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Grêmio envia imagens, e polícia inicia análise de injúrias raciais na segunda

Delegado diz que ainda não recebeu material, mas espera começar processo nas próximas horas; dirigente gremista lamenta episódio e diz que "estrago já foi feito"


Fonte: Globo Esporte

Grêmio envia imagens, e polícia inicia análise de injúrias raciais na segunda
Patrícia já é uma das identificadas após incidente (Foto: Roberto Vinicius/ELEVEN/Agência Estado)

O Grêmio confirmou que enviou à Polícia Civil as imagens em que é possível identificar torcedores ofendendo o goleiro Aranha, na derrota gremista para o Santos, na quinta-feira, pela Copa do Brasil. De acordo com o clube, o material permite a visualização de cinco indivíduos. Dois dele são sócios e já tiveram suas matrículas suspensas para posterior exclusão.

Em contato com o GloboEsporte.com, o delegado titular da 4ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, Herbert Moura Ferreira, não confirmou o recebimento das imagens neste final de semana. No entanto, afirmou que a análise do material deve começar na segunda-feira, mesma data em que se pretende iniciar a realização dos depoimentos dos envolvidos.

Um dos aguardados é Patrícia Moreira, flagrada pelo canal ESPN gritando "macaco" em direção ao goleiro, além de outra pessoa identificada por imagens de televisão no incidente, para depoimento na 4ª DP. O Grêmio espera que, a partir da colaboração com as autoridades, consiga sensibilizar o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que julgará o clube na quarta-feira, com risco de exclusão da Copa do Brasil.

- Esse assunto tomou uma proporção que nem a morte de torcedores tomou. Estou muito impactado por tudo isso. Embora eu acredite na absolvição total, o estrago está feito. A gente se sente muito mal, desconfortável com tudo isso. O racismo é algo que nasce no espírito do cara, não tem conserto. Compete à direção do Grêmio conscientizar para evitar manifestação de racismo - explanou o vice-presidente do Grêmio Nestor Hein, ao GloboEsporte.com.

Entenda o caso

O incidente aconteceu aos 42 minutos do segundo tempo, quando Aranha reclamou com o árbitro Wilton Pereira Sampaio, alegando ter sido vítima de xingamentos por parte da torcida. O juiz mandou a partida seguir, mesmo sendo alertado por jogadores do Santos dos incidentes que ocorriam fora de campo. O goleiro registrou boletim de ocorrência na 4ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre na sexta-feira.

A jovem foi afastada do trabalho no Centro Médico e Odontológico da Brigada Militar. Era funcionária de uma empresa terceirizada e prestava serviços de auxiliar de odontologia na clínica da polícia militar gaúcha. As imagens da torcedora ofendendo o goleiro santista começaram a circular pelas redes sociais logo após a partida, causando revolta.

Diante da repercussão, Patrícia evitou dormir em casa nos últimos dias. Ela se refugiou em residências de parentes e amigos para evitar retaliação. Pedras foram jogadas em direção a sua casa na noite de sexta-feira. O GloboEsporte.com visitou a região na tarde de sábado e ouviu os vizinhos. Amigos negros da menina de 23 anos garantem que ela não é racista.

Amigos negros de Patrícia Moreira defendem e não creem em racismo (Foto: Diego Guichard)



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