(FOTO: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA) Pela segunda vez em menos de um mês, o empresário Marcelo Marques decidiu retirar sua candidatura à presidência do Grêmio. A decisão foi comunicada na tarde desta segunda-feira (22) por meio das redes sociais.
Diferentemente da primeira desistência, motivada por questões internas do clube, desta vez Marques alegou razões pessoais. Com a saída do empresário, o cenário eleitoral do Grêmio sofre uma nova mudança, a cerca de dois meses da eleição que definirá o presidente para o próximo triênio, prevista para novembro.
Marques era considerado o principal favorito para vencer a disputa após adquirir a gestão da Arena do Grêmio em julho por R$ 145 milhões, valor investido de forma pessoal. Na ocasião, ele garantiu que o controle do estádio seria transferido ao clube sem custos adicionais. Confira a íntegra do comunicado:
Escrevo com serenidade e em oração, pedindo a Deus sabedoria. Depois de muita reflexão, decidi retirar minha pré-candidatura à presidência do Grêmio. Sou uma pessoa simples, que ama o Grêmio, a família e o trabalho. Depois de refletir profundamente, cheguei à conclusão de que existem apenas três motivos que me conduzem a esta decisão, e nenhum outro além destes. O primeiro é a exposição pública em torno da minha pessoa, que me transformou involuntariamente em cifras fora de contexto e acabou constrangendo e assustando minha família.
O segundo é a responsabilidade intransferível de estar presente diariamente na minha empresa, ao lado de todos os colaboradores que nela se dedicam com tanto empenho. E o terceiro, por amor ao Grêmio, é a necessidade de deixar o ego de lado e reconhecer que o clube precisa de alguém com mais disponibilidade e conhecimento sobre o mundo do futebol para assumir essa missão.
Não posso, por favidade, querer abraçar tudo e correr o risco de não fazer o melhor pelo nosso Grêmio. É uma escolha muito bem pensada, tomada com serenidade e consciência, e é definitiva.
Quero registrar que desde 27 de agosto, após participar do programa Sala de Redação, essa decisão já estava tomada em meu coração. Recuei naquele momento, sobretudo, pelo apoio e carinho que recebi do nosso torcedor, que sempre me fortaleceu nessa caminhada.
Também esperei pelo bem do clube, para não prejudicar jogos decisivos, como a partida contra o Flamengo e, principalmente, o clássico Gre-Nal. Além disso, havia negociações importantes (janela de contratações) em curso, e tornar pública a decisão poderia gerar ruídos e afetar o ambiente. Por isso, aguardei até o limite. Considero uma verdadeira honra ter contribuído de forma decisiva para a maior conquista administrativa da nossa história: a quitação da dívida da Arena, a compra da gestão e a devolução definitiva do estádio ao clube.
Foram doações pessoais, pesadas e muito significativas, acima de meus limites financeiros. Um esforço incansável, do qual não me arrependo, para que a Arena voltasse a ser 100% do Grêmio. Aquele dia foi, sem dúvida, um dos mais felizes da minha vida, pois sempre afirmei que essa conquista era ainda mais importante do que ser presidente. Sigo com o compromisso de cuidar da gestão da Arena até 1/1/2026, entregando-a em sua melhor versão: moderna, tecnológica e preparada para grandes espetáculos. Um espaço multiuso de excelência, com estrutura de padrão internacional e soluções inovadoras, tudo sem nenhum custo adicional ao clube. Esse será meu legado: consolidar nossa casa como uma das arenas mais modernas da América Latina.
O clube precisa de união neste momento, não de divisões. Peço seu voto à Chapa 2 para o Conselho, liderada pelo amigo Celso Rigo, exemplo de dedicação e preparo. Agora, faço um pedido sincero a todos os gremistas: que me permitam voltar a ser apenas um a mais um torcedor. Quero estar ao lado da minha família nas arquibancadas, como qualquer gremista, vibrando com cada vitória, sofrendo com cada derrota e vivendo a emoção que só nosso clube proporciona.
Agradeço profundamente a cada torcedor pelo carinho, apoio e força. Em cada gesto, vi a grandeza da nossa gente. Rezo para que Deus abençoe a torcida e nos mantenha unidos pelo que realmente importa: um Grêmio forte em campo e uma instituição sólida. Agora é hora de união e de apoiar também o presidente Alberto Guerra, que, assim como nós, é torcedor, tem família e trabalha de forma abnegada pelo nosso clube. E para encerrar, não esqueçamos, nosso Grêmio é Imortal. Ninguém é maior do que o Grêmio e sua torcida.
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