Maior investimento do Grêmio e camisa 7, Campaz não deslancha e vive incerteza em fim do ano

Com o peso de ser o investimento mais alto da história do Grêmio, Campaz ainda não conseguiu deslanchar no clube. No último domingo, o meia sofreu uma lesão muscular na coxa direita, pode nem voltar nessa temporada e não consegue ser a solução que se esperava após um ano em Porto Alegre.

Anunciado em 24 de agosto do ano passado, o jogador chegou na capital gaúcha como a grande joia do futebol colombiano. O Tolima fez jogo duro, mas o Tricolor insistiu na contratação e desembolsou US$ 4 milhões (R$ 21 milhões na cotação da época), para ter o meia. O mais caro do clube e com contrato até dezembro de 2025.



O alto investimento pelo jogador e a responsabilidade de herdar a lendária camisa 7 do Grêmio elevaram o nível de exigência e expectativa em cima de Campaz. Porém, até então não conseguiu convencer e, dificilmente conseguirá melhorar sua imagem diante do torcedor neste ano.

O meia precisará de cerca de 30 dias para voltar a treinar com o grupo. Levando em conta este prazo, em 13 de outubro serão quatro rodadas para o fim da Série B e o Campaz ainda terá que se readaptar aos treinos, pegar ritmo de jogo e buscar espaço na reta final da competição.

Campaz se machuca sozinho e é substituído

Um exemplo do desprestígio por parte da torcida gremista é que na vitória sobre o Vasco o meio-campista recebeu algumas vaias enquanto deixava o gramado carregado pelos médicos do clube (veja acima). Foi um dos poucos momentos que isso aconteceu no último domingo.

Campaz chegou junto a Villasanti e Borja, na metade de 2021, com a esperança de tirar o Grêmio da zona de rebaixamento. O final já sabemos, nada nem ninguém foi capaz de impedir o pior cenário.

Nesta temporada, o jogador foi mantido no elenco para ajudar o Tricolor na campanha do acesso de volta à Série A. Campaz foi utilizado em diversos espaços diferentes do campo. Com Vagner Mancini, começou como titular na função de armador e, logo na primeira partida, marcou um golaço de falta.

Quando Roger Machado assumiu o comando técnico, encaixou o time com Campaz aberto pela direita. O treinador classificava o atleta como “meia-ponta”. Foi assim que o técnico encontrou a equipe ideal a partir da reta final do Gauchão.

O ataque do Grêmio tinha Campaz pela direita, mas com liberdade para flutuar no meio e do outro lado tinha Elias. Como centroavante, Diego Souza.

No primeiro turno da Série B a equipe passou por um momento de irregularidade, enquanto Roger buscava a formação ideal. Durante este processo, o colombiano perdeu espaço para Biel. Depois voltou a conquistar sua vaga no time, mas desta vez centralizado como o articulador.



Porém, Campaz nunca conseguiu se firmar a ponto de ser uma unanimidade. Por exemplo, nunca teve prestígio da torcida ou foi tido como solução definitiva. Tanto é verdade que durante a janela de transferências, um dos alvos no mercado foi um meia. Roger chegou a falar que as opções do elenco para a posição tinha características de carregar a bola e não articular.

Considerando que o clube gaúcho passará por um processo eleitoral e muita coisa pode mudar para o próximo ano, existe a chance do jogador entrar na lista de "negociáveis" na próxima janela de transferência.

Caso permaneça pelos próximos anos no Grêmio, Campaz ainda terá, por contrato, mais três temporadas para confirmar o status de promessa colombiana.

Se desencantar, é a oportunidade do jogador evitar ser um prejuízo para o clube e render frutos no futuro, mesmo que atualmente a perspectiva seja outra. No momento, Campaz não aconteceu e ainda procura os melhores momentos no Tricolor.

O Grêmio é o terceiro colocado da Série B, com 50 pontos, mas como o Bahia perdeu para o Sport nesta segunda-feira, o Tricolor pode superar os baianos se vencer o Novorizontino na sexta-feira.


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