Estão quebrando os craques do Grêmio: com Willian, já são três fora da temporada por agressão + Amuzu renasce

Após dois meses sem vencer na Arena do Grêmio (adquirida pelo torcedor Marcelo Marques, e em processo de restauração do gramado até os refletores e o Wi-Fi), o Imortal triunfou contra o Vitória. Até que não foi um jogo tão dramático, apesar do susto do empate, e o Vitória está no Z4, sabemos disso. Mas foi de lavar a alma. Só que gremista não tem alegria por muito tempo ultimamente: Willian, o meia, o craque, que saiu com 20 minutos do 1o tempo, teve constatada fratura no metatarso do pé. Fora da temporada. Por um pisão criminoso que sequer foi falta, conforme o insuficiente árbitro Raphael Claus. Antes de Willian, por pisões e entradas criminosas, que chamo assim porque não acho acaso e acho que poderiam ter sido evitados, o Clube de Todos perdeu Villasanti e Balbuena. Isso sem falar nas outras lesões que tiraram atletas da temporada: Ely, João Pedro e Braithwaite. Que zica!

Bem, uma das "maldições" conseguimos quebrar: não tínhamos vencido na Arena do Grêmio desde que Marcelo Marques anunciou a compra e doação ao seu clube do coração. Mas aí temos a lista de desfalques, sem datas exatas de retornos: Monsalve, que operou o ombro, Riquelme, o goleiro Volpi, Cuéllar, Carlos Vinícius, Marcos Rocha, que levou uma pancada contra o Vitória (acidental?). João Lucas, talvez. Esqueci-me de alguém?

Sorte a nossa que Amuzu voltou muito bem, fez gol e deu assistência, e Aravena mostrou que pode contribuir. André Henrique novamente demonstrou faro de gol. Cristaldo engendrou uma bela jogada para o gol de Amuzu, junto com Arthur. E como joga Arthur! Gustavo Martins, voltando de lesão recente, foi bem na zaga. Noriega mais uma vez fez seu papel - embora eu o prefira como zagueiro. Alysson, apesar de meio improdutivo, sempre agita o jogo com arrancadas e arruma boas faltas, precisa ser mais tático e objetivo. Já Pavón e Kike, cada vez mais nos fazem sentir falta de Róger Guedes, Cebolinha, Pepê ou outro ponta de ponta no Brasil.

Ficam duas questões. Uma é a preparação física do Grêmio: apesar de só disputar uma competição, todo jogo tem atletas com desconforto muscular, mesmo sem lesão aparente; ou então acabam saindo machucados, e, antes disso, exaustos em campo. A outra coisa é esta zica, que pode ser chamada de "deslealdade", pisar e bater para lesionar. Veja, ninguém pisou em Dodi, Kike, Pavón: eles "escolhem" os melhores? Podem me contestar à vontade, mas não acho coincidência. Quem agrediu Balbuena, por exemplo, foi o ex-Sci Aylon, em entrada que, para mim, era vermelho direto.

Mas ainda sobre a vitória diante do Vitória: nos afasta do Z4 e nos aproxima da Pré-Libertadores. O Maior do Sul não fez um bom primeiro tempo, todavia as mudanças de Mano, no segundo tempo, acertaram o time: Gustavo Martins foi para a lateral, Noriega para a zaga, Dodi para a volância, Aravena e Amuzu dispararam no ataque. São boas notícias. Grando foi bem, mas ainda não passa segurança total. Marlon melhorou, ganhou confiança. Cristaldo, idem. A Libertadores ainda é um sonho vivo. O Grêmio cresce nos momentos mais difíceis.

Já paira a pergunta: que time colocaremos contra o Santos, e depois RB Bragantino, ambos fora de casa? Por que o Grêmio se machuca tanto e, ao mesmo tempo, é tão caçado no gramado? Pode ser mesmo coincidência?

AMUZU RESSURGE

Amuzu é a melhor notícia atual do Grêmio. Sempre gostei dele: estatisticamente, é um dos jogadores mais velozes do mundo hoje. Mano disse que sofria com problemas físicos, além da falta de adaptação de um belga que fala francês ao Brasil de brasileiros e castelhanos. Amuzu é bom no um contra um, e contra o Vitória foi bom igualmente no arremate. Ganha respaldo, não necessariamente a titularidade imediata.

Além dele, como já citei, Aravena, o chileno da Seleção Chilena: para mim é melhor, com Amuzu, que Kike e Pavón. O argentino falhou feio - mas até que foi azar - no gol de empate do Vitória. Saiu desolado. Trinta jogos sem marcar gols. Entendemos a decepção dele mesmo com seu esforço, mas tudo tem limite.

Para terminar: Carlos Vinícius, Cuéllar e Marcos Rocha, ao menos, que se recuperem logo. O lado menos ruim é que, com tantas lesões e "preservações mesmo sem lesão", surgem oportunidades para os guris da base, alguns voltando de lesão como Riquelme, outros pedindo passagem como os selecionáveis Benjamin, Luís Eduardo e Gabriel Mec, e o goleador João Borne.

O que me preocupa muito: eu espero que, em meio a tantos boatos "secadores" (estarão certos?) e notícias que colidem entre si, Marcelo Marques não desista de investir no Grêmio em 2026, junto a Celso Rigo. Hoje em dia, bom futebol não sobrevive sem SAF ou com mecenas bilionários.

A chapa "O Grêmio É Nosso" de Rigo, Dutra e Marques, elegeu dois terços do Conselho Deliberativo: deve se posicionar, se organizar, não deixar o Grêmio e sua torcida de lado em 2026. É duro, sempre é. Pensar grande exige sacrifícios, não perfeição, mas renúncias. Seja como for, um grande obrigada por tudo o que já fizeram e estão fazendo pelo Clube de Todos. Só pedimos que continuem. Ser gremista tem sido sofrido para todos nós. Mas a alegria voltará como o brilho do Sol, o brilho no olhar, o sorriso de uma criança que tem orgulho da sua camisa desde o colo do pai. O tamanho do Grêmio voltará, disputaremos tudo com humildade, raça e qualidade.

Hoje, domingo, 28 de setembro de 2025, bons sinais nos visitam, bons ventos sopram, bandeiras tremulam com galhardia. É a Arena pedindo, é a torcida que lotou a Arena pedindo, é cada um dos corações azuis, pretos e brancos no mundo e quiçá no Além pedindo, é o céu azul ecoando: nunca desistam e nunca duvidem do Grêmio. Sempre nos reerguemos quando todos estavam rindo de nós. Grêmio é um estilo de vida em que não se pode ser outra coisa na vida. Um destino.

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