Foto: Brigada Militar/Divulgação
Em 26 de fevereiro do ano passado, o centenário clássico Gre-Nal vivia um dos capítulos mais tristes de sua história. Um ano atrás, o maior confronto de futebol do Rio Grande do Sul era adiado por conta da violência. Às vésperas de um novo encontro entre Grêmio e Inter, neste domingo, o ge revisita o episódio para mostrar o que mudou de lá para cá e se alguém foi punido.
Na ocasião, a delegação do Grêmio se deslocava para o Beira-Rio para enfrentar o rival pela 9ª rodada do Gauchão. Na chegada ao estádio, torcedores do Inter arremessaram pedras em direção ao veículo. Uma delas feriu o volante Villasanti com mais gravidade.
O paraguaio sofreu traumatismo craniano e precisou ser encaminhado a um hospital, onde passou a noite e recebeu alta no dia seguinte. Após polêmicas, reclamações e indefinições naquela tarde de sábado, o Gre-Nal 435 foi adiado e reagendado para 11 dias depois no Beira-Rio.
Fora de campo, um dia após o clássico efetivamente disputado, com vitória do Inter, a polícia prendeu preventivamente o homem considerado responsável por atirar a pedra que atingiu Villasanti. O jovem, então com 20 anos, foi detido em Tramandaí, no Litoral Norte gaúcho.
Passados quatro dias, porém, o indivíduo conseguiu habeas corpus e foi solto. Mesmo em liberdade, ele foi indiciado por tentativa de homicídio com dolo eventual, pois a polícia entendeu que, ao arremessar uma pedra de três quilos, ele assumiu o risco de matar.
Sem julgamento até agora
Em março do mesmo ano, o Inter foi julgado e punido com pagamento de multa de R$ 100 mil na Justiça Desportiva. Na esfera criminal, o caso se arrasta até agora. Inicialmente, a audiência para a oitiva das testemunhas foi marcada para agosto do ano passado, mas acabou transferida para dezembro.
Segundo Maiquel Veiga, advogado de defesa, ele esteve na audiência com o acusado, mas ninguém compareceu. Conforme o advogado, por conta do período coincidir com as férias dos jogadores. Uma nova audiência foi marcada para julho deste ano, através de videoconferência.
Na época da prisão preventiva, o indivíduo havia sido proibido de se aproximar a menos de três quilômetros dos estádios de futebol e a menos de 500 metros de qualquer atleta de futebol, dirigentes e qualquer membro que seja do conhecimento do público futebolístico.
Em contato com a reportagem, o advogado ressaltou que conseguiu reverter todas as medidas contra seu cliente. Além disso, revelou que o torcedor, que não mora em Porto Alegre, não tem viajado à capital ou qualquer outro lugar para assistir aos jogos do Inter.
Semanas depois do fato, Villasanti falou pela primeira vez sobre o assunto, que descreveu como um "susto muito grande". Quando o volante retornou aos treinamentos no Grêmio, tinha visíveis marcas no rosto, e as cicatrizes permanecem até hoje.
Mais tarde, em uma entrevista à RBS TV para a série de reportagens "Campo Minado", o paraguaio chamou a violência no futebol brasileiro como "normal".
– O que eu percebo é que só aqui (no Brasil) já é normal (a violência). Atirar pedra no ônibus passou a ser normal, ir agredir jogadores no aeroporto é normal. Isso não pode acontecer – desabafou.
Policiamento foi reforçado
No lado do Grêmio, a principal mudança foi na percepção de que as medidas de seguranças foram reforçadas após o ocorrido. Na partida remarcada no Beira-Rio, havia um clima de apreensão por um possível novo caso, embora, racionalmente, se entendesse como difícil de ser repetido.
De fato, o aparato de segurança aumentou significativamente para o Gre-Nal seguinte. Até mesmo helicóptero e drones foram usados para acompanhar a movimentação das torcidas. Ainda em 2022, as duas equipes se enfrentaram outras duas vezes, pelas semifinais do Gauchão.
A Brigada Militar reconhece que o Gre-Nal adiado refletiu fortemente no trabalho da polícia e o reforço no policiamento virou uma tendência para os clássicos posteriores. A reportagem entrou em contato com o Comando de Policiamento da Capital (CPC) para questionar o que mudou nas atividades de segurança em jogos de futebol de um ano para cá.
A resposta veio por meio de nota à imprensa, onde é afirmado, essencialmente, o reforço na segurança do próximo Gre-Nal, que será disputado neste domingo, dia 5, na Arena. A pedrada no ônibus do Grêmio no ano passado é tratada como um caso isolado.
Nesta semana, estavam previstas reuniões com entidades para alinhar as questões de segurança para o próximo clássico, conforme explica o comunicado (leia a nota na íntegra abaixo). O confronto entre Grêmio e Inter ocorre às 20h deste domingo, na Arena, pela primeira fase do Campeonato Gaúcho.
Confira a nota da Brigada Militar:
O Comando de Policiamento da Capital informa que o clássico Gre-Nal agendado para o dia 05/03 às 20 horas contará com reforço no policiamento, com utilização de drones para monitoramento, policiamento aéreo e de choque além da cavalaria para controle de distúrbios, bem como a escolta por todo o trajeto das agremiações e torcedores até a arena do Grêmio, incluindo o policiamento no entorno do estádio.
As estações do Trensurb estarão com policiamento a pé e motorizado, com utilização de motocicletas, garantindo assim a segurança dos usuários.
