Cafu avança da direita para o meio e dá o passe para Palhinha, próximo à meia-lua da área. Só que a devolução de primeira do meio-campista é sem força e imprecisa, o que permite a Gustavo Quinteros desgarrar da linha de três zagueiros bolivianos e roubar a bola. Ele sequer a conduz e já a entrega ao craque Marco "El Diablo Etcheverry", ainda antes do círculo central. – E vem contra-ataque boliviano! – alerta o narrador Galvão Bueno na transmissão da TV Globo. O lance só acaba quando o goleiro Taffarel toma um frango entre as pernas inesquecível para os brasileiros. E muito mais aos bolivianos. A jogada descrita acima ocorreu aos 42 minutos do segundo tempo de Bolívia x Brasil, no dia 25 de julho de 1993, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994 (confira imagens de Quinteros no jogo no vídeo acima). Quinteros fez parte da última geração da Bolívia que esteve em uma Copa do Mundo, em 1994. A seleção boliviana encara o Uruguai nesta terça, em El Alto, pelas Eliminatórias. Na sétima posição, a equipe tenta se manter na zona de classificação para a repescagem e voltar ao Mundial depois de 32 anos. O então zagueiro Gustavo Quinteros deu início ao primeiro gol da vitória boliviana por 2 a 0 em La Paz, a primeira derrota do Brasil em 40 anos de Eliminatórias.
Aquele jogador de 28 anos virou técnico e hoje treina o Grêmio, em sua primeira experiência no país ao qual conferiu uma vírgula de tristeza há 30 anos.
– Gustavo costuma brincar que ele deu a assistência para o gol de Etcheverry, como se Marco não precisasse correr mais 60 metros e ainda driblar um defensor para fazer o gol! – discorda, aos risos, Marco Sandy, companheiro de zaga pelo lado esquerdo na partida em entrevista ao ge. – Uma bola que Gustavo rouba e dá o passe para Etcheverry correr quase 60 metros. Digo que foi uma grande ajuda de Deus, porque essa bola teria outro destino que não o gol. Taffarel teve a má defesa e pudemos viver o mais lindo do futebol – agrega Miguel Rimba, o zagueiro do lado direito.
Mas engana-se quem acha que Quinteros nasceu para ser o eficiente líbero da Bolívia que foi à Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos. Muito pelo contrário. Do ataque para a zaga O treinador gremista iniciou a carreira de jogador de futebol como centroavante no pequeno Talleres de Remedios, na província de Buenos Aires, na Argentina.
O desempenho no ano seguinte, nos Estados Unidos, ficou abaixo das expectativas. A equipe perdeu para a Alemanha (1 a 0) e Espanha (3 a 1) e empatou em 0 a 0 com a Coréia do Sul no Grupo C. Ficou na última posição.
A amizade daquele elenco, porém, vive até hoje. Quando treinou a Bolívia na Copa América de 2011, Quinteros convocou o companheiro Marco Sandy para fazer parte da comissão técnica.
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