Foto: Jefferson Botega / Agência RBS
No primeiro Gre-Nal sem público da história, em meio ao combate do novo coronavírus, Caxias do Sul presenciou uma vitória tricolor. Um gol de Jean Pyerre, de falta, foi a diferença no 1 a 0 do Grêmio. O resultado subiu a sequência invicta gremista sobre o rival para oito jogos, a maior do século.
Para o Gauchão, cuja partida representou a retomada da quarta rodada do segundo turno, teve dois significados: a equipe de Renato Portaluppi manteve os 100% de aproveitamento, na liderança do Grupo B e tomou do Inter o primeiro lugar da classificação geral. Os colorados seguem no topo do Grupo A.
Em campo, as especulações dos dias anteriores foram confirmadas pelos treinadores. Eduardo Coudet manteve a formação que mandou a campo na última vez que teve titulares, justamente o Gre-Nal de 12 de março, pela Libertadores. Musto e Edenilson na faixa central, Boschilia pela esquerda, Marcos Guilherme pela direita.
A mudança, forçada, era a esperada: D'Alessandro no lugar de Thiago Galhardo, que não foi relacionado. Renato Portaluppi também não surpreendeu. Sem Lucas Silva, fora da viagem, voltou ao sistema 4-2-3-1, com a dupla Maicon e Matheus Henrique à frente da zaga, Jean Pyerre centralizado na linha de frente, Alisson pela direita e Everton pela esquerda.
Inter e Grêmio começaram com uma característica comum. Além do nervosismo natural que o Gre-Nal carrega, independentemente de campeonato, cidade e, pela primeira vez, público, os dois times sentiram os efeitos da parada de mais de quatro meses. Os primeiros minutos foram de erros de passes, algum desentrosamento e imperícia na hora de concluir.
Como na primeira oportunidade. Uma falha do Grêmio permitiu um contra-ataque ao Inter. Edenilson avançou pelo meio e serviu Guerrero. O peruano ajeitou, tentou abrir espaço, mas não conseguiu ângulo para concluir. Então tentou dar a bola para Moisés, que entrava sozinho pela esquerda. Mas o passe foi ruim, incomum para um centroavante de sua categoria.
No Grêmio, o caso também ocorreu com um jogador de alta qualidade. Everton recebeu um passe no estilo e na posição que o fizeram ir para a Seleção e se destacar na Copa América. Pelo lado esquerdo, em velocidade, ele driblou Marcos Guilherme e Saravia. Tinha espaço e tempo. Tentou cruzar para Diego Souza, mas não chegou nem perto do centroavante. Para efeito de comparação: em fevereiro, jogada semelhante resultou no gol da vitória do clássico do primeiro turno.
Na sequência, outras duas chances. Pelo Inter, uma jogada de D'Alessandro pela direita foi desviada por Kannemann impedindo que chegasse a Guerrero e tirando do alcance de Edenilson, a essa altura já sem goleiro. Pelo Grêmio, um lateral para a área foi rebatido por Moledo, mas em cima de Everton. A bola sobrou para Diego Souza, que bateu forte e Lomba espalmou. Mas tudo isso já não valia, por impedimento.
Aos 25, o Grêmio quase marcou. Diego Souza foi lançado nas costas da defesa do Inter, que reclamou de uma possível posição irregular. O atacante entrou pela esquerda, carregou para o meio, tentou driblar Marcelo Lomba, que conseguiu atrasar sua conclusão. A zaga impediu o chute. Na volta, Musto fez falta sobre Jean Pyerre, mas a cobrança foi por cima do travessão.
Seis minutos mais tarde, o lance capital do primeiro tempo. Era escanteio para o Grêmio, Daniel Nobre Bins estava bem próximo do lance e flagrou um agarrão de Musto sobre Kannemann. O árbitro assinalou pênalti. Imediatamente, foi cercado por jogadores dos dois times: os colorados reclamavam da marcação, os gremistas pediam a expulsão de Musto, que recém havia levado amarelo.
Quando o bolinho se dissipou, Everton foi o escolhido para cobrar. O Cebolinha bateu do lado direito de Lomba, que saltou para o lado certo e espalmou. Foi o segundo pênalti que o camisa 11 gremista errou em Gre-Nal (na decisão do Gauchão de 2019, havia chutado por cima). Foi, também, a segunda defesa de penalidade seguida do goleiro colorado em clássicos — nessa mesma final de 2019, André bateu e o goleiro pegou).
O lance deu mais ímpeto ao Grêmio, que passou a mandar não só nas jogadas mais agudas, como até então, mas também a ter mais volume e troca de passes. O Inter sentiu o golpe e tratou de administrar o 0 a 0 até o intervalo.
Os dois times voltaram do intervalo modificados, ambos nas primeiras funções do meio-campo. No Grêmio, Renato tirou Maicon e colocou Darlan. No Inter, Coudet sacou Musto e mandou a campo Lindoso. Se a intenção era tirar um atleta pendurado, ela durou 10 minutos, já que Lindoso levou o amarelo na primeira falta que cometeu.
O Gre-Nal voltou em ritmo mais lento nos primeiros minutos do segundo tempo. Chute, mesmo, só aos oito. Boschilia bateu uma falta da intermediária, a bola saiu cheia de efeito e obrigou Vanderlei a espalmar para fora.
