Ranking mostra predominância paulista no topo e Santos na laterna (Foto: DAPP-FGV)
Na ponta da tabela, o Palmeiras, bem à frente, mais que o dobro, do Corinthians. O ranking não é do número de pontos, mas de lucro no balanço final do primeiro turno do Campeonato Brasileiro. A nova Arena do Verdão garantiu lucro de 72% de bilheteria para o clube palmeirense, que embolsou R$ 16,9 milhões - o Corinthians, com percentual de lucro - receitas menos todos descontos de despesas -, ganhou R$ 8,4 milhões jogando em casa.
Além dos clubes paulistas, a Federação Paulista de Futebol também lidera o ranking de arrecadação no fim do primeiro turno. Evidentemente que o número de clubes de São Paulo na Série A - mais as gordas rendas em jogos de Palmeiras, Corinthians e São Paulo, sexto na lista dos clubes - justifica o lucro da FPF, que embolsou R$ 2,4 milhões, o dobro da Ferj, no Rio. O balanço faz parte do acompanhamento que o Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas iniciou este ano no Brasileiro da Série A.
Os pesquisadores da FGV analisaram todos borderôs do campeonato. Dos estádios novos, o que tem menos descontos para o mandante da partida é a Arena do Grêmio. Dos R$ 8,2 milhões de receita que a bilheteria gremista gerou, 81% entrou para os cofres gaúchos - R$ 6,7 milhões de lucro. Por outro lado, é no novo Maracanã os piores resultados financeiros para os times mandantes. Maior média de público da Série A - 34.399 em média por partida entre pagantes e presentes -, o Flamengo levou apenas embolsou 35% - a segunda mais baixa entre os 20 clubes - dos R$ 10,1 milhões que gerou de bilheteria. Ou seja, ficou com “apenas” R$ 3,9 milhões, na sétima posição no ranking de arrecadação do primeiro turno.
Custo x Benefício catarinense
Dos clubes que têm estádios particulares, os catarinenses se destacam em rentabilidade, mesmo ocupando as posições na parte de baixo na lista dos clubes. Avaí, Figueirense e Chapecoense lucram 75%, 73% e 67%, respectivamente, das receitas que entram de bilheteria em seus jogos dentro de casa. Na visão dos pesquisadores da FGV, é um contraponto as caras arenas modernas, maiores, mais confortáveis, mas com mais custo de manutenção também.
- Os catarinenses jogam em estádios pequenos, mas com custos muito baixos. Então, mesmo com públicos pequenos e ingressos baratos, conseguem boa rentabilidade. Os estádios reformados para a Copa e recém-construídos são muito mais custosos, e por isso os ingressos são mais altos, ou haverá prejuízo em jogos com baixo público. Às vezes, passa de R$ 1 milhão a despesa administrativa de uma partida, com gastos de logística, segurança etc. Por isso Fluminense e Flamengo arrecadam pouco com os jogos que mandam - analisa Lucas Calil, pesquisador da FGV/DAPP.
A ferramenta da FGV, que faz análises de outros dados financeiros e das redes sociais no meio do futebol, é crítica quanto a transparência da prestação de contas dos borderôs. Os dados analisados são aqueles divulgados pelos clubes e pela CBF, em seus sites oficiais.
- Os programas de sócio-torcedor modificaram a lógica financeira das equipes, então muitas vezes o valor declarado oficialmente não corresponde ao montante de fato arrecadado, porque ingressos de sócios, que pagam mensalidade (e não compram jogo a jogo) são declarados igualmente, como se fossem bilhetes individuais - observa Lucas Calil, citando o exemplo do Cruzeiro, quinto na lista “lucrativa” do 1º turno da Série A, com R$ 4,1 milhões, 73% de lucro.
- O Cruzeiro apresenta uma das melhores rentabilidades do campeonato porque o rendimento após o desconto com os custos da partida é muito bom, mas o clube leva, em dinheiro líquido, bem menos que o lucro com os jogos, por causa dos programas de associação. Muitos clubes não são transparentes com relação aos rendimentos de sócios, os valores gerados nas partidas e o percentual pago às concessionárias dos estádios construídos com dinheiro público.
Santos e federação goiana na lanterna
Na lanterna no ranking de clubes aparece o Santos, com apenas R$ 827,5 mil. Na Vila Belmiro, o time da Baixada Santista lucra apenas 37% da receita total de R$ 2,2 milhões que entra de venda de ingressos. O estádio de 1916, que tem capacidade reduzida, vive situação semelhante à de São Januário e do Vasco. O clube carioca, em 12º no ranking dos clubes, levou R$ 2,0 milhões - 37% do total de R$ 5,3 milhões de receitas de bilheteria - nos últimos dois jogos, o Vasco mandou seus jogos no Maracanã, que também vai receber a primeira partida do Gigante da Colina no Rio no segundo turno da Série A.
No degrau mais baixo das oito federações que participam da Primeira Divisão está a Federação Goiana de Futebol, que faturou apenas R$ 85,9 mil - no estado, apenas o Goiás sedia jogos na Série A. Pernambuco vem logo acima, apenas com o Sport, mas com algumas partidas sediadas na Arena Pernambuco. As federações ganham 5% da receita bruta dos jogos.
