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Em entrevista, Vanderlei abre o jogo sobre reserva no Santos, relação com Paulo Victor e atuação no Gre-Nal; confira

Reforço para 2020, goleiro foi destaque no clássico após início oscilante e vive expectativa de disputar a primeira final neste sábado


Fonte: Globoesporte.com

Em entrevista, Vanderlei abre o jogo sobre reserva no Santos, relação com Paulo Victor e atuação no Gre-Nal; confira
Ir bem em clássicos Gre-Nais é uma boa maneira de se tornar ídolo nos clubes do Rio Grande de Sul. Vanderlei sabe disso. Depois de um início oscilante, o goleiro foi um dos destaques do Grêmio na vitória sobre o rival no último sábado, no Beira-Rio. Agora, vive a expectativa de conquistar seu primeiro título pelo Grêmio contra o Caxias, na final do primeiro turno do Gauchão.



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Aos 35 anos e com novo visual – careca –, o goleiro experimenta uma espécie de recomeço na carreira, após um período de ostracismo no Santos. O passado no ex-clube, as rusgas com Sampaoli, a relação com o antigo titular Paulo Victor e a boa atuação no clássico foram alguns dos assuntos da entrevista exclusiva do goleiro à RBS TV e ao GloboEsporte.com.

Confira trechos abaixo:

GloboEsporte.com: Como foi participar do primeiro Gre-Nal? Você acha que ir bem nos clássicos te colocam no caminho para construir uma imagem de ídolo?

Vanderlei: Lógico que a gente sempre quer se tornar ídolo. É importante para a carreira. Ainda mais eu que fiquei muito tempo nos clubes. Não fui de rodar muito. Espero permanecer muito tempo aqui. Claro que o caminho ainda é árduo. É importante começar bem no clássico, vencer, é importante individualmente. Não só no meu caso, mas fizemos um grande Gre-Nal. Merecíamos a vitória. Vínhamos de alguns tropeços e oscilações, mas na hora que precisou para o clássico, todos fizeram um grande trabalho.

Separamos aqui as duas defesas que você fez no Gre-Nal. Uma evitando o gol do Edenilson e depois na cabeçada do Guerrero. Qual o grau de dificuldade dessas defesas?

Na realidade toda defesa para o goleiro é difícil. Independente do grau de dificuldade. Tinha um treinador que me falava para respeitar a bola fácil. A defesa fácil é a que te complica. E as duas foram num raio próximo de ação. A do Edenilson por baixo numa bola rápida. E a do Guerrero uma cabeçada, eu tava voltando para o outro lado, tive o reflexo, prensei ela na trave. Fiz a defesa que nos ajudou a não tomar o gol e ir para essa final de campeonato.

O detalhe das defesas: você vibra como um gol. A defesa é com um gol para o goleiro?

Com certeza. Principalmente essa (cabeçada do Guerrero) que foi no final do jogo praticamente o lance. Se tomasse um gol iria para os pênaltis. Mas foi importante essa defesa. Nos deu tranquilidade para ir para a final que é tão importante, contra o Caxias.

Você jogou no Santos com David Braz e Victor Ferraz e encontrou eles aqui no Grêmio. Facilita o entrosamento?

São amigos. É importante. O Ferraz é o terceiro clube que jogamos juntos, tínhamos jogado no Coritiba e no Santos, e o Braz só no Santos. Agora estamos no Grêmio. São meus amigos pessoais, as nossas famílias se dão bem. Ajuda no dia a dia. A resenha flui mais fácil. Fora que o ambiente aqui é muito bom. Fui bem recebido, não só pelos jogadores como funcionários, comissão técnica, diretoria. O entrosamento é fácil e bem tranquilo.

Fazia tempo que o Grêmio não tinha um goleiro titular alto, com mais de 1,90m de altura. Marcelo Grohe e Paulo Victor não eram tão altos, por exemplo. Altura é importante para o goleiro?

É difícil falar. Cada um tem suas características. Não tem muito a ver. É mais a qualidade do goleiro. Dos que tu falou, eles tinham outras características absurdas, conquistaram títulos e foram muito importantes para o Grêmio. Não depende da altura, depende da qualidade dentro de campo. Fico feliz em ajudar o Grêmio, independente da minha altura.

Quando jogador é alto vai para o gol, vira centroavante ou vai para a zaga. Você jogou em alguma outra posição antes de virar goleiro?