Aos 15, outra oportunidade para o Inter. Um lançamento para Guerrero foi interceptado por Geromel, mas nos pés de Edenilson. O camisa 8 ajeitou de um lado para o outro e bateu, de fora da área. A bola passou próxima à trave gremista.
A resposta do Grêmio foi letal. Marcos Guilherme cometeu uma falta no bico da área, pelo lado direito do ataque tricolor. Aos 18 minutos, Jean Pyerre cobrou, a bola bateu na barreira e enganou Marcelo Lomba, que corria para o lado oposto: 1 a 0.
Ao mesmo tempo, Coudet havia promovido uma troca, D'Alessandro por Pottker. No Grêmio, logo após o gol, Renato substituiu Diego Souza por Pepê. Sem conseguir reagir, o Inter mexeu de novo: Patrick e Praxedes por Boschilia e Marcos Guilherme. Renato segurou o resultado com Luciano e Thaciano nas vagas de Jean Pyerre e Everton.
O Inter não teve mais forças para reagir, o Grêmio conseguiu administrar sua segunda vitória na temporada, em três jogos. E o Gre-Nal em meio à pandemia teve a diferença de Jean Pyerre.
Veja os melhores lances da vitória tricolor:
Grêmio, Resumo, Gauchão, Gre-Nal, Inter, Vitória, Imortal
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A mudança, forçada, era a esperada: D'Alessandro no lugar de Thiago Galhardo, que não foi relacionado. Renato Portaluppi também não surpreendeu. Sem Lucas Silva, fora da viagem, voltou ao sistema 4-2-3-1, com a dupla Maicon e Matheus Henrique à frente da zaga, Jean Pyerre centralizado na linha de frente, Alisson pela direita e Everton pela esquerda.
Inter e Grêmio começaram com uma característica comum. Além do nervosismo natural que o Gre-Nal carrega, independentemente de campeonato, cidade e, pela primeira vez, público, os dois times sentiram os efeitos da parada de mais de quatro meses. Os primeiros minutos foram de erros de passes, algum desentrosamento e imperícia na hora de concluir.
Como na primeira oportunidade. Uma falha do Grêmio permitiu um contra-ataque ao Inter. Edenilson avançou pelo meio e serviu Guerrero. O peruano ajeitou, tentou abrir espaço, mas não conseguiu ângulo para concluir. Então tentou dar a bola para Moisés, que entrava sozinho pela esquerda. Mas o passe foi ruim, incomum para um centroavante de sua categoria.
No Grêmio, o caso também ocorreu com um jogador de alta qualidade. Everton recebeu um passe no estilo e na posição que o fizeram ir para a Seleção e se destacar na Copa América. Pelo lado esquerdo, em velocidade, ele driblou Marcos Guilherme e Saravia. Tinha espaço e tempo. Tentou cruzar para Diego Souza, mas não chegou nem perto do centroavante. Para efeito de comparação: em fevereiro, jogada semelhante resultou no gol da vitória do clássico do primeiro turno.
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Aos 25, o Grêmio quase marcou. Diego Souza foi lançado nas costas da defesa do Inter, que reclamou de uma possível posição irregular. O atacante entrou pela esquerda, carregou para o meio, tentou driblar Marcelo Lomba, que conseguiu atrasar sua conclusão. A zaga impediu o chute. Na volta, Musto fez falta sobre Jean Pyerre, mas a cobrança foi por cima do travessão.
Seis minutos mais tarde, o lance capital do primeiro tempo. Era escanteio para o Grêmio, Daniel Nobre Bins estava bem próximo do lance e flagrou um agarrão de Musto sobre Kannemann. O árbitro assinalou pênalti. Imediatamente, foi cercado por jogadores dos dois times: os colorados reclamavam da marcação, os gremistas pediam a expulsão de Musto, que recém havia levado amarelo.
Quando o bolinho se dissipou, Everton foi o escolhido para cobrar. O Cebolinha bateu do lado direito de Lomba, que saltou para o lado certo e espalmou. Foi o segundo pênalti que o camisa 11 gremista errou em Gre-Nal (na decisão do Gauchão de 2019, havia chutado por cima). Foi, também, a segunda defesa de penalidade seguida do goleiro colorado em clássicos — nessa mesma final de 2019, André bateu e o goleiro pegou).
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Os dois times voltaram do intervalo modificados, ambos nas primeiras funções do meio-campo. No Grêmio, Renato tirou Maicon e colocou Darlan. No Inter, Coudet sacou Musto e mandou a campo Lindoso. Se a intenção era tirar um atleta pendurado, ela durou 10 minutos, já que Lindoso levou o amarelo na primeira falta que cometeu.
O Gre-Nal voltou em ritmo mais lento nos primeiros minutos do segundo tempo. Chute, mesmo, só aos oito. Boschilia bateu uma falta da intermediária, a bola saiu cheia de efeito e obrigou Vanderlei a espalmar para fora.
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Ao mesmo tempo, Coudet havia promovido uma troca, D'Alessandro por Pottker. No Grêmio, logo após o gol, Renato substituiu Diego Souza por Pepê. Sem conseguir reagir, o Inter mexeu de novo: Patrick e Praxedes por Boschilia e Marcos Guilherme. Renato segurou o resultado com Luciano e Thaciano nas vagas de Jean Pyerre e Everton.
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