Grêmio , Seleção Feminina e Seleção Masculina - Eliéser Affonso Lucena

Grêmio X Fortaleza

Pode não ter sido um jogo brilhante, como a torcida do Grêmio sempre espera do time do Renato. Mas, ufa, enfim vencemos outra e saímos da zona maldita!



E quase que não deu. A cosia já se encaminhava para mais um enfadonho 0 a 0 quando em um lance de lucidez, Jean Pyerre rolou uma bola milimétrica para Pepê, que tinha entrado no lugar de um Vizeu visivelmente contrariado, dar um tapa na bola, ela desviar na defesa e entrar. Um lance, um único lance foi a solução de um jogo onde não poderíamos perder pontos, nos tirando do Z4 sem a possibilidade de retorno nesta rodada, além da simbólica centésima vitória de Renato como técnico tricolor.

O Fortaleza ainda reclama da expulsão de Charles Hembert, auxiliar francês de Rogério Ceni e do atacante Osvaldo, além de um pênalti não assinalado para o clube cearense, alegando que para a arbitragem.



Nosso técnico ainda disse, em tom de brincadeira, que o próprio Grêmio acostumou o torcedor às vitórias e aos títulos. Mas não era para ser assim? Mas falando um pouco mais sério, Renato disse que o mais importante é o resultado, em detrimento do desempenho. Concordo com ele já que deixar uma reação para o segundo turno é algo bastante temeroso.

Agora, já na próxima rodada temos o Botafogo, lá no Rio, pela frente. Time que vem fazendo boa campanha com jogos ruins, mas regulares, vencendo no sufoco, mas vencendo e está próximo dos líderes. Vencer é passar o período da Copa América um pouco mais tranquilo, podendo reconstruir a equipe, esvaziar o departamento Médico e recomeçarmos no brasileirão.



Seleção feminina

É de tirar o chapéu as façanhas que as nossas jogadoras conseguem há alguns anos. Sem apoio, sem os milhões do masculino e contra o preconceito, ainda conseguem apresentar um futebol de qualidade ao ponto de chegarmos a um mundial. Ganhar da Jamaica é irrelevante diante do desafio enorme que há pela frente que é manter o futebol feminino funcionando. Já foi pior.

Os canais de TV parecem ter acordado para um nicho de mercado promissor, dando um pouco de esperança para uma categoria de atletas que sempre desempenhou seu papel por amor ao esporte. Oremos para que depois da Copa do Mundo, as nossas meninas possam ter as mesmas condições de trabalho que os rapazes, através de um campeonato nacional forte e o aquecimento de um mercado que não lembra apenas da Marta, da Formiga ou da Cristiane.



Seleção masculina

Metemos 7 a 0 na toda poderosa Honduras. Na verdade, um treino com maior requinte, como já havia acontecido em Brasília, já que o time adversário veio para se defender, coisa que não foi tão competente assim.

Tite perdeu a oportunidade de lançar e testar em uma competição jogadores mais novos e com vontade de brilhar na seleção como o Vinícius Júnior, assim como o fez com Gabriel Jesus, lá atrás.

Diferentemente da seleção feminina, os caras tem sim a obrigação do show já que ganham milhões, inclusive para jogarem na seleção.

Vamos aguardar que o time seja ao menos lúcido em campo contra adversários de maior porte e poder de fogo. Que nosso time seja capaz de encarar times melhores que Catar e Honduras e tenhamos mais um geração vencedora.

Eliéser Affonso Lucena

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