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Cineasta gremista crê em lição após punição:

Jorge Furtado critica tolerância progressiva com atos condenáveis de torcida organizada que já ironizou morte de Fernandão, ídolo do Inter


Fonte: SPORTV

Cineasta gremista crê em lição após punição:
Torcedora do Grêmio xinga o goleiro Aranha, em partida pela Copa do Brasil (Foto: Reprodução)

Torcedor do Grêmio, o cineasta Jorge Furtado, autor de clássicos como “Ilha das Flores”, lamentou a exclusão do clube da Copa do Brasil como forma de punição por atos racistas cometidos pela torcida tricolor contra o goleiro Aranha, em duelo contra o Santos, pelas oitavas de final, nesta quarta-feira. O convidado do “Redação SporTV” disse concordar, no entanto, com a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva na esperança de que a pena ajude a combater e diminuir o racismo no Brasil.

– Muito triste que isso aconteça. Acho que houve uma tolerância do time, da direção, com essa torcida. Lembro de um jogo em que fui e já tinha um canto que falava de macaco em relação ao Internacional. Era visto como brincadeira. Essa tolerância foi avançando e chegou a momentos em que a torcida fez um coro para o Fernandão (falando de sua morte) que foi terrível, com os filhos deles. Tento entender qual a vantagem que o Grêmio leva com isso (...) Não quero crucificar essa moça, mas essa tolerância progressiva é que foi o grande erro. Tinham que ser barrados. Como os jogadores do Grêmio se sentem? O racismo talvez não seja tão forte, mas são imbecis. Se servir um pouco para parar com isso, valeu (a exclusão) – disse.

Após Aranha reclamar por ter sido alvo de injúrias racistas na vitória do Santos por 2 a 0 sobre o Grêmio, na Arena, a procuradoria do STJD denunciou o clube baseado no artigo 243-G (e seus parágrafos) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). A decisão saiu nesta quarta-feira: além de excluído da Copa do Brasil, o clube recebeu multa de R$ 50 mil e viu seus torcedores identificados como racistas afastados de praças esportivas por 720 dias.

Furtado disse que diminuiu sua presença nos estádios em função da escalada da violência entre torcedores. O cineasta lembra de assistir a partidas de futebol no meio de torcidas rivais.
– Deixei de ir a ver jogo muito por causa disso. Torcia para o Vasco no Rio de Janeiro. Fui uma vez ver Vasco e Botafogo no Maracanã no meio da torcida do Botafogo. Hoje, virou uma coisa muito violenta, há uma raiva, uma fúria – disse.

O caso de racismo contra Aranha é o 12º registrado em estádios de futebol em 2014. O Grêmio vai recorrer da decisão do STJD, o que deixou a chave suspensa até a decisão final do tribunal. O time tricolor volta a campo contra o Flamengo, neste sábado, às 18h30 (de Brasília), pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro.

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