Eis um confronto que eu gostaria de ver: Seleção principal contra a Seleção olímpica. Bateu aquela curiosidade de assistir aos dois times treinados – em tese – por Dunga. Só que, como todos sabem, a garotada tem a tutela de Rogério Micale. E aí é que a coisa ficaria interessante.
O esquema de jogo das duas versões de Brasil são iguais: 4-2-3-1, o da moda, como definido em conjunto na CBF. Mas levando em conta a diferença das convocações dos dois lados e os toques dos dedos do baiano amineirado Micale e do gauchaço Dunga, o produto final é diferente. E quem tem mais se aproximado ultimamente do conceito de equipe é a garotada.
Obviamente é preciso levar em conta que o time olímpico tem batido em vários bêbados, como fez com Haiti e República Dominicana. Além disso, os Estados Unidos, que (segundo a previsão de alguns amantes do soccer) ainda vão ser campeões do mundo até 2058, também estão longe de ser potência. No meio do caminho ainda teve a derrota para a França sub-21. Beleza.
O “X” da questão é que em nenhum dos jogos o time olímpico brasileiro virou um bando em campo, com jogadores dando balão para o alto, linhas espaçadas, jogo concentrado no pé de um cara só e outras coisas mais que estamos, não é de hoje, nos acostumando a ver no time principal. Tudo bem que ultimamente o Brasil de Dunga jogou contra Argentina, Chile, Colômbia, equipes muito mais qualificadas e em competições oficiais. Mas a discussão aqui não é resultado. E sim o comportamento do time, a forma de jogo, filosofia com e sem a bola no pé.
No Brasil principal x Brasil olímpico que imagino, a curiosidade maior não é saber quem vai ganhar. E sim que atributos cada lado vai exibir.
Imagino, por exemplo, um time sub-23, com Gabigol, Gabriel Jesus e Luan, marcando a saída de bola de David Luiz, forçando-o a dar vários balões para frente. Imagino um sub-23 com linha alta de marcação, encaixotando o time principal, roubando a bola rápido.
Imagino um time sub-23 com movimentação incessante entre os homens de frente, nada de centroavante fixo, confundindo a marcação e aproveitando os espaços deixados entre os laterais do time principal e os zagueiros (Lavezzi já bebeu dessa água).
Imagino um time sub-23 com mais posse de bola, com aproximação de Lucas Silva e seus passes precisos, aliados à dinâmica de Fred. Ao mesmo tempo, participação constante dos laterais nas jogadas ofensivas, proporcionando ataques com sete ou até oito jogadores envolvidos.
Mas antes que vocês pensem que enxergo no time olímpico uma Alemanha de 2014, imagino o time principal do Brasil levando perigo com os dribles e velocidade de Neymar e Willian, aproveitando uma zaga que ainda dá cochilos e comete erros individuais com frequência (vide o domínio e o pênalti de Dória, além do golaço contra de Marlon, ao melhor estilo Oséas).
Imagino também momentos de Felipe Anderson não arrumando nada no jogo com a marcação firme de Luiz Gustavo ou então o time sub-23 passando um certo sufoco nas bolas aéreas, sobretudo se Dunga optar por Ricardo Oliveira na área. Mas a vida do time olímpico ficaria mais fácil defensivamente com os volantes do Brasil principal não passando do meio-campo e o time jogando espaçado.
E como os atributos do time de Dunga param por aí, dou um tempo na imaginação. O fato é que, independentemente do resultado, seria interessante. A CBF bem que poderia usar a data Fifa de maio-2016 para promover esse encontro, preparando os times para a Copa América Centenário e os Jogos Olímpicos. Fica a dica.
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Obviamente é preciso levar em conta que o time olímpico tem batido em vários bêbados, como fez com Haiti e República Dominicana. Além disso, os Estados Unidos, que (segundo a previsão de alguns amantes do soccer) ainda vão ser campeões do mundo até 2058, também estão longe de ser potência. No meio do caminho ainda teve a derrota para a França sub-21. Beleza.
O “X” da questão é que em nenhum dos jogos o time olímpico brasileiro virou um bando em campo, com jogadores dando balão para o alto, linhas espaçadas, jogo concentrado no pé de um cara só e outras coisas mais que estamos, não é de hoje, nos acostumando a ver no time principal. Tudo bem que ultimamente o Brasil de Dunga jogou contra Argentina, Chile, Colômbia, equipes muito mais qualificadas e em competições oficiais. Mas a discussão aqui não é resultado. E sim o comportamento do time, a forma de jogo, filosofia com e sem a bola no pé.
No Brasil principal x Brasil olímpico que imagino, a curiosidade maior não é saber quem vai ganhar. E sim que atributos cada lado vai exibir.
Imagino, por exemplo, um time sub-23, com Gabigol, Gabriel Jesus e Luan, marcando a saída de bola de David Luiz, forçando-o a dar vários balões para frente. Imagino um sub-23 com linha alta de marcação, encaixotando o time principal, roubando a bola rápido.
Imagino um time sub-23 com movimentação incessante entre os homens de frente, nada de centroavante fixo, confundindo a marcação e aproveitando os espaços deixados entre os laterais do time principal e os zagueiros (Lavezzi já bebeu dessa água).
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Mas antes que vocês pensem que enxergo no time olímpico uma Alemanha de 2014, imagino o time principal do Brasil levando perigo com os dribles e velocidade de Neymar e Willian, aproveitando uma zaga que ainda dá cochilos e comete erros individuais com frequência (vide o domínio e o pênalti de Dória, além do golaço contra de Marlon, ao melhor estilo Oséas).
Imagino também momentos de Felipe Anderson não arrumando nada no jogo com a marcação firme de Luiz Gustavo ou então o time sub-23 passando um certo sufoco nas bolas aéreas, sobretudo se Dunga optar por Ricardo Oliveira na área. Mas a vida do time olímpico ficaria mais fácil defensivamente com os volantes do Brasil principal não passando do meio-campo e o time jogando espaçado.
E como os atributos do time de Dunga param por aí, dou um tempo na imaginação. O fato é que, independentemente do resultado, seria interessante. A CBF bem que poderia usar a data Fifa de maio-2016 para promover esse encontro, preparando os times para a Copa América Centenário e os Jogos Olímpicos. Fica a dica.
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