Haverá no decorrer da próxima semana uma reunião com todos os órgãos e entidades envolvidas no clássico para alinhamento de esforços.
Lembrando que episódios como ocorrido em 26 de fevereiro de 2022 foram fatos isolados e não se repetiram nos clássicos posteriores.
Cabe destacar que, mesmo com o reforço da segurança no maior clássico gaúcho, contamos com a civilidade dos torcedores. Mas se houver qualquer situação atípica a Brigada Militar estará pronta para atuar.
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Na ocasião, a delegação do Grêmio se deslocava para o Beira-Rio para enfrentar o rival pela 9ª rodada do Gauchão. Na chegada ao estádio, torcedores do Inter arremessaram pedras em direção ao veículo. Uma delas feriu o volante Villasanti com mais gravidade.
O paraguaio sofreu traumatismo craniano e precisou ser encaminhado a um hospital, onde passou a noite e recebeu alta no dia seguinte. Após polêmicas, reclamações e indefinições naquela tarde de sábado, o Gre-Nal 435 foi adiado e reagendado para 11 dias depois no Beira-Rio.
Fora de campo, um dia após o clássico efetivamente disputado, com vitória do Inter, a polícia prendeu preventivamente o homem considerado responsável por atirar a pedra que atingiu Villasanti. O jovem, então com 20 anos, foi detido em Tramandaí, no Litoral Norte gaúcho.
Passados quatro dias, porém, o indivíduo conseguiu habeas corpus e foi solto. Mesmo em liberdade, ele foi indiciado por tentativa de homicídio com dolo eventual, pois a polícia entendeu que, ao arremessar uma pedra de três quilos, ele assumiu o risco de matar.
Sem julgamento até agora
Em março do mesmo ano, o Inter foi julgado e punido com pagamento de multa de R$ 100 mil na Justiça Desportiva. Na esfera criminal, o caso se arrasta até agora. Inicialmente, a audiência para a oitiva das testemunhas foi marcada para agosto do ano passado, mas acabou transferida para dezembro.
Segundo Maiquel Veiga, advogado de defesa, ele esteve na audiência com o acusado, mas ninguém compareceu. Conforme o advogado, por conta do período coincidir com as férias dos jogadores. Uma nova audiência foi marcada para julho deste ano, através de videoconferência.
Na época da prisão preventiva, o indivíduo havia sido proibido de se aproximar a menos de três quilômetros dos estádios de futebol e a menos de 500 metros de qualquer atleta de futebol, dirigentes e qualquer membro que seja do conhecimento do público futebolístico.
Em contato com a reportagem, o advogado ressaltou que conseguiu reverter todas as medidas contra seu cliente. Além disso, revelou que o torcedor, que não mora em Porto Alegre, não tem viajado à capital ou qualquer outro lugar para assistir aos jogos do Inter.
Semanas depois do fato, Villasanti falou pela primeira vez sobre o assunto, que descreveu como um "susto muito grande". Quando o volante retornou aos treinamentos no Grêmio, tinha visíveis marcas no rosto, e as cicatrizes permanecem até hoje.
Mais tarde, em uma entrevista à RBS TV para a série de reportagens "Campo Minado", o paraguaio chamou a violência no futebol brasileiro como "normal".
– O que eu percebo é que só aqui (no Brasil) já é normal (a violência). Atirar pedra no ônibus passou a ser normal, ir agredir jogadores no aeroporto é normal. Isso não pode acontecer – desabafou.
Policiamento foi reforçado
No lado do Grêmio, a principal mudança foi na percepção de que as medidas de seguranças foram reforçadas após o ocorrido. Na partida remarcada no Beira-Rio, havia um clima de apreensão por um possível novo caso, embora, racionalmente, se entendesse como difícil de ser repetido.
De fato, o aparato de segurança aumentou significativamente para o Gre-Nal seguinte. Até mesmo helicóptero e drones foram usados para acompanhar a movimentação das torcidas. Ainda em 2022, as duas equipes se enfrentaram outras duas vezes, pelas semifinais do Gauchão.
A Brigada Militar reconhece que o Gre-Nal adiado refletiu fortemente no trabalho da polícia e o reforço no policiamento virou uma tendência para os clássicos posteriores. A reportagem entrou em contato com o Comando de Policiamento da Capital (CPC) para questionar o que mudou nas atividades de segurança em jogos de futebol de um ano para cá.
A resposta veio por meio de nota à imprensa, onde é afirmado, essencialmente, o reforço na segurança do próximo Gre-Nal, que será disputado neste domingo, dia 5, na Arena. A pedrada no ônibus do Grêmio no ano passado é tratada como um caso isolado.
Nesta semana, estavam previstas reuniões com entidades para alinhar as questões de segurança para o próximo clássico, conforme explica o comunicado (leia a nota na íntegra abaixo). O confronto entre Grêmio e Inter ocorre às 20h deste domingo, na Arena, pela primeira fase do Campeonato Gaúcho.
Confira a nota da Brigada Militar:
O Comando de Policiamento da Capital informa que o clássico Gre-Nal agendado para o dia 05/03 às 20 horas contará com reforço no policiamento, com utilização de drones para monitoramento, policiamento aéreo e de choque além da cavalaria para controle de distúrbios, bem como a escolta por todo o trajeto das agremiações e torcedores até a arena do Grêmio, incluindo o policiamento no entorno do estádio.
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