A situação vivida pelo Grêmio na noite desta terça-feira, às 21h, no Heriberto Hulse, implica uma quebra de paradigma para tentar assegurar a vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil. A vantagem do Criciúma, colhida dentro do abraço dos gremistas na Arena, traz más lembranças aos tricolores: apenas uma vez na história da competição os gremistas reverteram o resultado fora de Porto Alegre. Por outro lado, no ano, os exemplos são positivos. Dos nove triunfos longe de casa no ano, seis assegurariam a classificação direta em solo catarinense - inclusive nos dois confrontos anteriores pela Copa do Brasil.
O Grêmio tem quatro situações em que precisou de uma virada longe de seus domínios para seguir vivo na Copa do Brasil. Só conseguiu a classificação em uma delas, diante do Paraná, em 1992. Nas outras quatro, acabou eliminado: em 1999 e 2004 para o Flamengo, e em 2012, para o Palmeiras. Em 2014, o Tricolor foi derrotado pelo Santos por 2 a 0 na Arena, mas não disputou o jogo da volta, devido à eliminação nos tribunais após o caso de racismo com o goleiro Aranha.

Retrospecto como visitante favorece o Grêmio do técnico Roger Machado (Foto: Lucas Uebel/Grêmio)
No único triunfo, em 1992, o Tricolor do técnico Ernesto Guedes foi derrotado por 1 a 0 no Olímpico, com um golaço de Serginho. Na volta, no Pinheirão, o Grêmio reverteu a desvantagem ao aplicar 2 a 1, com gols do atacante Carlinhos e do meia Caio. Luis Américo descontou para os paranaenses, que, mesmo com um a mais em campo após a expulsão de Leandro Silva, não conseguiram o empate. Os gremistas foram eliminados na fase seguinte, ao serem batidos pelo rival, Inter, nos pênaltis, após dois empates em 1 a 1.
Nas demais oportunidades, o Tricolor amealhou três derrotas. Em 1999, a equipe de Celso Roth, desfalcada por Ronaldinho, acabou derrotada por 2 a 1, no Olímpico, para o Flamengo, com gols de Romário e Caio para os cariocas, e de Macedo para os donos da casa, nas oitavas de final. Na volta, com R10 no Maracanã, o Grêmio arrancou um insuficiente empate em 2 a 2, com gols Zé Alcino e Scheidt. Romário e Fabão marcaram para o Fla.

* das vitórias, seis foram por placar que dá a vaga ao Grêmio; duas delas sob o comando de Roger Machado
O mesmo Flamengo foi algoz gremista em 2004, quando chegou ao vice-campeonato, após perder para o Santo André na grande final. Os cariocas bateram o Grêmio por 1 a 0 com gol de Zinho, no jogo de ida das quartas de final. Na volta, mantiveram o zero no placar, no Maracanã para avançar à semi. O Tricolor, a propósito, acabaria rebaixado no Brasileirão daquele ano.
Em 2012, o Grêmio de Vanderlei Luxemburgo pressionou o Palmeiras de Felipão no Olímpico, mas viu ruir a classificação a partir de erro de finalização de Rondinelly, na entrada da área. No contra-ataque, Mazinho abriu o placar para o Verdão, já nos acréscimos da segunda etapa. Depois, Barcos selou o 2 a 0. Na volta, em Barueri. O Tricolor, com dois a menos em campo, após as expulsões de Edílson e Rondinelly, até abriu o placar, com o volante Fernando, mas acabou cedendo o empate em 1 a 1, em cobrança de pênalti de Valdívia.
Grêmio venceu as duas fora nesta Copa do Brasil

História à parte, o Grêmio conta com o retrospecto atual na Copa do Brasil como trunfo. Nos dois jogos que disputou fora de casa na competição, somou duas vitórias que lhe garantiriam a vaga nas oitavas: 2 a 1 sobre o Campinense e 3 a 1 sobre o CRB, ambas nos jogos de ida. O desempenho longe da Arena sob o comando de Roger Machado também apresenta elementos positivos.
Em seis jogos, foram duas vitórias, um empate e três derrotas, com seis gols marcados e sete sofridos. Aproveitamento baixo - 38% - é verdade, mas que materializam um trunfo: os dois triunfos fora de casa, contra Avaí (2 a 1) e Santos (3 a 1), garantiriam a vaga na próxima fase. Ao todo, em 2015, foram nove vitórias, seis derrotas e três empates em 18 jogos - aproveitamento de 55% - com 22 gols marcados, e 17 sofridos.
Em contrapartida, o momento sopra contra o Grêmio, que vai a Santa Catarina após duas derrotas seguidas, para o próprio Criciúma e para o Flamengo, ambas por 1 a 0. Marca que desperta atenção redobrada por parte dos gremistas, mas não abala a confiança da equipe.
- A gente vem trabalhando, tivemos a sequência muito boa de vitórias antes das derrotas. O Brasileirão é muito difícil. A Copa do Brasil, também. Os dois campeonatos em pouco tempo, em pouco espaço. Tivemos um jogo difícil contra o Flamengo, criamos, mas não conseguimos marcar. Nosso foco é o Brasileirão e a Copa do Brasil. Tivemos um resultado negativo na Arena. Viemos aqui para buscar o resultado, fazer gols e passar de fase, que nosso foco é a Copa do Brasil - afirmou o lateral-direito Galhardo, na chegada a Nova Veneza, cidade a pouco mais de 20 quilômetros de Criciúma, que abriga o Tricolor em solo catarinense.
Após a derrota por 1 a 0 na Arena, o Grêmio precisa vencer o Criciúma por dois gols de diferença, ou por um gol de diferença a partir de 2 a 1 para ficar com a vaga. Um novo 1 a 0, em seu favor, leva a decisão aos pênaltis. As duas equipes entram em campo às 21h desta terça-feira, no Heriberto Hülse.
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O Grêmio tem quatro situações em que precisou de uma virada longe de seus domínios para seguir vivo na Copa do Brasil. Só conseguiu a classificação em uma delas, diante do Paraná, em 1992. Nas outras quatro, acabou eliminado: em 1999 e 2004 para o Flamengo, e em 2012, para o Palmeiras. Em 2014, o Tricolor foi derrotado pelo Santos por 2 a 0 na Arena, mas não disputou o jogo da volta, devido à eliminação nos tribunais após o caso de racismo com o goleiro Aranha.

