André Ávila / Agencia RBS
A vantagem de 2 a 0 construída na Arena foi boa, mas a palavra de ordem para o Grêmio não ser surpreendido pelo Athletico-PR na noite desta quarta-feira (4) é concentração. Ex-jogadores do Tricolor são unânimes ao dizer que o time é favorito para passar pelos paranaenses, mas ressaltam a importância de a equipe comandada por Renato Portaluppi manter o estilo de jogo e o foco na vitória para não cometer erros do passado.
Um duelo que ficou marcado na história do futebol brasileiro como uma "quase virada" ocorreu na Libertadores de 1995. Depois de uma goleada por 5 a 0 no Olímpico, pelas quartas de final, ninguém imaginava que o Grêmio poderia sofrer para eliminar o Palmeiras. Mas sofreu. Jardel abriu o placar para o Tricolor, mas o Verdão fez com Cafu, duas vezes, Amaral, Paulo Isidoro e Mancuso. E, assim, quase reverteu a desvantagem da primeira partida.
— O que ocorreu naquele jogo dificilmente se repetirá. Tudo que deu certo para nós no Olímpico estava dando para eles no Parque Antártica. Mas, como disse o Zé Alberto Andrade (repórter da Rádio Gaúcha) na transmissão, era tão impossível reverter aquele resultado que eles não conseguiram — lembra o ex-volante André Vieira, que esteve em campo naquela oportunidade.
Para que não ocorra algo parecido, Vieira salienta que é importante o Grêmio fazer seu jogo de posse de bola e, de preferência, o mais longe possível do setor defensivo.
— O time precisa manter seu estilo. Tem de segurar a bola no ataque. E tem jogadores que fazem muito bem isso — acrescenta.
No ano passado, faltou atenção para o Grêmio que foi eliminado pelo River Plate na semifinal da Libertadores. Depois de vencer por 1 a 0 no Monumental de Núñez, no jogo de ida, o time de Renato precisava apenas de um empate em casa para se classificar. Até abriu o placar com Leonardo Gomes no primeiro tempo, mas quando todos achavam que a classificação estava assegurada, os argentinos marcaram com Rafael Borré, aos 37 da etapa final, e com Pity Martínez, de pênalti, nos acréscimos.
— Experiências como essa servem de lição, mostram que o jogo só acaba quando o árbitro apita o fim da partida. O futebol é imprevisível, não tem nada decidido. Por isso, é importante manter a seriedade sempre — alerta o ex-jogador Gilberto Silva, campeão do Mundo com a Seleção em 2002 e com passagem pelo Grêmio nos anos de 2011 e 2012.
No próprio Tricolor, Gilberto Silva viveu uma eliminação emblemática, quando a equipe também tinha a vantagem construída na partida de ida. Nas quartas de final da Sul-Americana de 2012, o time então comandado por Vanderlei Luxemburgo fez 1 a 0 no Millonarios no Estádio Olímpico. Poderia até mesmo perder por um gol de diferença caso fizesse um na Colômbia. De novo, o Grêmio abriu o placar. Mas acabou levando três — dois deles nos minutos finais do segundo tempo — e foi eliminado do torneio.
— Foi muito dolorido, porque tínhamos tudo para avançar e sabíamos do esforço que tínhamos feito. Para evitar isso, o Grêmio precisa ter atenção do primeiro ao último minuto do jogo — afirma o ex-atleta.
Outra desclassificação dolorida para os gremistas ocorreu em 1996, nas semifinais da Libertadores. O Tricolor, atual campeão da América e embalado rumo ao tri, venceu o primeiro jogo contra o América de Cáli por 1 a 0, no Olímpico. Na volta, mais uma vez saiu na frente, com gol de Jardel. Estava tudo encaminhado para o time de Felipão chegar a mais uma decisão continental, mas não foi esse o desfecho daquele duelo. Com dois gols de Bermudez e um de Escobar, os colombianos avançaram para enfrentar o River Plate na final — e terminar com o vice-campeonato.
— No momento do segundo gol deles, eu estava sendo atendido fora de campo. Eles tiveram uma bola parada e jogaram para a área. Nessas horas, um jogador de defesa a menos faz diferença. Esse é o tipo de cuidado que o time precisa tomar para não se complicar — destaca o ex-zagueiro Luciano Dias, titular naquele jogo.
Pelo lado rival, o técnico Fabiano Soares, que comandou o Athletico-PR em 2017, salienta o cuidado que o Grêmio precisa ter nos minutos iniciais de partida. Segundo ele, a equipe paranaense se utiliza do gramado sintético da Arena da Baixada para fazer o famoso "abafa" nos adversários.
— O Grêmio precisa cadenciar o início da partida. O Athletico, jogando em casa, sabendo que os adversários não estão adaptados (ao gramado sintético), faz pressão muito forte nos primeiros 15 minutos. Então, acho que o Grêmio precisa fazer um jogo mais lento no início para tentar se adaptar — orienta.
Essa concentração será necessária para que o time não sofra como esses de 1995, 1996 e 2012, parece estar incutida na cabeça dos jogadores. Na chegada a Curitiba, Cortez ressaltou que a equipe estará atenta a todos os detalhes do jogo:
— A gente tem que estar preparado para tudo, porque é um jogo decisivo. Nessas partidas, os pequenos detalhes fazem a diferença e temos de entrar muito focados.
