Michel é nova opção para o meio-campo do Grêmio

Os quatro gols sofridos nas duas últimas partidas do Grêmio no Campeonato Brasileiro ligaram o sinal de alerta. Diante do River Plate, terça-feira, na Argentina, no jogo de ida da semifinal da Libertadores, os erros podem ser fatais. A escalação de Cícero e Maicon nas primeiras funções do meio-campo mostraram uma equipe mais vulnerável. Renato Portaluppi deve retornar ao esquema com mais um volante de marcação, a exemplo do que fez nos jogos diante do Atlético Tucumán, quando Ramiro atuou ao lado de Maicon e Cícero teve mais liberdade para criar.

E o treinador está ganhando mais uma opção. Michel finalmente livrou-se das lesões que o atormentaram ao longo da temporada e passa a ser uma alternativa para o meio-campo. “Confesso que é difícil retornar, a gente sabe que só se ganha ritmo jogando. Estou cem por cento curado da lesão, treinando forte e esperando uma oportunidade. Foi um ano complicado, nunca tinha acontecido isso comigo, estou em um momento de readaptação, de retomada da confiança”, disse o volante.

Michel era titular ao lado de Arthur na Libertadores do ano passado. Antes das semifinais contra o Barcelona-EQU, teve de passar por uma artroscopia no joelho. Voltou a tempo de enfrentar os equatorianos, mas Jailson já havia tomado conta da posição. Em 2018, foi atrapalhado por várias lesões. Sua última aparição na equipe aconteceu em 15 de maio, quando jogou na partida entre Grêmio e Monagas, pela Libertadores. Agora, volta coincidentemente no momento em que o Grêmio está novamente na semifinal da competição sul-americana.

“É complicado acompanhar os jogos de fora, não tem aquela adrenalina de jogar a Libertadores, de estar em campo. Estamos nos preparando bem para essa semifinal”, comentou. E a aguardada oportunidade para o volante pode aparecer já neste sábado, quando o Grêmio enfrenta o América, em Belo Horizonte, pelo Brasileirão.

Renato vai escalar uma equipe reserva e Michel deverá estar em campo. “Posso chegar no sábado e arrebentar no jogo, ou então sentir a falta de ritmo, depende muito de cada atleta, tem jogador que não sente tanto mesmo tendo ficado bom tempo fora. Se vier a oportunidade, tenho que vestir a camisa e mostrar”, completou Michel.



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