Foto: Lucas Uebel
O ano atípico de 2020 vem sendo marcado por situações antes inimagináveis no cotidiano e também no futebol. Ainda assim, talvez nem o mais desconfiado torcedor tricolor pudesse imaginar que o Grêmio chegaria a uma semifinal de Copa do Brasil tendo dúvidas sobre seu sistema defensivo mesmo que o técnico Renato Portaluppi possa contar com a dupla Geromel e Kannemann para o duelo com o São Paulo, na Arena, nesta quarta-feira (23).
É verdade que o Grêmio perdeu apenas um dos seus últimos 20 jogos. No entanto, o desempenhos recente não foi bom. A eliminação na Libertadores veio com a goleada de 4 a 1 para o Santos, que já havia sido superior na ida, na Arena, quando o Tricolor buscou o empate nos acréscimos. No final de semana, a equipe gremista empatou com o Sport, pelo Brasileirão sem ter atuado bem. Além disso, Kannemann foi expulso no começo do segundo tempo e mostrou que ainda não está no seu melhor nível.
— Não foi aquele Kannemann que a gente se acostumou a ver. O segundo amarelo que ele levou foi em uma jogada em que chegou atrasado, algo que quando está no auge não costuma acontecer. O Kannemann normalmente chega no tempo da bola, com força e costuma ganhar esse tipo de disputa — analisa Eduardo Moreno, que narrou o empate entre Sport e Grêmio pelo Canal Premiere.
Apesar disso, a tendência é de que o argentino seja confirmado ao lado de Geromel contra o São Paulo. Como David Braz teve um desconforto que o tirou até mesmo do banco na Ilha do Retiro, Renato deverá devolver o argentino ao time para um jogo decisivo após ele ter ficado no banco na eliminação para o Santos.
— Sem o David Braz 100%, mesmo que o Kannemann não esteja também, penso que ele deve ser titular pelo histórico, pela memória tática que tem da equipe e o entrosamento com o Geromel — completa Moreno.
A temporada de Kannemann tem sido marcada por problemas médicos. Em fevereiro, ele passou por uma cirurgia no pé esquerdo, que o tirou dos primeiros jogos da Libertadores. Quando a competição continental foi retomada, em setembro, o argentino ficou fora da partida contra a Universidad Católica, no Chile, por uma lesão muscular na coxa esquerda. Ele estreou no torneio sul-americano no Gre-Nal vencido pelo Grêmio, no Beira-Rio, mas voltou a ser desfalque na partida de volta com os chilenos por ter testado positivo para covid-19. A contaminação também o tirou da convocação da Argentina para o início das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022.
Recuperado, Kannemann se apresentou à Argentina para as partidas contra Paraguai e Peru, em novembro, e, mesmo sem ter atuado, retornou a Porto Alegre com um desconforto. Ele voltou a jogar após mais de um mês afastado dos gramados diante do Santos, na Arena, quando foi substituído no intervalo.
Zagueiro bicampeão gaúcho pelo Grêmio em 2006 e 2007, William ressalta que é normal um jogador sentir a falta de ritmo na volta de uma lesão. Ele acredita, porém, que o entrosamento com Geromel será um fator favorável a Kannemann contra o São Paulo — o argentino jogou ao lado de Rodrigues diante do Sport.
— Todo jogador necessidade de ritmo. Não tem forma de ganhar ritmo sem ser jogando. O tempo que eles jogam junto ajuda a atenuar essa falta de ritmo de jogo. Também é importante o sistema defensivo entender isso. Como um todo, o Grêmio precisa entender o que não funcionou nos últimos jogos e voltar a fazer o que vinha dando certo na sequência invicta — observa.
William entende que Renato poderá fazer ainda uma adaptação na proteção a Kannemann. Isso pode acontecer com um jogador mais marcador na lateral esquerda ou no meio-campo — Cortez e Lucas Silva seriam as opções — ou mesmo orientação para os atuais titulares, Diogo Barbosa e Darlan, avançarem menos.
— O Renato conhece como ninguém o que tem nas mãos. Você pode pegar um determinado jogador e dar uma responsabilidade para se comportar um pouco diferente. Esse elenco traz a experiência de ser vencedor, o do São Paulo precisa ser vencedor. O Grêmio precisa usar isso a favor nos momentos de pressão — ressalta.
Se o momento deixa dúvida, o histórico é totalmente favorável para a dupla Geromel e Kannemann. Contando as grandes competições —, Copa do Brasil, Libertadores, Mundial e Recopa Sul-Americana —, o Grêmio teve os dois juntos em 41 jogos de mata-mata desde 2016. O saldo é de 25 vitórias, oito empates e oito derrotas.