Todo jogador começa em outra posição. Ainda mais goleiro. Eu gostava muito do ataque. Mas eu falo sempre que é o dom. Para a gente ali, quando queremos ser goleiros, não tem para onde correr. Vamos tentar jogar em outra posição e vamos voltar. Uma posição que sempre gostei e me identifiquei muito. Espero terminar assim, muito bem.

Em 2017 você foi o melhor goleiro do Brasileirão pelo Santos. Em 2018 você entrou para a história do Santos como o goleiro com mais jogos sem levar gol, totalizando 746 minutos e oito jogos. Essas marcas são importantes?

É importante. A gente sabe que os mais importantes são os títulos coletivos, mas os individuais marcam bastante a nossa história, nosso trabalho, significa que o trabalho vem sendo bem feito. Fui muito feliz no Santos, foram cinco temporadas, pude conquistar muita coisa, deixar meu nome na história. Agora sigo outro caminho no Grêmio. Espero marcar minha história aqui também, com títulos, bons números, prêmios individuais. Mas é como eu falei, o mais importante são os títulos coletivos.

Mas em 2019 chegou o Sampaoli e você foi para a reserva. Como foi essa situação?

É sempre complicado porque você tem uma história e uma sequência de jogos. Mas futebol tem dessas. Não temos muito o que fazer. Às vezes não concordamos, mas temos que respeitar. O trabalho continua. Quando a gente assina um contrato não quer dizer que a gente vai ser reserva ou titular. Espero sempre ajudar. Foi o que procurei fazer, independente de jogar ou não, sempre treinar no meu melhor, ajudando o Éverson. A vida segue. Foi um ano de aprendizado, um ano difícil, mas mais uma experiência. É passado. É deixar o Sampaoli seguir a vida dele e eu seguir a minha. Estou feliz aqui no Grêmio. Quero procurar fazer a minha história aqui.

O Sampaoli disse que você tinha dificuldade de sair jogando com os pés. Foi isso?

Cara, é complicado falar. Nem foi tanto isso, foi mais uma desculpa que ele (Sampaoli) deu na época. Em números, se você pegar, não tem nada a ver a história. Foi opção pessoal. Eu nem gosto muito de ficar falando desse assunto, é até difícil falar de um treinador que já saiu. Tudo o que tinha que falar, eu falei para ele. Procuro enterrar isso. Respeitei naquele momento. Só não concordei, mas respeitei. A vida é assim. Vão chegar treinadores com outras opiniões e preferências.

No sábado você tem a chance de conquistar o primeiro título pelo Grêmio. Imaginava ter a chance de levantar uma taça tão cedo?

A expectativa é muito boa. Pouco tempo e já disputar uma final importante. Sabemos como é difícil. Passamos pelo Inter, agora tem o Caxias, que não chegou à toa na final. Até porque venceram a gente na estreia e mostraram suas qualidades. A preparação tem sido a melhor. Renato tem conversado com a gente, os erros que precisamos corrigir, os pontos fortes e fracos do Caxias. A preparação vai ser a melhor, temos tudo para fazer uma grande partida, respeitando a equipe do Caxias, mas em busca do nosso objetivo que é o título.

Goleiro só joga um, uma posição meio ingrata. Como é tua relação com o Paulo Victor, que foi o titular até a tua chegada?

Relação muito boa. O Júlio (Cesar) também, Phelipe, todos me receberam muito bem. Isso tudo é normal no futebol. Todo grande clube contrata e busca grandes jogadores. A briga é sadia. Isso eleva a qualidade de cada um. Fico feliz de estar em um ambiente tão bom e um grande clube. Todos goleiros tem uma qualidade muito grande, o próprio Mauri, treinador, tem nos ajudado muito.



Na última final do Gauchão, o Paulo Victor saiu como herói na decisão de pênaltis. Acha que isso pode se repetir na decisão? Vocês se preparam para isso?

Lógico que todo goleiro passa por isso, hoje em dia temos muitas decisões. Estamos sempre que estar preparados, como falei para o jogo do Inter. Não só eu, mas todos atletas. Pode acontecer no jogo do Caxias, mas estamos preparados, temos trabalhado isso. Temos essa experiência, como o próprio Paulo se destacou ano passado. Significa que o trabalho está sendo bem feito. Espero, se precisar, ajudar o Grêmio da melhor maneira.


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