Auditores se reúnem durante julgamento da Portuguesa na Série B nacional
As falhas e os erros cometidos pela Confederação Brasileira de Futebol têm atrapalhado os campeonatos por ela organizados, como no caso da Copa Verde, em seu mais recente episódio. Dentro do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, no entanto, não há surpresas sobre o assunto, muitos dos problemas do modelo de organização utilizado pela entidade são mais do que conhecidos há anos.
Para o auditor Décio Neuhaus, membro do tribunal indicado pelos atletas e que chegou a disputar a presidência neste ano, o sistema de registros da CBF não é seguro.
"O sistema da CBF não é seguro. Todo mundo sabe que pode apresentar falhas. A questão poderia ser muito facilmente resolvida, mas tem de ter boa vontade para resolver. Mas até agora não houve. A CBF poderia gastar um pedaço que fosse de seu enorme lucro para melhorar isso", afirmou, para o ESPN.com.br.
"O grande problema é que ela acaba atrapalhando os próprios campeonatos que ela organiza, em coisas que poderiam ser resolvidas. O campeonato também fica inseguro", completou.
Outros auditores e advogados ligados de alguma forma ao tribunal também foram ouvidos com a mesma opinião.
Na semana passada, a reportagem apresentou alguns dois últimos graves erros cometidos, que mudaram ou bagunçaram a história das competições. Nessa semana, ao menos provisoriamente, mais um problema: o Brasília perdeu o título da Copa Verde no tribunal, por causa de uma falha no sistema de jogadores, pelo qual a CBF é responsável. Com a decisão, que ainda vai ser julgada no Pleno do STJD, o Paysandu herdou o status de campeão e, por consequência, a vaga na Sul-Americana.
De acordo com apuração do ESPN.com.br, o grave problema do departamento de registros da entidade é que ele não fiscaliza nem controla o que acontece com as fichas dos atletas que recebe, tendo um papel exclusivamente burocrático de apertar botões no computador, sem rever o que tem em mãos.
O envio de contratos de jogadores acontece da seguinte forma:
1) Uma nova contratação: o clube entra no sistema, preenche o contrato online, isso passa pela federação, que não pode mexer, e a papelada chega para a CBF, que não analisa o lhe é passado. Depois desse caminho, o jogador aparece no Boletim Informativo Diário (BID) e, assim, está apto para participar das partidas - tanto regionais quanto nacionais.
2) Prorrogação ou mudança no tipo de contrato: o clube faz as alterações que tem de fazer, avisa a federação, que também tem de intervir no contrato e mexer nele, e então os documentos são repassados à CBF, que mais uma vez não checa o que tem em mãos. É justamente aqui o maior dos problemas. No caso do Cruzeiro, no ano passado, por exemplo, foi a entidade mineira quem cometeu o erro, mais tarde descoberto, que foi parar no tribunal.
A grande crítica, no entanto, é que é a CBF quem dá condições de jogo para os atletas, em qualquer competição do ano, e ela não faz ideia da situação que eles se encontram, segundo pessoas ouvidas pela reportagem. Na maioria dos casos, o departamento de registros só toma conhecimento do problema quando a procuradoria-geral do STJD denuncia alguma irregularidade.
O ESPN.com.br tentou contato com Luiz Gustavo, diretor do departamento de registros, que não quis falar sobre o assunto, especialmente por ter a questão da Copa Verde ainda em andamento.
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Para o auditor Décio Neuhaus, membro do tribunal indicado pelos atletas e que chegou a disputar a presidência neste ano, o sistema de registros da CBF não é seguro.
"O sistema da CBF não é seguro. Todo mundo sabe que pode apresentar falhas. A questão poderia ser muito facilmente resolvida, mas tem de ter boa vontade para resolver. Mas até agora não houve. A CBF poderia gastar um pedaço que fosse de seu enorme lucro para melhorar isso", afirmou, para o ESPN.com.br.
"O grande problema é que ela acaba atrapalhando os próprios campeonatos que ela organiza, em coisas que poderiam ser resolvidas. O campeonato também fica inseguro", completou.
Outros auditores e advogados ligados de alguma forma ao tribunal também foram ouvidos com a mesma opinião.
Na semana passada, a reportagem apresentou alguns dois últimos graves erros cometidos, que mudaram ou bagunçaram a história das competições. Nessa semana, ao menos provisoriamente, mais um problema: o Brasília perdeu o título da Copa Verde no tribunal, por causa de uma falha no sistema de jogadores, pelo qual a CBF é responsável. Com a decisão, que ainda vai ser julgada no Pleno do STJD, o Paysandu herdou o status de campeão e, por consequência, a vaga na Sul-Americana.
De acordo com apuração do ESPN.com.br, o grave problema do departamento de registros da entidade é que ele não fiscaliza nem controla o que acontece com as fichas dos atletas que recebe, tendo um papel exclusivamente burocrático de apertar botões no computador, sem rever o que tem em mãos.
O envio de contratos de jogadores acontece da seguinte forma:
1) Uma nova contratação: o clube entra no sistema, preenche o contrato online, isso passa pela federação, que não pode mexer, e a papelada chega para a CBF, que não analisa o lhe é passado. Depois desse caminho, o jogador aparece no Boletim Informativo Diário (BID) e, assim, está apto para participar das partidas - tanto regionais quanto nacionais.
2) Prorrogação ou mudança no tipo de contrato: o clube faz as alterações que tem de fazer, avisa a federação, que também tem de intervir no contrato e mexer nele, e então os documentos são repassados à CBF, que mais uma vez não checa o que tem em mãos. É justamente aqui o maior dos problemas. No caso do Cruzeiro, no ano passado, por exemplo, foi a entidade mineira quem cometeu o erro, mais tarde descoberto, que foi parar no tribunal.
A grande crítica, no entanto, é que é a CBF quem dá condições de jogo para os atletas, em qualquer competição do ano, e ela não faz ideia da situação que eles se encontram, segundo pessoas ouvidas pela reportagem. Na maioria dos casos, o departamento de registros só toma conhecimento do problema quando a procuradoria-geral do STJD denuncia alguma irregularidade.
O ESPN.com.br tentou contato com Luiz Gustavo, diretor do departamento de registros, que não quis falar sobre o assunto, especialmente por ter a questão da Copa Verde ainda em andamento.
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