Vagner Mancini foi apresentado oficialmente pelo Grêmio no final da tarde desta sexta-feira como novo técnico do clube. A entrevista coletiva ocorreu logo após o primeiro treino comandando pelo profissional, no CT Luiz Carvalho. Ele assinou contrato até o fim de 2022.
O treinador foi anunciado oficialmente pelo clube logo após desembarcar em Porto Alegre. Junto com ele, chegam o auxiliar técnico Regis Angelis, o analista de desempenho Claudio Andrade e auxiliar de preparação física Lucas Itaberaba.
Nas primeiras palavras como novo técnico do Grêmio, Mancini explicou por que decidiu trocar o América-MG pelo Tricolor, que vive um momento turbulento com ameaça de rebaixamento. Ressaltou a identificação com o clube e afirmou que confia na recuperação.
– Não tenha dúvidas que o que pesou foi o conhecimento que tenho do grupo do Grêmio. Não vive um bom momento, mas tem condições de começar uma reação, que precisa ser incrível a partir de domingo. O que me fez aceitar? O tamanho do clube. Falo com muito orgulho que já vesti esta camisa e participei de conquistas. Foi um dos fatores. A saída do América-MG foi muito leal. Sempre dialogamos com respeito. Quando você faz de peito aberto, olho no olho, sai da melhor forma – disse.
Vagner Mancini é apresentado como novo técnico do Grêmio ao lado do vice-presidente Denis Abrahão — Foto: Reprodução/Twitter Grêmio
Vagner Mancini é apresentado como novo técnico do Grêmio ao lado do vice-presidente Denis Abrahão — Foto: Reprodução/Twitter Grêmio
Com pouco tempo para trabalhar, o novo técnico não prometeu grandes mudanças. Mas ressaltou que uma das marcas de seu trabalho é o futebol mais ofensivo. O estilo mais reativo é apontado como um dos motivos de desgaste entre o grupo de jogadores e o técnico Luiz Felipão Scolari, que deixou o cargo após a derrota para o Santos, domingo passado.
– O time do Mancini será sempre ofensivo. Ofensivo no que pede a partida. O time precisa ser agressivo em todos os momentos, seja para frente ou para trás, na hora de se defender. O jogo é dividido em duas partes, com e sem a bola. Com a bola, temos que jogar. Temos jogadores dotados. Sem a bola, precisamos gerar desconforto. Precisamos agregar parte tática. Não há muito tempo. Conto com o lastro de um grupo que passou por vários treinadores – afirmou.
O Tricolor tem apenas 23 pontos e ocupa a vice-lanterna do Brasileirão. O novo técnico terá 14 rodadas para evitar o rebaixamento à Série B, precisando de um aproveitamento de 50%. A próxima partida ocorre no domingo, às 18h15, contra o Juventude, na Arena.
Vagner Mancini deixa o América-MG, onde tinha contrato até o final deste ano. O técnico de 54 anos foi procurado pelo Grêmio no início da semana, após a saída de Felipão, como revelou o ge.
Como jogador, Vagner Mancini fez parte do grupo campeão da Libertadores pelo Grêmio em 1995. Ele também já treinou o clube em 2008. Na ocasião, acabou demitido após seis partidas e saiu invicto, com quatro vitórias e dois empates.
Veja outras respostas de Mancini:
Retorno ao Grêmio
"É uma satisfação novamente estar nesta cadeira e vestindo o manto. Uma satisfação. É um momento importante a todos nós. Será um momento muito interessante para todos nós. O Grêmio precisa que todos estejam empenhados 24 horas. Eu conheço o Grêmio e sei o que este time é capaz de fazer. Este gigante mostrará o que pode e deve fazer para sair desta situação incômoda. O que começa hoje fará história a partir de domingo. Todos estamos voltados para o melhor".
Semelhanças com a passagem no Corinthians
"Todas as experiências ao longo do tempo no futebol faz você pinçar algumas coisas. O que vivi no Corinthians serve como exemplo sim. Você busca experiências como solução para o que vive. O Corinthians, assim como o Grêmio, estava mal na tabela e reagiu. Respeitamos muito o Juventude, mas é um jogo que é importante para a reação neste processo. Temos mais de 12 jogos, mas precisamos o mais rápido construir um conceito que gere confiança. Um time precisa isso e não é do dia para noite. Você começa a conquistar quando é leal. Não queremos mudanças bruscas, mas severas dentro de um sistema que precisa funcionar. Não quero iludir ninguém. Estou aqui porque acredito no potencial do clube e o Grêmio que tem para se reerguer. A história mostra isso".
