Emerson tenta revelar atletas no Sul do Brasil, mas sofre com calotes dos grandes
Emerson teve carreira vitoriosa como jogador. Passou por Grêmio, Bayer Leverkusen, Roma, Juventus, Real Madrid, Milan, Santos e seleção brasileira antes de pendurar as chuteiras e se dedicar ao Fragata, clube em que prioriza investir na formação de jovens jogadores. Só sofre com um problema: os calotes dos grandes.
"Temos 110 meninos que sustentamos e isso não é barato, porque o processo de formação é lento e dura muitos anos. Outra coisa complicada é o calote que os clubes formadores levam das equipes grandes, prometem pagar em parcelas e tudo mais. Contamos com esse dinheiro no mês para podermos manter toda essa estrutura, senão precisamos entrar na Justiça para receber, teremos gastos grandes e isso complica", disse, em entrevista à ESPN.
Um dos calotes sofridos pelo Fragata foi do Corinthians, conforme antecipado pelo ESPN.com.br na última quinta-feira. O time alvinegro ainda não pagou o R$ 1 milhão prometido por 50% dos direitos do volante Marciel, que na última quarta brilhou com um golaço contra o Fluminense, em Itaquera.
"Um clube chancelado pela Fifa como formador tem que cumprir com todas as normas que são muito caras. Temos alojamento, alimentação, pedagogas, pagamos seguros de vida aos atletas. Às vezes temos que arcar com custos como até mesmo ambulância em jogos, porque outras equipes não acham isso importante", disse Emerson, explicando porque os calotes são tão prejudiciais ao seu trabalho.
"Eu sou um dos poucos clubes empresas no Brasil, porque aqui os times não tem donos. Nós procuramos jogadores no Brasil todo, não só na região Sul. O Fragata disputa todas as categorias de base até o Sub-17, e a ideia é termos uma equipe Sub-20, mas não quero ter um time profissional. Meu intuito é apenas trabalhar com a formação de atletas mesmo. Nossa ideia é conseguir fazer toda a formação dos atletas do começo ao final", explicou o ex-volante.
Emerson tem também uma parceria com a Roma para intercâmbio de jogadores, processo enfrentado até pelo próprio Marciel. "Eu estou entusiasmado na formação porque tudo passa por isso. O custo é alto, recentemente fizemos um acordo de cinco anos e estamos tendo muitas dificuldades com os clubes europeus e estão demorando para cumprir o que prometerem para gente", relatou o ex-atleta.
O Fragata fica na cidade de Pelotas e antes era tocado pela mãe do atleta, em projeto então chamado Garotos de Ouro. Após encerrar a carreira, Emerson deu formas ao Fragata Futebol Clube e prioriza investir e dar oportunidades a jovens futuros atletas.
"Pensava em fazer um clube de formação até pela necessidade do nosso país. Eu sou muito critico quando se fala de base no Brasil, os clubes gastam muito isso, mas na maioria das vezes os jogadores não são formados nas bases. Eles passam pelo clube grande em uma idade superior aos 17 anos e acabam dizendo que são formados, para mim formação é quem inicia com 12 anos e fica até o profissional, isso é raro ", declarou Emerson.
"As grandes equipes vão nas competições de base no Brasil e existem captadores que fazem esse processo e tiram das equipes menores com uma certa idade. Ele joga a taça São Paulo, como foi no caso do Marciel, o Corinthians tem méritos, mas não formou o garoto", acrescentou.
"Eu conheci o Marciel logo no começo do projeto do Fragata. Pedi para fazer uns amistosos conta o Grêmio, que é um clube que tenho muita proximidade, falei para que não trouxessem a formação principal para termos uma disputa e ver nosso meninos em ação. Então eles mandaram uma equipe intermediária, um time de ‘B' pra ‘C' e o Marciel era o lateral esquerdo dessa equipe. Então pedi emprestado para jogar um torneio em Santa Catarina pra nos reforçar, mas não deu certo isso. Então quando ele foi dispensado, lembrou do interesse que tivemos nele e foi nos procurar lá no Fragata. Nós vimos o potencial, o colocamos como um camisa 10 e foi muito bem no Gaúcho", relembrou.
"Além do Marciel temos jogadores em outros grandes clubes do Brasil, incluindo no Grêmio. Tem um jogador que é um ano mais novo que o Marciel e apostamos também que terá um grande futuro pela frente", finalizou Emerson.
