Felipão oriente Ronan em treino no Olímpico
Foto: Lauro Alves / Agencia RBS
Sexta à tarde, no Olímpico, o técnico Luiz Felipe Scolari interrompe o treino, se aproxima do garoto Ronan, 19 anos, 1m96cm. Fala, gesticula e mexe o corpo mostrando a melhor postura ao recém-promovido guri da base. Essa é uma cena que tem se repetido nos últimos treinamentos. Descobrir talentos e levá-los ao grupo principal tem sido uma obsessão do treinador desde seu regresso ao clube.
Após surpreender com a entrada do volante Walace no Gre-Nal, sua segunda semana de trabalho teve outras duas novidades treinando com o grupo principal. Além de Ronan, o meia-atacante Leandro Canhoto também foi promovido para trabalhar com o time de cima.
A semana de Ronan começou com a preparação para a Taça BH, uma competição sub-20, mas pode terminar com ele como o centroavante titular, no lugar de um lesionado Barcos, contra o Criciúma, na Arena.
— O Ronan é um menino de boa estatura, rápido para o seu tamanho e de bom posicionamento de área. Um jogador difícil de ser encontrado. É um centroavante interessante — resumiu o técnico.
A direção agiu para diminuir o inchaço do grupo de jogadores. Depois das saídas de Maxi Rodríguez, que foi para o Vasco, e de Guilherme Amorim, que defenderá o Londrina, o grupo está com 31 jogadores, sendo 14 deles com passagem pelas categorias de formação do clube. Esse número vai aumentar. A intenção do técnico é de abrir ainda mais espaço para os meninos da base.
— Estamos fazendo a integração do amador com o profissional, realizando treinos com os jogadores que não atuam contra a base para observar jogadores. Vi o Ronan e achei interessante. Se avaliar que temos jogadores com boa possibilidade de crescerem no futuro, e até serem alguma solução de imediato, vamos fazê-lo independentemente da idade — avalia Felipão.
Como a valorização as categorias de base é uma exigência do presidente Fábio Koff, o trabalho desenvolvido pelo clube resultou em mais jogadores aproveitados entre os profissionais, especialmente desde a chegada do diretor-executivo Junior Chávare, que implementou novas políticas no clube — Nosso compromisso é de que o jovem será um homem melhor. Nem todos conseguirão jogar no profissional — diz Chávare.
Desde 2013, o Grêmio adotou um procedimento um pouco diferente do padrão brasileiro no trabalho com suas categorias de base. A atenção aos aspectos técnicos, táticos e físicos do futebol é absorvida pelo Projeto Lapidar, uma equipe de técnicos que trabalha somente os fundamentos básicos de duas a três vezes por semana.
O principal foco de atenção da direção passou a ser a formação cidadã dos meninos. Ao longo da semana, o Núcleo Psicossocial do clube faz atendimentos coletivos e individuais aos 256 jogadores, espalhados por oito categorias (sub-12, sub-13, sub-14, sub-15, sub-16, sub-17, sub-19 e sub-20).
Uma das medidas adotadas foi a ênfase da formação cultural. Para alcançar este objetivo, o clube organizou atividades bem diferentes da rotina normal de um jogador de futebol.
Além da exigência de 100% de assiduidade na escola, e da disponibilidade de reforço nas disciplinas para quem estiver com dificuldades, a semana também passou a ter tempo reservado para psicólogos e pedagogos trabalharem no desenvolvimento humano. Teatro, cinema e outros roteiros culturais entraram na programação. Jogos lúdicos, como o xadrez, são usados para estimular o raciocínio lógico.
Em 2012, 44% dos atletas gremistas reprovaram na escola. O percentual caiu para apenas 5% no ano passado, e 10 jogadores das categorias de base conseguiram bolsa de estudo, via uma parceria do clube, e cursam ensino superior.
A diferença de abordagem também apareceu dentro de campo. Menos expulsões, maior média de gols marcados, menos gols sofridos e melhor compreensão das formações táticas. Tudo para fazer com que Felipão tenha boas opções para liderar uma nova série de conquistas.
