Marcelo Hermes e Everton serão titulares no domingo (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
Você se lembra de Gabriel Silva, Marcelo Hermes, Araújo e Everaldo? Alicerces dos primórdios do Grêmio na temporada haviam perdido espaço naturalmente com a recuperação de lesionados e contratação de reforços. Agora, diante da ideia de Felipão de poupar titulares pendurados, esses garotos voltam à tona e reeditam um Tricolor rejuvenescido. A prova está nos números. A média de idade é derrubada violentamente de um jogo para o outro.
Diante do Campinense, na última quarta-feira, pela Copa do Brasil, estava em campo praticamente o time ideal de Felipão, à exceção de Cristian Rodríguez. A média de idade da equipe que começou a partida foi de 27 anos, com Ramiro de mais jovem (21) e Douglas com o título de atleta mais velho (33).
Para enfrentar o São José, neste domingo, pelo Gauchão, a média cai para 21 anos, sete a menos. Lincoln será a peça mais jovem, com 16 anos, enquanto Erazo será o mais velho, com apenas 26. O equatoriano promete dar sustentação a essa garotada no duelo no Cristo Rei, pela última rodada da fase de grupos do estadual.
- Temos muitos garotos que estão procurando o seu espaço. Vou tentar ajudá-los, dar o respaldo - afirma o zagueiro, de volta ao time após passagem pela seleção do Equador.
Essa mudança drástica na média de idade é resultado de uma pequena mudança de rota na gestão do futebol. Os jovens começaram a temporada como protagonistas, e o resultado foi ruim. A equipe chegou a sair da zona de classificação e a ficar três jogos sem vencer nem marcar gols na Arena.
Num deles, revés de 1 a 0 para o Veranópolis, Felipão abandonou o reservado antes do apito final. Em repetidas oportunidades, clamou por reforços, avisando que os garotos não poderiam ser a solução, mas um complemento.
A ideia é dar a primeira experiência para estes jogadores e utilizá-los, de fato, a partir de 2016. Algo que já aconteceu com o Luan, Yuri Mamute, Ramiro e Everton, entre 2013 e 2014 - jovens que vêm sendo testados com mais frequência e protagonismo justamente pelo tempo maior de convívio entre os profissionais.
A presença dos jogadores mais experientes - 13 no total - deu suporte maior aos jogadores. A política de aposta na base, no entanto, segue firme em relação à quantidade de peças no elenco. Hoje, dos 33 jogadores, 20 foram criados no clube.
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