Mudanças no time
"Não tenho como fazer grandes mudanças táticas e treinamento em dois dias. A mudança precisa ser de dentro para fora, de mentalidade, atitude. Isso se consegue com treinos, concepção de jogo. Neste momento, eu não teria como exemplificar. Preciso atuar na parte emocional do atleta. Todos já jogaram e fizeram boas atuações neste ano. Precisamos resgatar o que eles têm de melhor. Um resgate coletivo, não individual. O torcedor está ansioso, mas precisamos passar confiança para ele jogar conosco. Sei que no começo ele tentará nos incentivar, mas é dentro de campo que ele fará o coro ser mantido para iniciar no domingo a reação".
Preciso atuar na parte emocional do atleta. Todos já jogaram e fizeram boas atuações neste ano. Precisamos resgatar o que eles têm de melhor. Um resgate coletivo, não individual"
— Mancini
Contato com outros técnicos do Grêmio
"Sinceramente, não tive tempo de conversar com ninguém. Até para estar sentado aqui, já fui ao campo hoje e dei treino. A velocidade não me deu chance de ligar para ninguém. Mas óbvio que tenho contato com todos e os admiro. Neste momento, preciso olhar com os nossos olhos e sentir o vestiário. Tentar entrar na mente dele, ter um ambiente sadio no dia a dia. Isso gera mais confiança no que é produzido. Ninguém consegue nada na vida sem trabalho. É o pilar de tudo que ocorre no Grêmio. Estamos em uma operação de guerra e é preciso que todos coloquem para fora e, de mãos dadas, nos ajudemos. Desta forma, temos chance. Já vi. Dá para sonhar. Já vi situações atípicas aqui, mas o clube teve muito êxito. Precisamos acreditar no peso do clube e os jogadores do elenco".
Maior desafio da carreira?
"O maior desafio é sempre o próximo. O que é feito vira experiência. Este é o desafio do momento e conto com todos. O Grêmio não é formado só pelos 11 que entram em campo. Há a direção, funcionários, uma torcida apaixonada. Isso fará o Grêmio ter êxito. Precisamos ter uma sinergia muito grande. Imediatamente, preciso atacar em campo, mas que o feito contagie a todos. A energia positiva é importante a todos. O torcedor não quer ouvir sarro na rua e o jogador em campo. É o trabalho dele. Precisamos arrumar os conceitos. A equipe precisa ter cabeça, emocional em dia para desenvolver o que sabe".
Situação do Grêmio no Z-4
"Os números não são favoráveis, mas já estive em outros lugares assim e rapidamente conseguimos. Precisamos mostrar ao atleta que é possível. Quando entra em campo, é como quando você acorda, abre a janela e o Sol aparece. Não podemos perder a convicção. Temos um jogo domingo e cada partida precisa ser encarada em decisão. Os números estão aí e precisamos transformá-los."
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O treinador foi anunciado oficialmente pelo clube logo após desembarcar em Porto Alegre. Junto com ele, chegam o auxiliar técnico Regis Angelis, o analista de desempenho Claudio Andrade e auxiliar de preparação física Lucas Itaberaba.
Nas primeiras palavras como novo técnico do Grêmio, Mancini explicou por que decidiu trocar o América-MG pelo Tricolor, que vive um momento turbulento com ameaça de rebaixamento. Ressaltou a identificação com o clube e afirmou que confia na recuperação.
– Não tenha dúvidas que o que pesou foi o conhecimento que tenho do grupo do Grêmio. Não vive um bom momento, mas tem condições de começar uma reação, que precisa ser incrível a partir de domingo. O que me fez aceitar? O tamanho do clube. Falo com muito orgulho que já vesti esta camisa e participei de conquistas. Foi um dos fatores. A saída do América-MG foi muito leal. Sempre dialogamos com respeito. Quando você faz de peito aberto, olho no olho, sai da melhor forma – disse.
Vagner Mancini é apresentado como novo técnico do Grêmio ao lado do vice-presidente Denis Abrahão — Foto: Reprodução/Twitter Grêmio
Vagner Mancini é apresentado como novo técnico do Grêmio ao lado do vice-presidente Denis Abrahão — Foto: Reprodução/Twitter Grêmio
Com pouco tempo para trabalhar, o novo técnico não prometeu grandes mudanças. Mas ressaltou que uma das marcas de seu trabalho é o futebol mais ofensivo. O estilo mais reativo é apontado como um dos motivos de desgaste entre o grupo de jogadores e o técnico Luiz Felipão Scolari, que deixou o cargo após a derrota para o Santos, domingo passado.
– O time do Mancini será sempre ofensivo. Ofensivo no que pede a partida. O time precisa ser agressivo em todos os momentos, seja para frente ou para trás, na hora de se defender. O jogo é dividido em duas partes, com e sem a bola. Com a bola, temos que jogar. Temos jogadores dotados. Sem a bola, precisamos gerar desconforto. Precisamos agregar parte tática. Não há muito tempo. Conto com o lastro de um grupo que passou por vários treinadores – afirmou.
