-se um bom time de G-4, com pontuações altas no Brasileirão, que, em média, a cada dois anos consegue vaga na Libertadores. É forte na Arena em jogos de pontos corridos, sem o peso do “vida ou morte”. Quando o mata-mata aparece, a torcida lota o estádio, a perna treme, a bola não entra e o fracasso vem. Dói ser eliminado quando o time tem futebol para classificar.
Preocupa a série de quedas como mandante para equipes inferiores ou do mesmo nível. Aquele Grêmio que usava o fator local para superar elencos mais caros e qualificados – como o Palmeiras da Parmalat nos anos 1990 – ficou numa página bonita do passado. O Imortal especialista em mata-mata virou uma doce lembrança.
Nos últimos anos, decidir em casa não significa grandes coisas. O clube coleciona eliminações diante do torcedor. Em 2013, não conseguiu passar pelo limitado e ajeitado Atlético-PR na Copa do Brasil. Em 2014, tinha mais bola para superar o San Lorenzo na Libertadores. Em 2015, tropeçou diante do Flu, no embate do terceiro contra o 12º colocado do Brasileirão. Em 2011, venceu Gre-Nal fora de casa, saiu na frente no Olímpico e perdeu o Gauchão.
Quando não pipoca diante do torcedor no jogo da volta, o Imortal se mata na partida de ida em casa. Ficou no caminho em Libertadores para Universidad Católica (2011) e Santa Fé (2013) após ter jogadores expulsos de forma ridícula (Borges e Cris) no primeiro jogo como mandante. Se despediu em em duas Copas do Brasil por perder em casa para Palmeiras e Santos. Nos quatro duelos tínhamos time para classificar, mas não definimos.
Roger Machado passou diante do Flu pela situação que já viveram Luxemburgo, Renato e Felipão. O Grêmio não arranca para o título, seja nos pontos corridos do Brasileirão (lembram de 2008?) ou no mata-mata da Copa do Brasil. O homem que chama a responsa nunca chega. Trocam elencos, presidentes e técnicos, muda o nível da grana investida no time. Só não muda a mentalidade.
O Grêmio comemora migalhas. Se conforma com resultados medianos, como o empate sem gols com o Fluminense no Rio. Controlou o jogo, finalizou três vezes na partida – quem não chuta não faz gol – e achou bonito o resultado. Deixou de encaminhar a vaga fora, Douglas voltou a perder um gol feito que o 10 de clube grande não deve errar. O Grêmio jogou melhor do que o Corinthians em São Paulo, mas só empatou e bateu palmas para um resultado mediano se pensarmos em disputa por título e excelente se pensarmos no G-4. Time vencedor mata quando tem a chance.
O Grêmio conformista de 2014 empatou fora com o Goiás e achou lindo. Os pontinhos que os rivais somaram no Serra Dourada fizeram falta no Brasileirão. Na balada conformista de 2014, o time de Felipão goleou no Gre-Nal, mas perdeu gás e a vaga na Libertadores nas últimas rodadas. No momento em que o time grande venceria, o Grêmio tropeçou e achou normal.
Achar normal vem muito do fato de que todo o ano o time tem limitações. A equipe de 2015 rende muito mais do que esperávamos e do que a direção investiu, merece o apoio do torcedor. Os elencos de 2014 e 2013 eram caros e poderiam ter ido além. Porém a ideia de que o Grêmio sempre é equipe para “meio de tabela” faz com que o time realiza o mais difícil: empilha vitórias no meio do Brasileirão e chega a uma fase decisiva de algum torneio de copa. Como foi longe, se conforma nos dois meses finais da temporada e fica pelo caminho. NÃO PODE!
O Flamengo de 2013 era uma naba, fez um Brasileirão sofrível, arrancou feito time grande na hora decisiva da Copa do Brasil e levou a taça. Bem treinado, o Grêmio poderia buscar o penta, mas se conformou com um empate perigoso fora de casa – se conformou porque no próprio jogo não apertou mais para marcar o gol. E pipocou em casa.
Na Arena com 45 mil almas, ninguém definiu, os jogadores mais valorizados tiveram noites apagadas. NÃO PODE! É nesta hora quente que o grande jogador se firma. O time repetiu a rotina de Barcos, que mandava bem nos jogos sem grande importância e não marcava gols nas partidas decisivas.
Roger Machado é jovem, creio que ficará por um bom tempo no clube e poderá devolver ao Grêmio seu espírito chegador. Que a eliminação na Copa do Brasil de 2015 sirva como última lição. E que este time não baixe a guarda no Brasileirão para repitir o fiasco do grupo de Felipão. Não vou me conformar se o Grêmio ficar de fora da Libertadores.
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