Igor Zveibrucker confere o Grêmio contra o Cruzeiro do conforto do seu camarote
Foto: Anderson Fetter / Agência RBS
Em cima da hora, os ocupantes das áreas Vips chegam apressados e procuram seus camarotes pelos corredores de lajotas claras e ladrilhos azuis que circundam todo o nível 3 da Arena. São quase 22h, Grêmio e Cruzeiro já vai começar e é jogo de 43 mil torcedores na hora decisiva do Brasileirão. Mas apenas 1,7 mil transitam na área destinada a poucos. As recepcionistas, que mais parecem modelos, aguardam visitantes à saída dos elevadores e os garçons correm de um lado a outro para entregar os pedidos antes do início do jogo.
Alguns dos convivas do empresário Igor Zveibrucker, 34 anos, se acomodam nas poltronas que dão para o interior do estádio, e outros beliscam algo no hall de 30 metros quadrados do camarote onde estão os sofás, as TVs de LCD e o balcão com os panelões de comida. Igor é diretor geral do grupo ALP, de transporte de produtos químicos da Grande Porto Alegre. Está em companhia de alguns dos seus funcionários e gente de outras empresas que se relacionam com a ALP. Há crianças pelo hall, e a visão do campo de jogo é panorâmica, do ponto logo acima da Geral.
Igor assiste ao jogo de pé, vê o lance ao vivo e confere o repeteco na TV e conversa com clientes, familiares e dá socos no ar quando Riveros faz 1 a 0.
— Eu vejo o Grêmio e faço investimento convidando clientes. Gasto cerca de R$ 150 mil por ano. Você acha muito? — diz o empresário referindo-se à locação anual do camarote de 24 poltronas.
Igor paga mais. A cada jogo, ele desembolsa R$ 700 para comprar o principal pacote de refeição fornecido por uma terceirizada. Seu combo é o mais variado e mais caro. Às 20h30min começam a servir pipocas e bebidas. Meia hora depois chegam 25 croissants e 24 cachorros quentes, e na hora do jogo há reforço de pipocas. Com meia hora de jogo, servem o risoto e entregam outra porção de croissants e cachorros quentes.
A garçonete é exclusiva no camarote do Igor, outro mimo do combo mais caro. Katiele Mattos, 20 anos, faz Educação Física na Ulbra e trabalha em eventos. Ela repõe os mantimentos que ficam estocados nas cozinhas do anel vip. Com o jogo em andamento, só os garçons transitam pelos corredores onde se ouve os "uuuuu" abafados da torcida.
Pipoca, saudades do Olímpico e a falta de álcool
Ex-campeão do mundo pelo Grêmio e hoje grande empresário do futebol, Jorge Baidek utiliza seu camarote como sala de serviço e relações públicas.
— A casa é acolhedora — diz ele, que desce do elevador acompanhado de um séquito de jogadores e gente ligada à atividade.
Baidek recorre às pipocas dos garçons dos corredores. Não há opções porque não há exaustor na cozinha, recende pipoca estourada nos fornos.
— O ideal é o camarote encomendar o combo até quatro horas antes dos jogos, só assim a gente pode oferecer pratos quentes — conta Rogério Luce, dono da Basilic, empresa que fornece gastronomia na Arena.
Mas a maioria dos vips gasta apenas o mínimo e vive de pipoca, água mineral e refrigerante. Catam o garçom que passa pelo corredor e não veem graça nas refeições oferecidas.
— Nos camarotes do Olímpico era melhor, havia pastéis, filezinhos, frios e frigobar — reclama Álvaro Piccoli, funcionário que respondia pelo camarote da família Grendene.
Se perguntarem o que falta nos camarotes, para muitos a resposta será "trago". Não basta a poltrona de cinema e o hall com sofás, bufês e TV, é preciso mais.
— Já não se pode fumar, agora proibiram o vinho. Assim não dá — discursa o empresário Celso Martins.
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Foto: Anderson Fetter / Agência RBS
Em cima da hora, os ocupantes das áreas Vips chegam apressados e procuram seus camarotes pelos corredores de lajotas claras e ladrilhos azuis que circundam todo o nível 3 da Arena. São quase 22h, Grêmio e Cruzeiro já vai começar e é jogo de 43 mil torcedores na hora decisiva do Brasileirão. Mas apenas 1,7 mil transitam na área destinada a poucos. As recepcionistas, que mais parecem modelos, aguardam visitantes à saída dos elevadores e os garçons correm de um lado a outro para entregar os pedidos antes do início do jogo.
Alguns dos convivas do empresário Igor Zveibrucker, 34 anos, se acomodam nas poltronas que dão para o interior do estádio, e outros beliscam algo no hall de 30 metros quadrados do camarote onde estão os sofás, as TVs de LCD e o balcão com os panelões de comida. Igor é diretor geral do grupo ALP, de transporte de produtos químicos da Grande Porto Alegre. Está em companhia de alguns dos seus funcionários e gente de outras empresas que se relacionam com a ALP. Há crianças pelo hall, e a visão do campo de jogo é panorâmica, do ponto logo acima da Geral.
Igor assiste ao jogo de pé, vê o lance ao vivo e confere o repeteco na TV e conversa com clientes, familiares e dá socos no ar quando Riveros faz 1 a 0.
— Eu vejo o Grêmio e faço investimento convidando clientes. Gasto cerca de R$ 150 mil por ano. Você acha muito? — diz o empresário referindo-se à locação anual do camarote de 24 poltronas.
Igor paga mais. A cada jogo, ele desembolsa R$ 700 para comprar o principal pacote de refeição fornecido por uma terceirizada. Seu combo é o mais variado e mais caro. Às 20h30min começam a servir pipocas e bebidas. Meia hora depois chegam 25 croissants e 24 cachorros quentes, e na hora do jogo há reforço de pipocas. Com meia hora de jogo, servem o risoto e entregam outra porção de croissants e cachorros quentes.
A garçonete é exclusiva no camarote do Igor, outro mimo do combo mais caro. Katiele Mattos, 20 anos, faz Educação Física na Ulbra e trabalha em eventos. Ela repõe os mantimentos que ficam estocados nas cozinhas do anel vip. Com o jogo em andamento, só os garçons transitam pelos corredores onde se ouve os "uuuuu" abafados da torcida.
Pipoca, saudades do Olímpico e a falta de álcool
Ex-campeão do mundo pelo Grêmio e hoje grande empresário do futebol, Jorge Baidek utiliza seu camarote como sala de serviço e relações públicas.
— A casa é acolhedora — diz ele, que desce do elevador acompanhado de um séquito de jogadores e gente ligada à atividade.
Baidek recorre às pipocas dos garçons dos corredores. Não há opções porque não há exaustor na cozinha, recende pipoca estourada nos fornos.
— O ideal é o camarote encomendar o combo até quatro horas antes dos jogos, só assim a gente pode oferecer pratos quentes — conta Rogério Luce, dono da Basilic, empresa que fornece gastronomia na Arena.
Mas a maioria dos vips gasta apenas o mínimo e vive de pipoca, água mineral e refrigerante. Catam o garçom que passa pelo corredor e não veem graça nas refeições oferecidas.
— Nos camarotes do Olímpico era melhor, havia pastéis, filezinhos, frios e frigobar — reclama Álvaro Piccoli, funcionário que respondia pelo camarote da família Grendene.
Se perguntarem o que falta nos camarotes, para muitos a resposta será "trago". Não basta a poltrona de cinema e o hall com sofás, bufês e TV, é preciso mais.
— Já não se pode fumar, agora proibiram o vinho. Assim não dá — discursa o empresário Celso Martins.
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