"Já temos o suficiente para indiciar algumas pessoas", diz chefe de investigação

Bruno Pisoni Garcia (C) foi uma das testemunhas ouvidas nesta sexta
Foto: Bruna Vargas

Um dos 10 depoentes ouvidos pela polícia sobre o caso de racismo na Arena será ouvido novamente na semana que vem. Segundo o comissário Lindomar de Souza, chefe de investigações da 4ª Delegacia de Polícia, a decisão de chamar novamente o depoente foi tomada após o depoimento de Filipe Gilhon, orientador da Arena, que compareceu à delegacia na quinta-feira. Filipe disse ter ouvido xingamentos racistas partindo de gremistas na partida contra Santos e também relatou ter sofrido agressões por parte de torcedores.

Nesta sexta-feira, os policiais ouviram mais duas testemunhas. Primeiro a depor, Bruno Pisoni Garcia, integrante da Geral, ajudou a identificar pessoas que aparecem em imagens gravadas na Arena. Ele deixou a delegacia sem falar com os jornalistas.

Após o depoimento do torcedor, o empresário Clairton S. dos Santos, dono do Bar do Ito, foi ouvido pela polícia. Seu papel, segundo o chefe de investigações da 4ª DP foi reconhecer torcedores que aparecem nas gravações.

- Já temos o suficiente para indiciar algumas pessoas que têm claro envolvimento com esse caso - declarou Souza.

Na quinta-feira, foi ouvida Patrícia Moreira, flagrada gritando a palavra macaco no jogo Grêmio x Santos. Em seu depoimento, ela admitiu ter usado a expressão, mas disse que não quis ofender o goleiro Aranha. A jovem, que chegou à delegacia sob forte aparato policial após receber ameaças, deve falar à imprensa nesta sexta-feira.

Novas pessoas devem ser convocadas a comparecer à delegacia nos próximos dias, entre eles Juliano Franckzak, o Gaúcho da Geral, citado por Eder Braga em seu depoimento.

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