Patrícia Moreira foi flagrada por câmeras de TV
(Foto: Reprodução/TV Globo)
Os quatro torcedores acusados por injúria racial contra o goleiro Aranha na Arena em 28 de agosto terão de usar tornozeleira eletrônica caso descumpram medida proposta pela Justiça, a ser referendada em audiência em novembro. Entre os torcedores envolvidos está Patrícia Moreira, flagrada na ocasião por câmera de TV gritando "macaco" contra o jogador.
A decisão é do juiz Marco Aurélio Xavier, que aceitou na última semana denúncia da Promotoria. A medida cautelar determina apresentação dos torcedores à 2ª Delegacia de Pronto Atendimento de Porto Alegre uma hora antes de cada jogo e saída meia hora depois, durante um ano. Além de Patrícia, foram acusados Eder Braga, Fernando Ascal e Ricardo Rychter.
Se os acusados aceitarem a proposta do magistrado, poderá haver a suspensão condicional do processo de crime por injúria racial - a pena prevista por lei para os denunciados é de um a três anos de reclusão e multa.. Tudo passará pela audiência marcada para 24 de novembro, em que as partes serão ouvidas e a oferta apresentada.
- Os acusados, durante o cumprimento da medida em comento, deverão apresentar-se junto à 2ª DPPA, de Porto Alegre, onde deverão permanecer no lapso temporal de uma hora antes e meia hora depois do término dos jogos. Vai o alerta: o descumprimento, que se consuma na não apresentação no local determinado, implicará o uso do monitoramento eletrônico pelos acusados - afirma o texto.
Na última quarta-feira, a Polícia Civil indiciou o quinto suspeito de ter proferido injúrias raciais contra Aranha.
Lucas Fernandes da Rocha foi chamado para prestar depoimento na 4ª Delegacia de Polícia, mas afirmou que só se manifestará sobre o caso em juízo. O torcedor será encaminhado ao Juizado do Torcedor e cabe ao Ministério Público, por meio da Promotoria do Torcedor, fazer a denúncia.
Nesses 60 dias, Patrícia Moreira acabou tendo a maior exposição após ser flagrada por câmera do canal ESPN cantando "macaco". De acordo com o advogado Alexandre Rossato, ela segue reclusa, desempregada e sem residência fixa, além de manter tratamento psiquiátrico. A sua antiga casa, alvo de apedrejamento e tentativa de incêndio, foi alugada.
O incidente ocorreu aos 42 minutos do segundo tempo, da partida vencida pelo Santos diante do Grêmio por 2 a 0, em 28 de agosto, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, na Arena, quando Aranha reclamou com o árbitro Wilton Pereira Sampaio, alegando ter sido vítima de xingamentos por parte da torcida.
O juiz mandou a partida seguir, mesmo sendo alertado por jogadores do Santos dos incidentes que ocorriam fora de campo.
Na esfera esportiva, o caso culminou com a eliminação do Grêmio da Copa do Brasil por decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
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(Foto: Reprodução/TV Globo)
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Se os acusados aceitarem a proposta do magistrado, poderá haver a suspensão condicional do processo de crime por injúria racial - a pena prevista por lei para os denunciados é de um a três anos de reclusão e multa.. Tudo passará pela audiência marcada para 24 de novembro, em que as partes serão ouvidas e a oferta apresentada.
- Os acusados, durante o cumprimento da medida em comento, deverão apresentar-se junto à 2ª DPPA, de Porto Alegre, onde deverão permanecer no lapso temporal de uma hora antes e meia hora depois do término dos jogos. Vai o alerta: o descumprimento, que se consuma na não apresentação no local determinado, implicará o uso do monitoramento eletrônico pelos acusados - afirma o texto.
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O incidente ocorreu aos 42 minutos do segundo tempo, da partida vencida pelo Santos diante do Grêmio por 2 a 0, em 28 de agosto, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, na Arena, quando Aranha reclamou com o árbitro Wilton Pereira Sampaio, alegando ter sido vítima de xingamentos por parte da torcida.
O juiz mandou a partida seguir, mesmo sendo alertado por jogadores do Santos dos incidentes que ocorriam fora de campo.
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