Ex-Botafogo, Luís Henrique elege Grêmio como "caminho certo" para retomada

Em 3 de julho de 2015, o garoto Luís Henrique, então com 17 anos, teve uma estreia de gala pelo profissional do Botafogo ao marcar dois gols no 5 a 0 sobre o Sampaio Corrêa, pela Série B. O que se desenhava como a explosão de uma joia, perdeu impacto aos poucos. O jovem decaiu no Rio, tentou a Europa, mas retornou ao Brasil no início do ano. Agora no Grêmio, entende estar no "caminho certo" para deslanchar na carreira.



Hoje com 20 anos, Luís Henrique treina junto ao time de transição tricolor para a disputa do Brasileirão de Aspirantes, que começa no fim de maio. Ele chegou por empréstimo no fim de março e fica até abril de 2019. O momento é de retomada, já que caiu de produção aos poucos no Bota, passou por Atlético-PR e Feirense, de Portugal, antes de voltar ao país para jogar na Série A2 do Campeonato Paulista pelo Nacional.

– Como surgi muito novo e estreei em um nível muito bom, para um garoto, é difícil manter. Aí aconteceu a oscilação normal. Confio muito no meu potencial, tenho muito tempo de carreira. E o Grêmio é o caminho certo, é o local de retomada – afirma o garoto.

Um dos pilares para manter a serenidade em Porto Alegre é o convívio com os avós Rui Cesar e Celia Farinhas, gaúchos de natureza. Mas Luís Henrique é capixaba de Vila Velha, onde nasceu a paixão pelo futebol. Acompanhava o pai Evilmar Souza Taffner, jogador profissional, desde a infância. Do Espírito Santo, seguiu ao Rio de Janeiro para atuar no CFZ, já na adolescência. Depois, passou pelo Flamengo até chegar ao Botafogo.

Após brilhar no primeiro jogo como profissional, assumiu a titularidade no alvinegro carioca em boa parte da segunda divisão de 2015. Começou 2016 como titular, mas não manteve o nível. Depois de uma longa novela, não renovou com o Botafogo e acertou com o Atlético-PR no fim do ano. Saiu de General Severiano com 39 partidas e sete gols.

– Tinha estreado com 17 anos, fazendo dois gols, para mim estava tudo bem, normal. Aí aconteceram algumas coisas que não andaram como era para andar, deu um outro lado, dei uma rodada legal. Foi muito bom para mim pessoalmente e profissionalmente. Agora já me considero mais maduro – analisa Luís Henrique ao site GloboEsporte.com.

Foto: Vitor Silva / SSPres

Sem destaque no Furacão, em Portugal ou no Nacional-SP, o atacante assinou em março com o Tricolor. Com um mês de casa, considera-se adaptado à vida no Rio Grande do Sul e ao grupo de transição, agora comandado por Thiago Gomes.

– Na hora que surgiu (a chance de ir para o Grêmio), falei que queria ir na hora. É uma chance de recuperar meu bom futebol. O Grêmio tem essa característica de recuperar jogador, vejo com muito bons olhos. Se não for o melhor do Brasil, está no top 3. Apresenta um futebol bonito de se ver e com resultado. Foi um dos motivos (da transferência) – diz o jovem.

"Minha cabeça é trabalhar para sempre estar em um nível maior, que aqui (no Grêmio) é estar no profissional. Mas sem esquecer que temos que fazer um bom campeonato (Brasileirão de Aspirantes), uma competição que vai agregar"

A saída conturbada do Botafogo lhe deixou exemplos para crescer profissionalmente. O passado, porém, ficou para trás, garante o jovem, que se considera mais maduro e pronto para retomar a carreira com outras cores.

– Agora, vendo um pouco mais velho, três anos depois, poderia ter feito algumas coisas diferentes. Mas é falta de experiência, de vivência. Quando tem uma pessoa para ajudar, para dar conselhos profissionais, é mais fácil. Acho que faltou isso, da parte do Botafogo também, gerir um pouco melhor o momento. Mas não penso mais nisso. Penso no Grêmio – encerra.

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