Em 2000, o Grêmio anunciou a maior parceria de sua história: com a ISL, empresa suíça reconhecida como a maior de marketing esportivo no mundo. Embora cercado por entusiasmo, o acordo foi costurado em um cenário transformado pela Lei Pelé, que abriu caminho para a participação de grupos comerciais em clubes, desde que sem controle acionário. Assim, Grêmio e ISL assinaram um compromisso que parecia levar o tricolor a um novo patamar.
A formalização do contrato foi realizada com pompa. De um lado, o presidente gremista José Alberto Guerreiro, e do outro, lideranças chave da ISL: o presidente mundial Heinz Schurtenberger e o presidente do conselho Jean-Marie Weber. Além disso, a empresa suíça já mantinha operações no Flamengo, o que aumentava a expectativa de crescimento financeiro e estrutural ao Tricolor.
Com a assinatura do acordo, o controle comercial foi delegado à ISL, incluindo direitos de TV e licenciamento. Enquanto isso, o Grêmio permaneceu responsável pela gestão do futebol. Além disso, obrigações financeiras foram prometidas pela parceira estrangeira, incluindo modernização do Estádio Olímpico e construção de um centro de treinamento moderno.
Contudo, já em meados de 2001, o cenário mudou. A ISL decretou falência internacional, gerando dívidas e deixando contratos com clubes e federações sem cumprimento. Na prática, o Grêmio foi abruptamente privado de sua principal fonte de receita para manter o novo patamar que havia sido construído.
Ainda durante o colapso, suspeições de irregularidades vieram à tona. Uma apuração conduzida pelo jornal Correio do Povo, com assinatura dos jornalistas Hiltor Mombach e Carlos Correa, revelou que cheques no valor de mais de R$ 500 mil haviam sido emitidos pela ISL Brasil em nome do Grêmio. Por isso, as ligações políticas e esportivas passaram a ser questionadas, aumentando a pressão interna por explicações.
Além de comprometer o patrimônio gremista, a falência da ISL teve alcance internacional, já que denúncias de propina envolvendo nomes como Ricardo Teixeira e João Havelange vieram à tona. Assim, foi exposto um elo frágil entre o futebol e grandes corporações, situação que deixou escancarado o risco de gestões sem critérios ou transparência.
A trajetória do acordo com a ISL é considerada como uma das maiores lições de gestão esportiva do Grêmio. A lição principal é clara: parcerias podem trazer recursos, mas devem ser acompanhadas de rigor financeiro, transparência e controle rigoroso. Mais de duas décadas depois, a história ainda ressoa como aviso para futuros projetos com investidores.
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