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Um duelo que ficou marcado na história do futebol brasileiro como uma "quase virada" ocorreu na Libertadores de 1995. Depois de uma goleada por 5 a 0 no Olímpico, pelas quartas de final, ninguém imaginava que o Grêmio poderia sofrer para eliminar o Palmeiras. Mas sofreu. Jardel abriu o placar para o Tricolor, mas o Verdão fez com Cafu, duas vezes, Amaral, Paulo Isidoro e Mancuso. E, assim, quase reverteu a desvantagem da primeira partida.
— O que ocorreu naquele jogo dificilmente se repetirá. Tudo que deu certo para nós no Olímpico estava dando para eles no Parque Antártica. Mas, como disse o Zé Alberto Andrade (repórter da Rádio Gaúcha) na transmissão, era tão impossível reverter aquele resultado que eles não conseguiram — lembra o ex-volante André Vieira, que esteve em campo naquela oportunidade.
Para que não ocorra algo parecido, Vieira salienta que é importante o Grêmio fazer seu jogo de posse de bola e, de preferência, o mais longe possível do setor defensivo.
— O time precisa manter seu estilo. Tem de segurar a bola no ataque. E tem jogadores que fazem muito bem isso — acrescenta.
No ano passado, faltou atenção para o Grêmio que foi eliminado pelo River Plate na semifinal da Libertadores. Depois de vencer por 1 a 0 no Monumental de Núñez, no jogo de ida, o time de Renato precisava apenas de um empate em casa para se classificar. Até abriu o placar com Leonardo Gomes no primeiro tempo, mas quando todos achavam que a classificação estava assegurada, os argentinos marcaram com Rafael Borré, aos 37 da etapa final, e com Pity Martínez, de pênalti, nos acréscimos.
— Experiências como essa servem de lição, mostram que o jogo só acaba quando o árbitro apita o fim da partida. O futebol é imprevisível, não tem nada decidido. Por isso, é importante manter a seriedade sempre — alerta o ex-jogador Gilberto Silva, campeão do Mundo com a Seleção em 2002 e com passagem pelo Grêmio nos anos de 2011 e 2012.
No próprio Tricolor, Gilberto Silva viveu uma eliminação emblemática, quando a equipe também tinha a vantagem construída na partida de ida. Nas quartas de final da Sul-Americana de 2012, o time então comandado por Vanderlei Luxemburgo fez 1 a 0 no Millonarios no Estádio Olímpico. Poderia até mesmo perder por um gol de diferença caso fizesse um na Colômbia. De novo, o Grêmio abriu o placar. Mas acabou levando três — dois deles nos minutos finais do segundo tempo — e foi eliminado do torneio.
— Foi muito dolorido, porque tínhamos tudo para avançar e sabíamos do esforço que tínhamos feito. Para evitar isso, o Grêmio precisa ter atenção do primeiro ao último minuto do jogo — afirma o ex-atleta.
Outra desclassificação dolorida para os gremistas ocorreu em 1996, nas semifinais da Libertadores. O Tricolor, atual campeão da América e embalado rumo ao tri, venceu o primeiro jogo contra o América de Cáli por 1 a 0, no Olímpico. Na volta, mais uma vez saiu na frente, com gol de Jardel. Estava tudo encaminhado para o time de Felipão chegar a mais uma decisão continental, mas não foi esse o desfecho daquele duelo. Com dois gols de Bermudez e um de Escobar, os colombianos avançaram para enfrentar o River Plate na final — e terminar com o vice-campeonato.
— No momento do segundo gol deles, eu estava sendo atendido fora de campo. Eles tiveram uma bola parada e jogaram para a área. Nessas horas, um jogador de defesa a menos faz diferença. Esse é o tipo de cuidado que o time precisa tomar para não se complicar — destaca o ex-zagueiro Luciano Dias, titular naquele jogo.
Pelo lado rival, o técnico Fabiano Soares, que comandou o Athletico-PR em 2017, salienta o cuidado que o Grêmio precisa ter nos minutos iniciais de partida. Segundo ele, a equipe paranaense se utiliza do gramado sintético da Arena da Baixada para fazer o famoso "abafa" nos adversários.
— O Grêmio precisa cadenciar o início da partida. O Athletico, jogando em casa, sabendo que os adversários não estão adaptados (ao gramado sintético), faz pressão muito forte nos primeiros 15 minutos. Então, acho que o Grêmio precisa fazer um jogo mais lento no início para tentar se adaptar — orienta.
Essa concentração será necessária para que o time não sofra como esses de 1995, 1996 e 2012, parece estar incutida na cabeça dos jogadores. Na chegada a Curitiba, Cortez ressaltou que a equipe estará atenta a todos os detalhes do jogo:
— A gente tem que estar preparado para tudo, porque é um jogo decisivo. Nessas partidas, os pequenos detalhes fazem a diferença e temos de entrar muito focados.
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Comentários
Comentários (2)
Só nao pode entrar no oba oba, jogar serio até o ultimo minuto
O time do grêmio é infinitamente muito melhor que o time do atlético pr, vamos grêmioooo, hoje vai ser mais um 2x0 para meu tricolor dale grêmioooo
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