A noite desta quarta-feira marca a retomada do Grêmio ao futebol em um cenário atípico na história do clube. Antes da paralisação, a equipe vivia o embalo na Conmebol Libertadores após uma vitória memorável em La Plata.
Hoje, o clube se divide entre reconstrução das estruturas danificadas, preocupação com prejuízo técnico e a parte mental dos atletas. Nas oportunidades que teve, o técnico Renato Portaluppi tem deixado evidente o temor pelo desenrolar da temporada.
Por conta da realidade de jogar longe de casa, o treinador questiona o desequilíbrio técnico e diz que “a conta vai chegar” em um futuro próximo. Foram 15 dias sem sequer treinar e quase 30 dias sem entrar em campo por uma partida oficial. Sem condições de usar a Arena, a “casa gremista” momentânea é o Couto Pereira.
O Grêmio ainda não tem previsão para voltar a jogar em Porto Alegre. - A gente pensa em levar mais ao sul possível para ficar perto da torcida. Mas também pensamos em outras questões. A ideia é se movimentar o menos possível.
Se o tempo colaborar no Sul, a ideia é levar os jogos o mais perto da torcida - destacou o presidente Alberto Guerra. Para o técnico Renato, a preocupação maior é como os jogadores reagirão no cenário. Não só por jogar fora da Arena, onde o aproveitamento gremista é amplamente superior, mas pelo lado psicológico.
Além da parada do Tricolor ter sido muito maior em relação aos concorrentes. A parte física dos jogadores será impactada, algo esperado e visto com normalidade. Mas a retomada do futebol para o Grêmio tem mexido com o mental da comissão e do elenco. Mesmo que a equipe tenha conseguido realizar a preparação, a distância da família é um adversário a mais. - Está sendo muito difícil. Eles estão com a cabeça aqui e têm treinado, mas também sempre com a cabeça no nosso povo, com a família deles. A maioria tirou a família do Rio Grande do Sul.
Então a saudade deles também é imensa - explicou o técnico. Ao longo dessa expedição sem previsão de voltar para casa, o elenco gremista tem se mostrado comprometido com a logística da direção e conectado com o contexto atípico.
O prejuízo técnico é inevitável, mas os jogadores alimentam a vontade de dar uma boa resposta dentro de campo e ser um afago para a torcida. O grupo está satisfeito com o planejamento que tem sido montado até o momento, tanto no período em São Paulo e agora em Curitiba. Mas em muitos momentos, a satisfação se perde em meio à incerteza dos próximos passos do clube e a dúvida de quando voltarão para casa. Diante de uma realidade diferente, o Grêmio precisa dar uma resposta técnica rápida se quiser avançar na Libertadores.
Depois de um início ruim na competição, a equipe de Renato conquistou os primeiros pontos na vitória sobre o Estudiantes, na Argentina. Com três partidas por serem disputadas, o Tricolor é o lanterna do Grupo C, com três pontos. Para buscar a vaga nas oitavas de final, conta com o apoio de mais de 20 mil gremistas no Couto Pereira. A bola rola às 21h.
A escolha do estádio na capital paranaense, inclusive, foi pela proximidade com sul e o número considerável de gremistas em Curitiba. A última atualização da assessoria de imprensa do Grêmio, no final da tarde de terça-feira, é de 21 mil ingressos vendidos, dos 32 mil disponibilizados.
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