Atacante que chegou a estar fora dos planos vira 'herdeiro' de Barcos
O Grêmio vai se despedir de Barcos nesta terça-feira (03) e não buscará reposição. Com o artilheiro do clube nas últimas duas temporadas indo para a China, as apostas ofensivas no time treinado por Felipão irão recair em Marcelo Moreno.
O boliviano que chegou a ser moeda de troca ganha espaço e força dentro do elenco, mesmo que tenha contrato somente até dezembro. A sombra dele será Lucas Coelho, forjado na base e que antes era reserva do reserva. A postura está intimamente ligada ao plano de redução de gastos.
Sem Barcos, o Grêmio alivia em R$ 700 mil a sua folha salarial e ganha pequeno lucro – após pagamento de dívida junto ao jogador e repasse de 15% ao Palmeiras. Mas mesmo assim não se vê em condições de bancar a chegada de outro atacante.
Com situação financeira combalida, a alternativa de Luiz Felipe Scolari será jogar todas as fichas em Moreno. A comparação, na teoria, não deixa o boliviano tão atrás do pirata. No ano passado, pelo Cruzeiro, a nova esperança absoluta do tricolor marcou 24 gols. Cinco a menos que o mais novo reforço do Changchun Yatai, da China.
"Se o Barcos sair, acreditamos que o Grêmio já tem a reposição dentro dele mesmo. Temos os dois maiores artilheiros do Brasil e até por isto podemos pensar em abrir mão do Barcos", disse o diretor executivo de futebol do Grêmio, Rui Costa.
O adeus de Barcos, contudo, tem um lado positivo: o enfraquecimento do uso de dois centroavantes lado a lado. Após não encontrar interessados em Moreno durante o recesso, o Grêmio não só abraçou o centroavante campeão com o Cruzeiro como via nele um ótimo parceiro para o argentino. Mas na prática, a dupla não decolou nos testes feitos até aqui.
A política de austeridade do Grêmio fez o time perder personagens importantes das últimas temporadas. Zé Roberto foi liberado sem tentativa alguma de renovação de contrato, Alán Ruiz voltou ao San Lorenzo-ARG após o empréstimo e Dudu também disse tchau.
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