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Foto: Lauro Alves / Agencia RBS
Sexta à tarde, no Olímpico, o técnico Luiz Felipe Scolari interrompe o treino, se aproxima do garoto Ronan, 19 anos, 1m96cm. Fala, gesticula e mexe o corpo mostrando a melhor postura ao recém-promovido guri da base. Essa é uma cena que tem se repetido nos últimos treinamentos. Descobrir talentos e levá-los ao grupo principal tem sido uma obsessão do treinador desde seu regresso ao clube.
Após surpreender com a entrada do volante Walace no Gre-Nal, sua segunda semana de trabalho teve outras duas novidades treinando com o grupo principal. Além de Ronan, o meia-atacante Leandro Canhoto também foi promovido para trabalhar com o time de cima.
A semana de Ronan começou com a preparação para a Taça BH, uma competição sub-20, mas pode terminar com ele como o centroavante titular, no lugar de um lesionado Barcos, contra o Criciúma, na Arena.
— O Ronan é um menino de boa estatura, rápido para o seu tamanho e de bom posicionamento de área. Um jogador difícil de ser encontrado. É um centroavante interessante — resumiu o técnico.
A direção agiu para diminuir o inchaço do grupo de jogadores. Depois das saídas de Maxi Rodríguez, que foi para o Vasco, e de Guilherme Amorim, que defenderá o Londrina, o grupo está com 31 jogadores, sendo 14 deles com passagem pelas categorias de formação do clube. Esse número vai aumentar. A intenção do técnico é de abrir ainda mais espaço para os meninos da base.
— Estamos fazendo a integração do amador com o profissional, realizando treinos com os jogadores que não atuam contra a base para observar jogadores. Vi o Ronan e achei interessante. Se avaliar que temos jogadores com boa possibilidade de crescerem no futuro, e até serem alguma solução de imediato, vamos fazê-lo independentemente da idade — avalia Felipão.
Como a valorização as categorias de base é uma exigência do presidente Fábio Koff, o trabalho desenvolvido pelo clube resultou em mais jogadores aproveitados entre os profissionais, especialmente desde a chegada do diretor-executivo Junior Chávare, que implementou novas políticas no clube — Nosso compromisso é de que o jovem será um homem melhor. Nem todos conseguirão jogar no profissional — diz Chávare.
Desde 2013, o Grêmio adotou um procedimento um pouco diferente do padrão brasileiro no trabalho com suas categorias de base. A atenção aos aspectos técnicos, táticos e físicos do futebol é absorvida pelo Projeto Lapidar, uma equipe de técnicos que trabalha somente os fundamentos básicos de duas a três vezes por semana.
O principal foco de atenção da direção passou a ser a formação cidadã dos meninos. Ao longo da semana, o Núcleo Psicossocial do clube faz atendimentos coletivos e individuais aos 256 jogadores, espalhados por oito categorias (sub-12, sub-13, sub-14, sub-15, sub-16, sub-17, sub-19 e sub-20).
Uma das medidas adotadas foi a ênfase da formação cultural. Para alcançar este objetivo, o clube organizou atividades bem diferentes da rotina normal de um jogador de futebol.
Além da exigência de 100% de assiduidade na escola, e da disponibilidade de reforço nas disciplinas para quem estiver com dificuldades, a semana também passou a ter tempo reservado para psicólogos e pedagogos trabalharem no desenvolvimento humano. Teatro, cinema e outros roteiros culturais entraram na programação. Jogos lúdicos, como o xadrez, são usados para estimular o raciocínio lógico.
Em 2012, 44% dos atletas gremistas reprovaram na escola. O percentual caiu para apenas 5% no ano passado, e 10 jogadores das categorias de base conseguiram bolsa de estudo, via uma parceria do clube, e cursam ensino superior.
A diferença de abordagem também apareceu dentro de campo. Menos expulsões, maior média de gols marcados, menos gols sofridos e melhor compreensão das formações táticas. Tudo para fazer com que Felipão tenha boas opções para liderar uma nova série de conquistas.
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