Retaliação da Arena ao Grêmio por motivos desconhecidos agita véspera de jogo

Na véspera de um confronto decisivo pela Copa Sul-Americana, uma polêmica extracampo movimentou os bastidores do Grêmio. Na tarde de segunda-feira (12), o clube foi informado de que não teria mais acesso às cortesias tradicionalmente disponibilizadas para jogos na Arena. O comunicado gerou protestos por parte da diretoria gremista e uma nota oficial da gestora do estádio, que afirmou estar apenas cumprindo o contrato. O pano de fundo da situação é um conflito antigo.

Após adquirir, no ano passado, a dívida da Arena com o Banrisul, o Tricolor deixou de repassar mensalidades à gestora, alegando ser também credor do empreendimento. A justificativa jurídica foi aceita e gerou atritos. Agora, a Arena decidiu suspender os ingressos de cortesia previstos no contrato original, que envolvem dirigentes, comissões técnicas, familiares de atletas, torcidas organizadas e convidados.

O corte dessas cortesias, embora pareça algo pontual, atinge diretamente o ambiente interno. Jogadores e funcionários que antes contavam com a presença de familiares e convidados nas arquibancadas agora ficam sem esse apoio. O clima entre Grêmio e Arena é de absoluto desgaste. E tudo isso ocorre às vésperas de um jogo vital.

Nesta terça-feira (13), o Imortal encara o Godoy Cruz em busca da liderança do grupo na Sula, mas com previsão de público abaixo de 15 mil torcedores. Enquanto dirigentes e gestores seguem em guerra, quem paga o preço é o torcedor, que vê o ambiente do clube se deteriorar e se afasta, pouco a pouco, do estádio que deveria ser sua casa.