Grêmio com Geromel e Kannemann em mata-matas desde 2016
* Leva em conta Copa do Brasil, Libertadores, Mundial de Clubes e Recopa Sul-Americana
41 jogos
25 vitórias
8 empates
8 derrotas
Grêmio, Mata-Mata, Zagueiros, Geromel, Kannemann
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É verdade que o Grêmio perdeu apenas um dos seus últimos 20 jogos. No entanto, o desempenhos recente não foi bom. A eliminação na Libertadores veio com a goleada de 4 a 1 para o Santos, que já havia sido superior na ida, na Arena, quando o Tricolor buscou o empate nos acréscimos. No final de semana, a equipe gremista empatou com o Sport, pelo Brasileirão sem ter atuado bem. Além disso, Kannemann foi expulso no começo do segundo tempo e mostrou que ainda não está no seu melhor nível.
— Não foi aquele Kannemann que a gente se acostumou a ver. O segundo amarelo que ele levou foi em uma jogada em que chegou atrasado, algo que quando está no auge não costuma acontecer. O Kannemann normalmente chega no tempo da bola, com força e costuma ganhar esse tipo de disputa — analisa Eduardo Moreno, que narrou o empate entre Sport e Grêmio pelo Canal Premiere.
Apesar disso, a tendência é de que o argentino seja confirmado ao lado de Geromel contra o São Paulo. Como David Braz teve um desconforto que o tirou até mesmo do banco na Ilha do Retiro, Renato deverá devolver o argentino ao time para um jogo decisivo após ele ter ficado no banco na eliminação para o Santos.
— Sem o David Braz 100%, mesmo que o Kannemann não esteja também, penso que ele deve ser titular pelo histórico, pela memória tática que tem da equipe e o entrosamento com o Geromel — completa Moreno.
A temporada de Kannemann tem sido marcada por problemas médicos. Em fevereiro, ele passou por uma cirurgia no pé esquerdo, que o tirou dos primeiros jogos da Libertadores. Quando a competição continental foi retomada, em setembro, o argentino ficou fora da partida contra a Universidad Católica, no Chile, por uma lesão muscular na coxa esquerda. Ele estreou no torneio sul-americano no Gre-Nal vencido pelo Grêmio, no Beira-Rio, mas voltou a ser desfalque na partida de volta com os chilenos por ter testado positivo para covid-19. A contaminação também o tirou da convocação da Argentina para o início das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022.
Recuperado, Kannemann se apresentou à Argentina para as partidas contra Paraguai e Peru, em novembro, e, mesmo sem ter atuado, retornou a Porto Alegre com um desconforto. Ele voltou a jogar após mais de um mês afastado dos gramados diante do Santos, na Arena, quando foi substituído no intervalo.
Zagueiro bicampeão gaúcho pelo Grêmio em 2006 e 2007, William ressalta que é normal um jogador sentir a falta de ritmo na volta de uma lesão. Ele acredita, porém, que o entrosamento com Geromel será um fator favorável a Kannemann contra o São Paulo — o argentino jogou ao lado de Rodrigues diante do Sport.
— Todo jogador necessidade de ritmo. Não tem forma de ganhar ritmo sem ser jogando. O tempo que eles jogam junto ajuda a atenuar essa falta de ritmo de jogo. Também é importante o sistema defensivo entender isso. Como um todo, o Grêmio precisa entender o que não funcionou nos últimos jogos e voltar a fazer o que vinha dando certo na sequência invicta — observa.
William entende que Renato poderá fazer ainda uma adaptação na proteção a Kannemann. Isso pode acontecer com um jogador mais marcador na lateral esquerda ou no meio-campo — Cortez e Lucas Silva seriam as opções — ou mesmo orientação para os atuais titulares, Diogo Barbosa e Darlan, avançarem menos.
— O Renato conhece como ninguém o que tem nas mãos. Você pode pegar um determinado jogador e dar uma responsabilidade para se comportar um pouco diferente. Esse elenco traz a experiência de ser vencedor, o do São Paulo precisa ser vencedor. O Grêmio precisa usar isso a favor nos momentos de pressão — ressalta.
Se o momento deixa dúvida, o histórico é totalmente favorável para a dupla Geromel e Kannemann. Contando as grandes competições —, Copa do Brasil, Libertadores, Mundial e Recopa Sul-Americana —, o Grêmio teve os dois juntos em 41 jogos de mata-mata desde 2016. O saldo é de 25 vitórias, oito empates e oito derrotas.
Grêmio com Geromel e Kannemann em mata-matas desde 2016
* Leva em conta Copa do Brasil, Libertadores, Mundial de Clubes e Recopa Sul-Americana
41 jogos
25 vitórias
8 empates
8 derrotas
Grêmio, Mata-Mata, Zagueiros, Geromel, Kannemann
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