Marcelo Oliveira indica com o dedo o número do cargo que ocupa na equipe
Com sina não se brinca. Não importa momento nem qualidade. Ela é implacável. A sina te destrói, arrasa tua vida e não deixa vestígios para se possa se reerguer.
Eu me recordava daquele longínquo 2008, num meio de semana como esse, noite fria, chata, escura, e uma sina. Couto Pereira lotado. Éramos os segundos colocados naquela ocasião e uma vitória nos faria líder. Tcheco ergueu o corner para Marcel fazer o 1 a 0 e cravar uma faca na sina. Foi a última vez que ela não agiu conosco.
De lá pra cá, a sina reviveu e nunca mais nos abandonou. Não importava o dia, a hora e a temperatura, ela surgia impiedosa e nos aplicava duros golpes.
No que a bola rolou ontem, pensei que ela estaria presente. O momento era bom para o Grêmio e terrível para o Coritiba, mas ela estava viva, atuando com suas mãos atemporais sobre os jogadores coxabranca como marionetes dançando sob cordas invisíveis.
O árbitro preocupava. Meira Ricci, meu algoz do apito, sempre faz o esforço desnecessário para prejudicar uma partida. Por sorte, por falha da sina, por uma aberração da história, num lance em que Galhardo clamou falta dentro da área, o mesmo pôs-se a tapear a bola como se pleiteasse uma vaga no vôlei de praia olímpico e o nobre homem ajuizado de julgar, talvez pela plasticidade cênica do lance, de tão absurdo, nos safou de uma penalidade.

Após seu decreto presidencial, Marcelo Oliveira comemora
Mas sorte e sina não andam juntas, independem uma da outra para atuarem retas por linhas tortuosas. O Coritiba, sem abalo, abafou o Grêmio sem pensar no passado.
Já no segundo tempo, quando a cambiada de Fernandinho por Pedro Rocha melhorou o time, o Grêmio teve sua chance. Douglas, o maestro da barriga proeminente, com a mimosa dominada na esquerda, o pé que pifa, ao invés de chutar frente ao gol aberto, não resistiu à natureza selvagem do número que traz às costas da camisa e passou para Fernandinho, que desperdiçou o lance.
Doze minutos depois, o mesmo Douglas, não destinado a chutes, mas ao passe da elegância, com a perna esquerda da sorte, lançou a bola da ponta direita para o meio do campo. Ao recebê-la, ignorando o que o mundo, o destino e a vida lhe diziam, Marcelo Oliveira, O Presidente, como num decreto sem possibilidade de veto, derrubando uma cláusula pétrea, emendou a canhota que dita o destino de todos. Subindo na hora certa, com a força precisa de um brontossauro e descendo na hora errada, na hora perfeita, na hora que goleiro algum na história do mundo pegaria, engavetou um golaço que abafou a lateral da rede, morrendo sem misericórdia na meta de Bruno.
Era a morte da sina. Era a vitória de um novo destino, decretada pelo homem mais regular, o homem que comanda a esquerda como comanda uma República com braço de ferro e perna de aço.
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De lá pra cá, a sina reviveu e nunca mais nos abandonou. Não importava o dia, a hora e a temperatura, ela surgia impiedosa e nos aplicava duros golpes.
No que a bola rolou ontem, pensei que ela estaria presente. O momento era bom para o Grêmio e terrível para o Coritiba, mas ela estava viva, atuando com suas mãos atemporais sobre os jogadores coxabranca como marionetes dançando sob cordas invisíveis.
O árbitro preocupava. Meira Ricci, meu algoz do apito, sempre faz o esforço desnecessário para prejudicar uma partida. Por sorte, por falha da sina, por uma aberração da história, num lance em que Galhardo clamou falta dentro da área, o mesmo pôs-se a tapear a bola como se pleiteasse uma vaga no vôlei de praia olímpico e o nobre homem ajuizado de julgar, talvez pela plasticidade cênica do lance, de tão absurdo, nos safou de uma penalidade.
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Doze minutos depois, o mesmo Douglas, não destinado a chutes, mas ao passe da elegância, com a perna esquerda da sorte, lançou a bola da ponta direita para o meio do campo. Ao recebê-la, ignorando o que o mundo, o destino e a vida lhe diziam, Marcelo Oliveira, O Presidente, como num decreto sem possibilidade de veto, derrubando uma cláusula pétrea, emendou a canhota que dita o destino de todos. Subindo na hora certa, com a força precisa de um brontossauro e descendo na hora errada, na hora perfeita, na hora que goleiro algum na história do mundo pegaria, engavetou um golaço que abafou a lateral da rede, morrendo sem misericórdia na meta de Bruno.
Era a morte da sina. Era a vitória de um novo destino, decretada pelo homem mais regular, o homem que comanda a esquerda como comanda uma República com braço de ferro e perna de aço.
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