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Emerson teve carreira vitoriosa como jogador. Passou por Grêmio, Bayer Leverkusen, Roma, Juventus, Real Madrid, Milan, Santos e seleção brasileira antes de pendurar as chuteiras e se dedicar ao Fragata, clube em que prioriza investir na formação de jovens jogadores. Só sofre com um problema: os calotes dos grandes.
"Temos 110 meninos que sustentamos e isso não é barato, porque o processo de formação é lento e dura muitos anos. Outra coisa complicada é o calote que os clubes formadores levam das equipes grandes, prometem pagar em parcelas e tudo mais. Contamos com esse dinheiro no mês para podermos manter toda essa estrutura, senão precisamos entrar na Justiça para receber, teremos gastos grandes e isso complica", disse, em entrevista à ESPN.
Um dos calotes sofridos pelo Fragata foi do Corinthians, conforme antecipado pelo ESPN.com.br na última quinta-feira. O time alvinegro ainda não pagou o R$ 1 milhão prometido por 50% dos direitos do volante Marciel, que na última quarta brilhou com um golaço contra o Fluminense, em Itaquera.
"Um clube chancelado pela Fifa como formador tem que cumprir com todas as normas que são muito caras. Temos alojamento, alimentação, pedagogas, pagamos seguros de vida aos atletas. Às vezes temos que arcar com custos como até mesmo ambulância em jogos, porque outras equipes não acham isso importante", disse Emerson, explicando porque os calotes são tão prejudiciais ao seu trabalho.
"Eu sou um dos poucos clubes empresas no Brasil, porque aqui os times não tem donos. Nós procuramos jogadores no Brasil todo, não só na região Sul. O Fragata disputa todas as categorias de base até o Sub-17, e a ideia é termos uma equipe Sub-20, mas não quero ter um time profissional. Meu intuito é apenas trabalhar com a formação de atletas mesmo. Nossa ideia é conseguir fazer toda a formação dos atletas do começo ao final", explicou o ex-volante.
Emerson tem também uma parceria com a Roma para intercâmbio de jogadores, processo enfrentado até pelo próprio Marciel. "Eu estou entusiasmado na formação porque tudo passa por isso. O custo é alto, recentemente fizemos um acordo de cinco anos e estamos tendo muitas dificuldades com os clubes europeus e estão demorando para cumprir o que prometerem para gente", relatou o ex-atleta.
O Fragata fica na cidade de Pelotas e antes era tocado pela mãe do atleta, em projeto então chamado Garotos de Ouro. Após encerrar a carreira, Emerson deu formas ao Fragata Futebol Clube e prioriza investir e dar oportunidades a jovens futuros atletas.
"Pensava em fazer um clube de formação até pela necessidade do nosso país. Eu sou muito critico quando se fala de base no Brasil, os clubes gastam muito isso, mas na maioria das vezes os jogadores não são formados nas bases. Eles passam pelo clube grande em uma idade superior aos 17 anos e acabam dizendo que são formados, para mim formação é quem inicia com 12 anos e fica até o profissional, isso é raro ", declarou Emerson.
"As grandes equipes vão nas competições de base no Brasil e existem captadores que fazem esse processo e tiram das equipes menores com uma certa idade. Ele joga a taça São Paulo, como foi no caso do Marciel, o Corinthians tem méritos, mas não formou o garoto", acrescentou.
"Eu conheci o Marciel logo no começo do projeto do Fragata. Pedi para fazer uns amistosos conta o Grêmio, que é um clube que tenho muita proximidade, falei para que não trouxessem a formação principal para termos uma disputa e ver nosso meninos em ação. Então eles mandaram uma equipe intermediária, um time de ‘B' pra ‘C' e o Marciel era o lateral esquerdo dessa equipe. Então pedi emprestado para jogar um torneio em Santa Catarina pra nos reforçar, mas não deu certo isso. Então quando ele foi dispensado, lembrou do interesse que tivemos nele e foi nos procurar lá no Fragata. Nós vimos o potencial, o colocamos como um camisa 10 e foi muito bem no Gaúcho", relembrou.
"Além do Marciel temos jogadores em outros grandes clubes do Brasil, incluindo no Grêmio. Tem um jogador que é um ano mais novo que o Marciel e apostamos também que terá um grande futuro pela frente", finalizou Emerson.
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