Depoimento de doleiro não deve alterar tratativas entre Grêmio e OAS

Doleiro apontou escritório ao lado da Arena como local de pagamento de propina | Foto: Ricardo Giusti / CP Memória

Em quase nada deve ser afetada a tratativa entre Grêmio e OAS após a menção do doleiro Alberto Youssef a um escritório ao lado da Arena, enquanto ela era construída, como local de pagamentos de propina, divulgado na sexta-feira, em mais um desdobramento da Operação Lava-Jato.

A negociação avançou desde o fim do ano, quando ela estava paralisada. Uma previsão otimista é que tudo possa se resolver até meados de abril. O grande temor do clube é que a empreiteira entre com pedido de recuperação judicial, o que acarretaria em um inevitável prolongamento do assunto.

Podemos ter um acerto em breve, entre 30 e 60 dias”, diz um dirigente. Por enquanto, o envolvimento da OAS na investigação da Polícia Federal é tida como benéfica para o Tricolor. A OAS, porém, entrou em uma grave crise financeira. Se entrar com o pedido de recuperação judicial, processo para que uma empresa ganhe fôlego para pagar suas dívidas, paralisaria toda a negociação para a cessão da gestão da Arena ao Grêmio em definitivo. “Aí qualquer acordo teria que passar por uma autorização judicial”, acrescenta.Mesmo assim, o estádio continuaria com apenas um comprador em potencial, o que apenas poderia acarretar é em uma demora a mais para o acordo ser firmado.

A consequência da Operação Lava-Jato foi trazer novos itens a serem debatidos entre o clube e a empreiteira. Os empreendimentos no Humaitá são um exemplo. A Arena seria beneficiada com o estacionamento de um shopping que será erguido ao seu lado. Não há mais certeza se a OAS terá condições financeira de arcar com essa obra, mas já foi encontrada uma solução, que é mantida em sigilo.

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