Retrospecto como visitante favorece o Grêmio do técnico Roger Machado (Foto: Lucas Uebel/Grêmio)
No único triunfo, em 1992, o Tricolor do técnico Ernesto Guedes foi derrotado por 1 a 0 no Olímpico, com um golaço de Serginho. Na volta, no Pinheirão, o Grêmio reverteu a desvantagem ao aplicar 2 a 1, com gols do atacante Carlinhos e do meia Caio. Luis Américo descontou para os paranaenses, que, mesmo com um a mais em campo após a expulsão de Leandro Silva, não conseguiram o empate. Os gremistas foram eliminados na fase seguinte, ao serem batidos pelo rival, Inter, nos pênaltis, após dois empates em 1 a 1.
Nas demais oportunidades, o Tricolor amealhou três derrotas. Em 1999, a equipe de Celso Roth, desfalcada por Ronaldinho, acabou derrotada por 2 a 1, no Olímpico, para o Flamengo, com gols de Romário e Caio para os cariocas, e de Macedo para os donos da casa, nas oitavas de final. Na volta, com R10 no Maracanã, o Grêmio arrancou um insuficiente empate em 2 a 2, com gols Zé Alcino e Scheidt. Romário e Fabão marcaram para o Fla.

* das vitórias, seis foram por placar que dá a vaga ao Grêmio; duas delas sob o comando de Roger Machado
O mesmo Flamengo foi algoz gremista em 2004, quando chegou ao vice-campeonato, após perder para o Santo André na grande final. Os cariocas bateram o Grêmio por 1 a 0 com gol de Zinho, no jogo de ida das quartas de final. Na volta, mantiveram o zero no placar, no Maracanã para avançar à semi. O Tricolor, a propósito, acabaria rebaixado no Brasileirão daquele ano.
Em 2012, o Grêmio de Vanderlei Luxemburgo pressionou o Palmeiras de Felipão no Olímpico, mas viu ruir a classificação a partir de erro de finalização de Rondinelly, na entrada da área. No contra-ataque, Mazinho abriu o placar para o Verdão, já nos acréscimos da segunda etapa. Depois, Barcos selou o 2 a 0. Na volta, em Barueri. O Tricolor, com dois a menos em campo, após as expulsões de Edílson e Rondinelly, até abriu o placar, com o volante Fernando, mas acabou cedendo o empate em 1 a 1, em cobrança de pênalti de Valdívia.
Grêmio venceu as duas fora nesta Copa do Brasil

História à parte, o Grêmio conta com o retrospecto atual na Copa do Brasil como trunfo. Nos dois jogos que disputou fora de casa na competição, somou duas vitórias que lhe garantiriam a vaga nas oitavas: 2 a 1 sobre o Campinense e 3 a 1 sobre o CRB, ambas nos jogos de ida. O desempenho longe da Arena sob o comando de Roger Machado também apresenta elementos positivos.
Em seis jogos, foram duas vitórias, um empate e três derrotas, com seis gols marcados e sete sofridos. Aproveitamento baixo - 38% - é verdade, mas que materializam um trunfo: os dois triunfos fora de casa, contra Avaí (2 a 1) e Santos (3 a 1), garantiriam a vaga na próxima fase. Ao todo, em 2015, foram nove vitórias, seis derrotas e três empates em 18 jogos - aproveitamento de 55% - com 22 gols marcados, e 17 sofridos.
Em contrapartida, o momento sopra contra o Grêmio, que vai a Santa Catarina após duas derrotas seguidas, para o próprio Criciúma e para o Flamengo, ambas por 1 a 0. Marca que desperta atenção redobrada por parte dos gremistas, mas não abala a confiança da equipe.
- A gente vem trabalhando, tivemos a sequência muito boa de vitórias antes das derrotas. O Brasileirão é muito difícil. A Copa do Brasil, também. Os dois campeonatos em pouco tempo, em pouco espaço. Tivemos um jogo difícil contra o Flamengo, criamos, mas não conseguimos marcar. Nosso foco é o Brasileirão e a Copa do Brasil. Tivemos um resultado negativo na Arena. Viemos aqui para buscar o resultado, fazer gols e passar de fase, que nosso foco é a Copa do Brasil - afirmou o lateral-direito Galhardo, na chegada a Nova Veneza, cidade a pouco mais de 20 quilômetros de Criciúma, que abriga o Tricolor em solo catarinense.
Após a derrota por 1 a 0 na Arena, o Grêmio precisa vencer o Criciúma por dois gols de diferença, ou por um gol de diferença a partir de 2 a 1 para ficar com a vaga. Um novo 1 a 0, em seu favor, leva a decisão aos pênaltis. As duas equipes entram em campo às 21h desta terça-feira, no Heriberto Hülse.
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