O Tricolor tem apenas 23 pontos e ocupa a vice-lanterna do Brasileirão. O novo técnico terá 14 rodadas para evitar o rebaixamento à Série B, precisando de um aproveitamento de 50%. A próxima partida ocorre no domingo, às 18h15, contra o Juventude, na Arena.
Vagner Mancini deixa o América-MG, onde tinha contrato até o final deste ano. O técnico de 54 anos foi procurado pelo Grêmio no início da semana, após a saída de Felipão, como revelou o ge.
Como jogador, Vagner Mancini fez parte do grupo campeão da Libertadores pelo Grêmio em 1995. Ele também já treinou o clube em 2008. Na ocasião, acabou demitido após seis partidas e saiu invicto, com quatro vitórias e dois empates.
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Retorno ao Grêmio
"É uma satisfação novamente estar nesta cadeira e vestindo o manto. Uma satisfação. É um momento importante a todos nós. Será um momento muito interessante para todos nós. O Grêmio precisa que todos estejam empenhados 24 horas. Eu conheço o Grêmio e sei o que este time é capaz de fazer. Este gigante mostrará o que pode e deve fazer para sair desta situação incômoda. O que começa hoje fará história a partir de domingo. Todos estamos voltados para o melhor".
Semelhanças com a passagem no Corinthians
"Todas as experiências ao longo do tempo no futebol faz você pinçar algumas coisas. O que vivi no Corinthians serve como exemplo sim. Você busca experiências como solução para o que vive. O Corinthians, assim como o Grêmio, estava mal na tabela e reagiu. Respeitamos muito o Juventude, mas é um jogo que é importante para a reação neste processo. Temos mais de 12 jogos, mas precisamos o mais rápido construir um conceito que gere confiança. Um time precisa isso e não é do dia para noite. Você começa a conquistar quando é leal. Não queremos mudanças bruscas, mas severas dentro de um sistema que precisa funcionar. Não quero iludir ninguém. Estou aqui porque acredito no potencial do clube e o Grêmio que tem para se reerguer. A história mostra isso".
Mudanças no time
"Não tenho como fazer grandes mudanças táticas e treinamento em dois dias. A mudança precisa ser de dentro para fora, de mentalidade, atitude. Isso se consegue com treinos, concepção de jogo. Neste momento, eu não teria como exemplificar. Preciso atuar na parte emocional do atleta. Todos já jogaram e fizeram boas atuações neste ano. Precisamos resgatar o que eles têm de melhor. Um resgate coletivo, não individual. O torcedor está ansioso, mas precisamos passar confiança para ele jogar conosco. Sei que no começo ele tentará nos incentivar, mas é dentro de campo que ele fará o coro ser mantido para iniciar no domingo a reação".
Preciso atuar na parte emocional do atleta. Todos já jogaram e fizeram boas atuações neste ano. Precisamos resgatar o que eles têm de melhor. Um resgate coletivo, não individual"
— Mancini
Contato com outros técnicos do Grêmio
"Sinceramente, não tive tempo de conversar com ninguém. Até para estar sentado aqui, já fui ao campo hoje e dei treino. A velocidade não me deu chance de ligar para ninguém. Mas óbvio que tenho contato com todos e os admiro. Neste momento, preciso olhar com os nossos olhos e sentir o vestiário. Tentar entrar na mente dele, ter um ambiente sadio no dia a dia. Isso gera mais confiança no que é produzido. Ninguém consegue nada na vida sem trabalho. É o pilar de tudo que ocorre no Grêmio. Estamos em uma operação de guerra e é preciso que todos coloquem para fora e, de mãos dadas, nos ajudemos. Desta forma, temos chance. Já vi. Dá para sonhar. Já vi situações atípicas aqui, mas o clube teve muito êxito. Precisamos acreditar no peso do clube e os jogadores do elenco".
Maior desafio da carreira?
"O maior desafio é sempre o próximo. O que é feito vira experiência. Este é o desafio do momento e conto com todos. O Grêmio não é formado só pelos 11 que entram em campo. Há a direção, funcionários, uma torcida apaixonada. Isso fará o Grêmio ter êxito. Precisamos ter uma sinergia muito grande. Imediatamente, preciso atacar em campo, mas que o feito contagie a todos. A energia positiva é importante a todos. O torcedor não quer ouvir sarro na rua e o jogador em campo. É o trabalho dele. Precisamos arrumar os conceitos. A equipe precisa ter cabeça, emocional em dia para desenvolver o que sabe".
Situação do Grêmio no Z-4
"Os números não são favoráveis, mas já estive em outros lugares assim e rapidamente conseguimos. Precisamos mostrar ao atleta que é possível. Quando entra em campo, é como quando você acorda, abre a janela e o Sol aparece. Não podemos perder a convicção. Temos um jogo domingo e cada partida precisa ser encarada em decisão. Os números estão aí e precisamos transformá-los."
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