Olha, uma vitória que só a história do Grêmio justifica. Uma vitória contra a situação menos provável de todas. Que começa em um erro de escalação, passa pelo drama de uma expulsão e tem até erro grosseiro do goleiro que o impedimento salvou. Vitória que deixa o Grêmio vivo, vivíssimo na Libertadores. O tamanho da vitória a gente mede pelo seguinte: o Estudiantes é o clube sul-americano com o maior aproveitamento na sua casa. Eles tem 80% de aproveitamento jogando em La Plata. Por óbvio, não é nada fácil fazer o que foi feito. Vitória gigantesca do Grêmio. Dito isso, o Grêmio pediu para levar. A escalação inicial é algo. Só não vou dizer que surpreende porque o Renato adora estas coisas. Ele ama pegar o protagonismo pra ele. Chamar as atenções, colocar os holofotes em cima dele. Todo mundo imaginava o Dodi como primeiro volante. Ele joga sem essa figura e, pior, aposta no Galdino como ponta direita, deixando o Gustavinho no banco. Por justiça, o Dodi não foi tão sentido. Villa e, principalmente o Pepê, fizeram dois partidaços. Principalmente o Pepê, que joga sua primeira Libertadores, mas super entendeu o espírito da competição. Pepê marcou e saiu para articular o time. Mas se é verdade que a escolha no meio foi boa, a da ponta direita não. Não existe nada que justifique colocar o Galdino em campo. Nem experiência pode ser citada. Afinal, o cara tá jogando a primeira Libertadores da sua vida. E, na bola, não tem como compará-lo com o Gustavo Nunes. E, poxa, o Galdino foi reserva toda a temporada, não era nem primeira opção no Gauchão, virou titular no jogo mais importante da Libertadores? Não, não tem como entender. Falando do que aconteceu no gramado, a real é que o Grêmio conseguiu ir controlando totalmente a situação. É verdade que não atacava muito, mas também não era atacado. Não teve aquela história de time argentino pressionando a todo momento por jogar em casa. Era uma partida basicamente controlada. Fundamental reconhecer que não foi um time desorganizado em campo. Em absoluto. Não foi mesmo. Cada um tinha sua missão e cumpria ela. Um clássico 4-2-3-1, com Villa na direita e Pepê na esquerda; Galdinho na ponta direita, Cristaldo mais centralizado e Soteldo na esquerda; na frente, JP brigando contra tudo e contra todos (por vezes até com a bola) no ataque. Neste cenário, o melhor em campo foi o Cristaldo. Por dois lances, duas finalizações, que foram as melhores chances criadas até o gol. Primeiro em um chute de fora da área e depois quase marcando, de voleio, que foi um crime a bola não ter entrado. Naquele momento, o Grêmio começava a criar coragem para não apenas controlar a situação e sim tentar matar. Foi quando o Villassanti é expulso. E não tem muito o que se queixar da expulsão do Villa. Ele já tinha amarelo e pisou no pé do cara. Dois amarelos formam um vermelho. Não tem muito como defender. Errou. E, sim, eu sei que a galera vai reclamar que o Estudiantes bateu. Sim, bateu. Sim, o Enzo Pérez poderia ter sido expulso porque deixou o cotovelo. Tudo certo. Mas o Villa também. Uma coisa não anula a outra. Só que agora vem aquela máxima: fazendo o óbvio, fica bem mais fácil de vencer. A vitória aconteceu quando Renato colocou Gustavo Nunes na ponta esquerda e Nathan Fernandes na ponta direita. O que acontece? Dos dois são protagonistas no gol. Todo mundo sabe que precisa jogar os melhores. Não sei pra que inventar. Com um a menos, o negócio foi colocar o Dodi na frente da área e apostar todas as fichas nos guris. Eles deram conta. Nathan Fernandes terá todos os méritos de começar a jogada e ir para a área fazer o gol. Jamais tirarei isso dele. Só que foi o Gustavinho quem fez o diferente. Ele é quem passa na velocidade pelo argentino. É por isso que eu digo: é tão mais fácil quando o Renato faz o óbvio! O Grêmio ganha e tem vários protagonistas. Os dois laterais jogaram muito, por exemplo. Podem não ter aparecido, mas jogaram muito. Gostei demais do Pepê. Cristaldo tem a solução individual quando precisa, de fazer o diferente e tal. Porém, não podemos esquecer que nem tudo foi maravilha. E a falha do Marquesín no gol dos caras é apavorante. Lembra que falei que o jogo teve até um erro grosseiro que o impedimento salvou? Pois é, o Marquesín não se ajuda, é impressionante. A falta de reflexo dele no gol anulado é de apavorar. Não há nenhuma confiança no goleiro. Renato tem total razão de dizer no bastidor da Arena que nenhum goleiro lhe passa segurança. Poxa vida, um cara do quilate dele não consegue pegar aquele chute? Tá errado! Não pode ter falha deste nível em um jogo destes. Bom, a vitória é gigantesca. E, talvez, tenha classificado o Grêmio para a próxima fase. Isso tem e vai ser comemorado. Só penso que não podemos esquecer destas “mais sorte que juízo” que se teve na partida. A partir destas correções, o negócio será emendar três vitórias e garantir a classificação com segurança.
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