Agora no Grêmio, Edenilson está de volta às origens. Isso porque o volante foi criado entre o bairro Humaitá e a Vila Farrapos, em Porto Alegre. Muito antes de a Arena ser construída, cresceu próximo aos campos que existiam onde o estádio foi erguido. Ali deu os primeiros chutes, onde foi até zagueiro, jogou no "time do pastel" e trabalhou como office boy antes de virar jogador profissional. O sucesso em grandes clubes do Brasil e futebol italiano tem origem, na verdade, na zona norte da capital gaúcha. Foi na Vila Farrapos que o filho do seu Batista começou a jogar futebol, com influência do irmão, Edmar. Caçula entre os quatro irmãos, os primeiros gramados em que Nil – como Edenilson era chamado entre os amigos – correu foram exatamente onde foi construída a Arena do Grêmio. Ali existiam alguns campos de futebol em que times da região norte de Porto Alegre jogavam. O Garrat foi a primeira equipe de Edenilson e de muitas outras crianças da Vila Farrapos. Para quem já jogava com ele desde o sub-13, sabe que a polivalência do volante do Grêmio não é novidade. – Nós éramos zagueiros. Na minha categoria ele jogava na zaga, na categoria dele, era meia, pela facilidade que tinha de articular, domínio de bola. Enquanto a gente tinha dificuldade para dominar uma bola nesses campos duros, ele já tinha todo jeito. Assim começou nosso futebol aqui no bairro – conta Vagner Rodrigues, amigo de infância de Edenilson.
Edenilson jogava em qualquer posição, mas também em categorias diferentes. Nascido em 1989, disputava competições com crianças mais velhas que ele. Para o adversário não era fácil. Existia na região três principais times. Além do Garrat, o Nacional e o Racing Club. O volante do Grêmio sempre se destacou pela qualidade técnica, mas também pela dedicação nos treinos, mesmo jovem. Era difícil (marcar Edenilson). Ele sempre foi bem focado, bem disciplinado, líder do time e era difícil. Ele prendia bem a bola. — Jean Marchi, amigo de infância do Edenilson
Time do pastel Um dos campeonatos disputados na época nos campos da Vila Farrapos e do Humaitá era a Copa Paquetá. Após uma partida, Edenilson e os amigos acabaram com os pastéis do bar localizado junto ao campo onde jogavam. A história virou notícia. Naquele dia, um jornal da região visitava os times que jogavam o campeonato e manchete foi o “time do pastel”. Vagner lembra até hoje da história. – O Edenilson, Edmar, eu, toda a galera, terminamos com o pastel. Aquilo virou notícia, o time do pastel, que a gente jogava por pastel. Aí começamos a brincar, que se fôssemos jogar por pastel, então vamos acabar com todos os pastéis de Porto Alegre. Teve essa resenha, uma coisa dele, que ele sabe brincar. Aí a gente brincava com ele, “se tu for artilheiro vai ganhar pastel” – lembra Vagner.
O office boy Edenilson O volante do Grêmio não chegou a passar pelas etapas das categorias de base em um clube. Enquanto ainda jogava nos campos de Porto Alegre, entre 16 e 17 anos de idade, precisou ajudar em casa e começou a trabalhar como office boy em uma empresa de oftalmologia. Mas a verdade é que Edenilson nunca gostou de buscar e levar pacotes, óculos e lentes de contato. Se dividia entre o trabalho, escola e os jogos no time da comunidade. Enquanto isso, o irmão, Edmar, ainda tentava engrenar na carreira de jogador, no Guarani de Venâncio Aires. Foi ele o responsável por abrir as portas para o, hoje, jogador do Grêmio. O Guarani-VA estava precisando de um atacante para o time júnior e Edmar indicou o irmão, que não titubeou em aceitar o convite. Logo na estreia, em 2008, deixou sua marca. – O Edenilson era centroavante na estreia do júnior. Com cinco minutos ele chegou no banco e pediu para sair, acho que pelo nervosismo da estreia, nunca tinha jogado. A gente disse que ele não ia sair, que ficaria até o final. O Edenilson fez o gol do empate aos 44 do segundo tempo e aos 48 minutos ele virou o jogo. Essa foi a estreia dele no Guarani de Venâncio – conta Alex Klafke, treinador de Edenilson na época.
Em 2011, ainda com 21 anos, foi contratado pelo Corinthians e fez parte do elenco campeão brasileiro naquela temporada. Em 2012, conquistou Libertadores e Mundial de Clubes. Depois, passou três anos na Itália (2014 a 2017), onde atuou por Genoa e Udinese. De volta ao Brasil, jogou por Inter e Atlético-MG. Agora, Edenilson vai voltar ao Beira-Rio para um Gre-Nal, mas do lado azul da cidade. Uma espécie de nostalgia para o volante, acostumado desde criança com o clássico nos campos próximos da Arena.
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