A notícia da compra da gestão da Arena do Grêmio foi festejada como se fosse um título pela torcida gremista. O movimento capitaneado pelo empresário e pré-candidato à presidência do clube Marcelo Marques resolve um problema que se arrastava desde o primeiro ano de operação do estádio, em 2013, e abre uma nova perspectiva para o futuro do Tricolor. Não por acaso, o clube deu ares de momento histórico ao fato. Uma entrevista coletiva com a presença de Marques e do presidente Alberto Guerra foi convocada para detalhar como será a nova gestão da Arena e os próximos passos até que o clube assuma de fato a operação do estádio e seja proprietário do imóvel, bem como outras questões.
O empresário Marcelo Marques comprou os direitos de gestão da Arena do Grêmio por R$ 50 milhões e dois terços da dívida pelo financiamento para a construção do estádio por R$ 80 milhões. Os beneficiados foram a Arena Porto Alegrense, responsável pela administração do estádio, e o fundo de investimentos Reag, ligado à empresa de gestão imobiliária Revee, respectivamente. O negócio, que totalizou R$ 130 milhões, abre caminho para que o Grêmio assuma a operação do estádio e a posse definitiva do imóvel.
A Arena é administrada pela Arena Porto-Alegrense, Sociedade de Propósito Específico montada na época da construção do estádio e ligada a OAS 26, empreiteira parceria do clube no empreendimento e responsável pelas obras do estádio. Ela é quem controla toda a operação em dias de jogos e eventos como shows, bem como fica com as receitas provenientes desses eventos. O atual contrato do Grêmio com a empresa prevê 20 anos de exploração comercial pela construtora, até 2033.
Uma transição será feita para a troca da gestão da Arena Porto-Alegrense para o Grêmio, em um processo que deve durar até dezembro de 2025. O clube passará a administrar toda a operação do estádio apenas em 2026, mas segundo os dirigentes já terá mais ingerência sobre assuntos como definição do preço dos ingressos e manutenção do gramado, entre outros, nos próximos jogos.
Nada. Marcelo Marques afirmou que os valores destinados à compra da Arena serão doados ao Grêmio, sem contrapartidas do clube. O direito de superfície (gestão) ficará de posse dele até o fim do ano, quando poderá ser transferido ao Grêmio. Como o Grêmio já tinha um terço da dívida da Arena, o financiamento para a construção do estádio, a grosso modo, está quitado.
O Grêmio será, de fato, proprietário do estádio quando ocorrer a troca de chaves com as empresas OAS e Karagounis. O clube recebe a Arena e entrega a área do antigo estádio Olímpico, no bairro da Azenha. Essa permuta estava prevista no acordo para a construção do estádio, mas não saiu do papel.
Com a troca de chaves entre as partes, a área do Olímpico deixa de ser propriedade do Grêmio e passa a ser das empresas privadas. O plano inicial previa a demolição do antigo estádio para a construção de empreendimentos imobiliários na região, em uma área central de Porto Alegre. Por enquanto, não há nenhuma projeção de quando isso deve ocorrer.
Ao assumir o controle da Arena, o Grêmio deixará de pagar R$ 20,5 milhões anuais à Arena Porto-Alegrense para que seus sócios tenham acesso livre ao estádio. Além disso, terá direito a renda da bilheteria em dias de jogos e outros eventos e poderá explorar o espaço comercialmente, ao mesmo tempo em que também passará a arcar com os custos de manutenção e operação. Mesmo assim, estima um incremento de R$ 50 milhões a R$ 100 milhões anuais em receitas.
Nossa ideia é que se pague. Um dos pedidos foi que a gente tocasse o negócio, o Grêmio também pediu. O Grêmio não vai ter nenhum ônus nesta transição, nem a OAS. Esses cinco meses de contrato para passar para o Grêmio, a ideia é fechar no zero a zero. Se der negativo, eu prometi bancar para a OAS. E se der positivo, volta o lucro para o Grêmio. Foi o acordo que fizemos para concretizar. O Grêmio não vai ter nenhum prejuízo. E se der lucro, vai ser do Grêmio.
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