Ao lado de Daniel Nepomuceno, dirigente do Atlético, Gilvan de Pinho Tavares discutiu critérios da competição com representantes do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e do Rio
Presente no calendário esportivo brasileiro no início dos anos 2000, a Copa Sul-Minas ganhou ontem mais um capítulo que pode definir seu retorno. A quarta reunião dos organizadores protagonizou ainda um fato emblemático: a presença do presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, na Cidade do Galo. Ao lado do presidente do Atlético, Daniel Nepomuceno, ele discutiu detalhes sobre a competição com os presidentes do Grêmio, Romildo Bolzan, e do Atlético-PR, Mário Petraglia. Internacional, Coritiba, Figueirense, Avaí e Criciúma, que são as equipes criadoras da nova liga, e Flamengo e Fluminense, que participaram como convidados, enviaram representantes.
Embora não haja uma decisão fechada, o encontro deixou alguns pontos definidos. Em princípio, Atlético, Cruzeiro, Internacional, Grêmio, Atlético-PR e Coritiba são integrantes confirmados. O América, campeão em 2000, não está incluído. Também não estão decididos os nomes e os critérios sobre os participantes de Santa Catarina.
Joinville e Avaí participaram do início da primeira reunião. No entanto, como o estado tem quatro equipes na Série A do Brasileiro, estas reivindicaram vagas no torneio. Ontem, o Criciúma mandou um representante. O Joinville, não. Para dirigentes dos seis clubes que participam da criação do movimento (Atlético, Cruzeiro, Internacional, Grêmio, Atlético-PR e Coritiba), um dos próximos passos será estabelecer as normas de participação, incluindo as datas possíveis.
A fórmula que previa a competição com apenas oito clubes, antes dos convites aos dois times cariocas, encontra respaldo nos participantes de Minas e do Sul. Existe também consenso quanto à forma de disputa: oito equipes divididas em duas chaves de quatro, jogando entre si, em oito semanas. Depois, em partidas de ida e volta, as quartas de final (1º de A x 4º de B, 2º de A x 3º de B, 3º de A x 2º de B e 4º de A x 1º de B). Os vencedores fariam as semifinais em dois duelos.
A decisão seria em jogo único, com o local sendo escolhido por sorteio entre as cidades envolvidas na competição. Não ficou acertado se restrita à sede dos dois finalistas. Nessa final, uma festa que iria para além do gramado, com shows no estádio, além de praças de alimentação e de degustação de cerveja.
Já os representantes de Flamengo e Fluminense gostaram da ideia e se mostraram entusiasmados com a oportunidade de participar do torneio. No entanto, a inclusão deles provocaria o aumento do tempo de disputa e a possível alteração de formato. Além disso, haveria necessidade de convidar outros dois times, o que abriria a possibilidade de presença do América, por ora de fora das negociações.
Uma certeza é que os participantes da Sul-Minas disputariam também os campeonatos estaduais, afastando assim o temor de que as grandes equipes esvaziassem a competição.
MEMÓRIA
Só deu Minas
A Sul-Minas foi disputada em três edições no formato envolvendo times mineiros, gaúchos, paranaenses e catarinenses a partir de 2000. O América conquistou o primeiro torneio, e o Cruzeiro foi bicampeão em 2001 e 2002. A taça do Coelho foi ganha sobre a Raposa, com vitórias por 1 a 0 e 2 a 1 na decisão. No ano seguinte, nas finais, a equipe celeste bateu o Coritiba no Couto Pereira (1 a 0) e no Mineirão (3 a 0). Na última competição, o Cruzeiro superou o Atlético Paranaense, vencendo os confrontos em Curitiba (2 a 1) e no Gigante da Pampulha (1 a 0), com gol de Sorín (foto), que se despedia em sua passagem inicial pelo clube.
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Embora não haja uma decisão fechada, o encontro deixou alguns pontos definidos. Em princípio, Atlético, Cruzeiro, Internacional, Grêmio, Atlético-PR e Coritiba são integrantes confirmados. O América, campeão em 2000, não está incluído. Também não estão decididos os nomes e os critérios sobre os participantes de Santa Catarina.
Joinville e Avaí participaram do início da primeira reunião. No entanto, como o estado tem quatro equipes na Série A do Brasileiro, estas reivindicaram vagas no torneio. Ontem, o Criciúma mandou um representante. O Joinville, não. Para dirigentes dos seis clubes que participam da criação do movimento (Atlético, Cruzeiro, Internacional, Grêmio, Atlético-PR e Coritiba), um dos próximos passos será estabelecer as normas de participação, incluindo as datas possíveis.
A fórmula que previa a competição com apenas oito clubes, antes dos convites aos dois times cariocas, encontra respaldo nos participantes de Minas e do Sul. Existe também consenso quanto à forma de disputa: oito equipes divididas em duas chaves de quatro, jogando entre si, em oito semanas. Depois, em partidas de ida e volta, as quartas de final (1º de A x 4º de B, 2º de A x 3º de B, 3º de A x 2º de B e 4º de A x 1º de B). Os vencedores fariam as semifinais em dois duelos.
A decisão seria em jogo único, com o local sendo escolhido por sorteio entre as cidades envolvidas na competição. Não ficou acertado se restrita à sede dos dois finalistas. Nessa final, uma festa que iria para além do gramado, com shows no estádio, além de praças de alimentação e de degustação de cerveja.
Já os representantes de Flamengo e Fluminense gostaram da ideia e se mostraram entusiasmados com a oportunidade de participar do torneio. No entanto, a inclusão deles provocaria o aumento do tempo de disputa e a possível alteração de formato. Além disso, haveria necessidade de convidar outros dois times, o que abriria a possibilidade de presença do América, por ora de fora das negociações.
Uma certeza é que os participantes da Sul-Minas disputariam também os campeonatos estaduais, afastando assim o temor de que as grandes equipes esvaziassem a competição.
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