Com ou sem Libertadores, Grêmio vê base como saída para suprir carências

Presidente eleito, Romildo Bolzan nutre esperança por Libertadores no ano que vem (Foto: Eduardo Deconto)

Ainda há esperança, mas também a certeza de que o caminho do Grêmio na busca por uma vaga para a Libertadores do ano que vem ficou mais difícil. Depois de duas derrotas consecutivas, para Cruzeiro e Corinthians, as chances diminuíram. Não depende mais somente do Tricolor a classificação. Além de vencer os dois confrontos que restam no Brasileirão, precisa contar com resultados paralelos.

Com o torneio continental, o clube teria uma verba maior para investir em um plantel mais qualificado, em razão das premiações pela participação. Do contrário, a parte financeira poderá ficar mais apertada em 2015. Independente de cada situação, afirma o presidente eleito Romildo Bolzan Jr., a aposta principal será nas categorias de base para suprir carências pontuais no grupo de jogadores.

- Se conseguirmos manter o grupo, qualificá-lo e buscar na base questões que possam ser supridas no plantel principal, também é um raciocínio que prevalece, independente da Libertadores - destacou, em entrevista à Rádio Gaúcha. E caso não seja conquistado um lugar na competição sul-americana, Bolzan ressalta que será montado um time competitivo para o técnico Felipão.

- Talvez não buscando jogadores mais prontos, que é o caminho mais fácil, mas formando um time. E o Felipão é experimentado para fazer isso, já buscou e fez times do Grêmio que as pessoas não diziam que daria time, e deu. Essa questão mágica ainda pode levar o Grêmio a fazer um time com jogadores que estão querendo explodir, se confirmar, ser confirmados aqui, e podemos fazer um time muito competitivo.

Ainda durante a campanha para a eleição presidencial para o biênio 2015/16, Bolzan disse ao GloboEsporte.com que, pessoalmente, acreditava que o departamento de futebol teria de fazer "entre quatro e cinco contratações para ter o equilíbrio do grupo e deixar o treinador satisfeito com as peças."

Sem a Libertadores, porém, uma readequação da folha salarial, que hoje gira em torno de R$ 6,5 milhões, seria necessária. A cada rodada que avança o clube no torneio, é premiado. Em caso de título, a gratificação fica em torno de R$ 15 milhões.

- O Grêmio terá as reposições da base, os que vêm por empréstimo e alguns reforços. Teremos que fazer uma readequação da folha salarial se não vier a vaga na Libertadores - afirmou Bolzan em entrevista à Rádio Gre-Nal.

Outra afirmação feita pelo presidente eleito foi sobre a avaliação de jogadores que retornarão de empréstimos a outros clubes. Casos de Marcelo Moreno e Kleber, que estão no Vasco e no Cruzeiro, respectivamente. Sobre o centroavante boliviano, aliás, o diretor de futebol Duda Kroeff havia se manifestado contrariado com um retorno. Bolzan, entretanto, adota outro tom.

- Todos os jogadores que voltarão ser reavaliados. O Grêmio fará de seu grupo para 2015 os que retornam e os jovens da base. Alguns também sairão, não sei quais, mas é a ordem natural das coisas - disse. - São patrimônios do clube, faremos uma avaliação sobre isso. A questão está aberta. O Grêmio tem que deixar a porta aberta - afirmou, referindo-se exclusivamente a Moreno e Kleber, para a Rádio Gre-Nal.

Luan e Lucas Coelho são jogadores da base que conquistaram espaços (Foto: Marcos Cunha / Agência Estado)

Esses e outros temas são tratados diariamente no Grêmio. Faltam duas rodadas para o Brasileirão, e a próxima temporada é planejada. Há trabalho, também, sobre as situações de Dudu e Alan Ruiz, que terão seus vínculos de empréstimo se encerrando ao fim do ano. Ainda não há nada definido sobre esses atletas.

E por mais difícil que tenha se tornado alcançar uma vaga à Libertadores, a esperança existe.

- A situação se complicou bastante, mas existe um raio de esperança. Vamos ver o que irá acontecer. Eu particularmente acho difícil conseguir a vaga para a Libertadores, mas é possível - encerrou Bolzan.

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