Confira a lista completa das associações estaduais de futebol:
1 - Federação de SP - R$ 2,4 milhões
2 - Federação do RJ - R$ 1,2 milhões
3 - Federação de MG - R$ 787,2 mil
4 - Federação do RS - 646,6 mil
5 - Federação do PR - R$ 360,1 mil
6 - Federação de SC - 313,9 mil
7 - Federação de PE - R$ 257,6 mil
8 - Federação de GO - R$ 85,9 mil
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Além dos clubes paulistas, a Federação Paulista de Futebol também lidera o ranking de arrecadação no fim do primeiro turno. Evidentemente que o número de clubes de São Paulo na Série A - mais as gordas rendas em jogos de Palmeiras, Corinthians e São Paulo, sexto na lista dos clubes - justifica o lucro da FPF, que embolsou R$ 2,4 milhões, o dobro da Ferj, no Rio. O balanço faz parte do acompanhamento que o Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas iniciou este ano no Brasileiro da Série A.
Os pesquisadores da FGV analisaram todos borderôs do campeonato. Dos estádios novos, o que tem menos descontos para o mandante da partida é a Arena do Grêmio. Dos R$ 8,2 milhões de receita que a bilheteria gremista gerou, 81% entrou para os cofres gaúchos - R$ 6,7 milhões de lucro. Por outro lado, é no novo Maracanã os piores resultados financeiros para os times mandantes. Maior média de público da Série A - 34.399 em média por partida entre pagantes e presentes -, o Flamengo levou apenas embolsou 35% - a segunda mais baixa entre os 20 clubes - dos R$ 10,1 milhões que gerou de bilheteria. Ou seja, ficou com “apenas” R$ 3,9 milhões, na sétima posição no ranking de arrecadação do primeiro turno.
Custo x Benefício catarinense
Dos clubes que têm estádios particulares, os catarinenses se destacam em rentabilidade, mesmo ocupando as posições na parte de baixo na lista dos clubes. Avaí, Figueirense e Chapecoense lucram 75%, 73% e 67%, respectivamente, das receitas que entram de bilheteria em seus jogos dentro de casa. Na visão dos pesquisadores da FGV, é um contraponto as caras arenas modernas, maiores, mais confortáveis, mas com mais custo de manutenção também.
- Os catarinenses jogam em estádios pequenos, mas com custos muito baixos. Então, mesmo com públicos pequenos e ingressos baratos, conseguem boa rentabilidade. Os estádios reformados para a Copa e recém-construídos são muito mais custosos, e por isso os ingressos são mais altos, ou haverá prejuízo em jogos com baixo público. Às vezes, passa de R$ 1 milhão a despesa administrativa de uma partida, com gastos de logística, segurança etc. Por isso Fluminense e Flamengo arrecadam pouco com os jogos que mandam - analisa Lucas Calil, pesquisador da FGV/DAPP.
A ferramenta da FGV, que faz análises de outros dados financeiros e das redes sociais no meio do futebol, é crítica quanto a transparência da prestação de contas dos borderôs. Os dados analisados são aqueles divulgados pelos clubes e pela CBF, em seus sites oficiais.
- Os programas de sócio-torcedor modificaram a lógica financeira das equipes, então muitas vezes o valor declarado oficialmente não corresponde ao montante de fato arrecadado, porque ingressos de sócios, que pagam mensalidade (e não compram jogo a jogo) são declarados igualmente, como se fossem bilhetes individuais - observa Lucas Calil, citando o exemplo do Cruzeiro, quinto na lista “lucrativa” do 1º turno da Série A, com R$ 4,1 milhões, 73% de lucro.
- O Cruzeiro apresenta uma das melhores rentabilidades do campeonato porque o rendimento após o desconto com os custos da partida é muito bom, mas o clube leva, em dinheiro líquido, bem menos que o lucro com os jogos, por causa dos programas de associação. Muitos clubes não são transparentes com relação aos rendimentos de sócios, os valores gerados nas partidas e o percentual pago às concessionárias dos estádios construídos com dinheiro público.
Santos e federação goiana na lanterna
Na lanterna no ranking de clubes aparece o Santos, com apenas R$ 827,5 mil. Na Vila Belmiro, o time da Baixada Santista lucra apenas 37% da receita total de R$ 2,2 milhões que entra de venda de ingressos. O estádio de 1916, que tem capacidade reduzida, vive situação semelhante à de São Januário e do Vasco. O clube carioca, em 12º no ranking dos clubes, levou R$ 2,0 milhões - 37% do total de R$ 5,3 milhões de receitas de bilheteria - nos últimos dois jogos, o Vasco mandou seus jogos no Maracanã, que também vai receber a primeira partida do Gigante da Colina no Rio no segundo turno da Série A.
No degrau mais baixo das oito federações que participam da Primeira Divisão está a Federação Goiana de Futebol, que faturou apenas R$ 85,9 mil - no estado, apenas o Goiás sedia jogos na Série A. Pernambuco vem logo acima, apenas com o Sport, mas com algumas partidas sediadas na Arena Pernambuco. As federações ganham 5% da receita bruta dos jogos.
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1 - Federação de SP - R$ 2,4 milhões
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Comentários
Comentários (1)
O Grêmio TEM uma Arena moderníssima e o menor custo com lucro de 81% !!!
E o Grêmio ainda não comprou a gestão da sua Arena....
O tricolor está sozinho nesta faixa e ainda vai ficar melhor com o time ganhando e a Arena (com gestão gremista) com um público ainda maior pela fase da equipe que levará a torcida gremista à cancha tricolor...
Dá-lhe Grêmio...
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Aplicativo Gremio Avalanche
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