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O que o Hepta - ganho com justiça - nos mostrou sobre o Grêmio de Renato


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O que o Hepta - ganho com justiça - nos mostrou sobre o Grêmio de Renato
Grêmio foi Hepta com justiça, humildade, “trabalhando quieto” como disse Soteldo ao final da decisão contra o Juventude, na Arena com quase 54 mil torcedores. Hoje, pode-se dizer que o Imortal, de fato, é o melhor time do Rio Grande do Sul. E, na minha opinião, fez uma ótima janela de contratações. Mas o Grêmio que controlou o Ju na ida - embora a expulsão do goleiro deles com marcação de tiro indireto livre, ignorada, pudesse ter mudado o jogo - e dominou na volta, após sofrer mais ou menos até os 30 minutos do 1o tempo, mostrou fragilidades que continuam.


Caíque é bom goleiro, mas tem falhado em decisões, talvez por falta de maturidade ou experiência - ao mesmo tempo, fechou o gol em vários lances. O pênalti reclamado por muitos, dele em Gilberto, ontem, na Arena, não existiu: Caíque só correu muito perigo ao demorar a chutar a bola, no que foi chutado no pé pelo experiente atacante do Juventude, que até, teatralmente, se atirou. O VAR nem chamou. Mas algum apito tendencioso poderia ter marcado, não seria um “erro crasso”, apenas um erro, que aí sim poderia ter mudado o campeão do Gauchão 2024.


Falando em goleiros, Marchesín, jogador de UEFA, campeão da América pela Argentina e multicampeão na Europa, é o goleiro mais experiente que o Tricolor tem no momento. Embora lhe falte ritmo de jogo, após quase um ano inteiro sem jogar por lesão em 2023. E precisa ganhar massa muscular, parar de dar rebotes. É o goleiro da Libertadores, que agora já tem mais ritmo de jogo, suponho e espero, e precisa ganhar confiança. Andou falhando, mas nada “absurdo” a não ser o gol que levou no GREnal.


O Grêmio de Renato ainda carece de um volante marcador, carregador de piano, mas com alguma técnica, para proteger os zagueiros - Villasanti não é esse jogador, tampouco Pepê, Carballo, Dodi, Ronald, Du Queiroz. Todos 2os volantes. Falta um Wallace, um Rafael Carioca, um Dinho. Um Caíque do Juventude - a ideia de o contratar, ele que interessa a vários clubes do Brasil, me parece interessante. A janela está fechada até a metade do ano, a não ser para jogadores que jogaram as finais dos estaduais, e não vejo alternativa emergencial melhor que Caíque do Juventude, que “acabou” com o Inter nas semis e fez partidas razoáveis contra o Maior do Sul nas finais.



Faltam, ainda, um zagueiro titular para substituir o combalido Geromel, embora ele ainda possa ajudar, talvez um lateral-esquerdo, mais um zagueiro reserva - principalmente se Gustavo Martins for negociado com a Europa, no meio do ano, seu valor é de 7 milhões de euros ou mais, Grêmio tem 90% do passe - e um 9 para fazer sombra àquele que tem sido o nome do Grêmio: Diego Costa. O melhor jogador do Campeonato Gaúcho 2024, o melhor centroavante do RS, talvez do Brasil, no momento. Seis gols e uma ou duas assistências em seis jogos seguidos. Uma carreira vitoriosa e longa na Europa não nos enganou, ao menos até aqui. Diego Costa, como Diego Souza, é “O Tanque”, e tem a cara do Grêmio.


Ganhamos o merecido Hepta, apesar de tantos “erros” da FGF contra o Tricolor e a favor do Inter, notadamente. Agora é pensar na Libertadores, no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil. Sacrificamos no mínimo 1 ponto bem possível na altitude, na estreia da competição continental, para ganhar o Gaúcho pela sétima vez. Penso que Renato acertou, desde 1968 não ganhávamos um Hepta, e só temos um. O objetivo agora é o Octa, que só o Inter tem.


Um apelo: Alberto Guerra, Celso Rigo - o Tio do Arroz -, Brum, abram os bolsos e aproveitem a chance de fazer o Grêmio ganhar algo grande este ano. O time “deu liga”, porém faltam as peças pontuais no time titular: 1o volante e zagueiro titular, e, para grupo, uns três ou quatro atletas. O zagueiro Uvini saiu por R$ 3 milhões e Galdino pode sair para o México. A base gremista é boa, mas apenas Gustavo Nunes e, talvez, Gustavo Martins, estão afirmados, não é hora de apostas.


Por fim, como sempre fez, Renato “calou a boca” de muitos, inclusive gremistas, ainda que tendo tomado algumas decisões equivocadas nos últimos tempos. É agora o técnico com mais títulos da história do Grêmio, seu time do coração, igualado a Oswaldo Rolla. Mas Renato foi mais: campeão da Libertadores e do Mundial como protagonista pelo Grêmio. Renato é, de certa maneira, dono do Grêmio, sim, merece a estátua. Não por esse status, não deve receber críticas, quando necessário. Renato tem estrela. E não comemora campeonato antes de começar, nem afirma que tem os melhores jogadores antes de jogarem, e até se gaba, mas é porque é, realmente, um vencedor: Renato Portaluppi é um vencedor no futebol e na vida, e a maior sorte que os gremistas tiveram na sua própria vida como clube.

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