Julho foi diferente no Grêmio. O grupo de jogadores passou a receber os direitos de imagem, que compõem os vencimentos mensais, em nova data. A mudança acontece como reflexo da situação financeira do clube, que perdeu receitas com o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro e tenta alinhar o fluxo de caixa para não atrasar pagamentos.
Até o final do ano, a diretoria deve tomar empréstimo para completar o caixa. Pela legislação, os direitos de imagem podem corresponder a no máximo 40% dos vencimentos dos jogadores.
Antes, os jogadores gremistas recebiam salários e direitos de imagem no dia 20 de cada mês. A partir de julho, os salários são quitados na mesma data e a imagem é depositada no dia 30. Tudo para alinhar receitas com as despesas. A folha salarial do Grêmio é estimada em R$ 10,5 milhões, a maior da Série B. No início do ano, a diretoria chegou a estabelecer meta de redução dos salários para até R$ 7,5 milhões. Em maio, o clube reconheceu que não conseguiria fazer a reformulação total.
De acordo com o Grêmio, os vencimentos de todo o primeiro semestre —somando salários e direitos de imagem— foram pagos em dia. E com o novo calendário de quitação, as contas também vão continuar sem atraso. A diferença vai estar na origem do dinheiro. "No primeiro semestre, gerimos o clube com recursos próprios, considerando o lastro que construímos ao longo dos últimos anos, contudo, no segundo semestre será necessário captar recursos no mercado financeiro", diz Carlos Amodeo, CEO do Grêmio.
O UOL Esporte mostrou que o Grêmio terá uma queda estimada de R$ 200 milhões em receitas, na comparação com o orçamento do ano passado e os planos financeiros para 2022. O rebaixamento reduziu recebíveis de cota da TV, mas as negociações de 2021 também foram bem acima do estimado para a atual temporada. "Isto é inevitável, levando em conta a queda abrupta de arrecadação de 2021 para 2022, na ordem de aproximadamente R$ 200 milhões", frisou Amodeo. O clube obteve superávit nas contas nos últimos seis anos, por conta de transferências de jogadores, cotas de direitos de transmissão e premiações dos campeonatos.
De acordo com balanço divulgado pelo Grêmio, o clube arrecadou R$ 47 milhões em transferências no primeiro trimestre de 2022. No mesmo período, foram R$ 44 milhões em remuneração e cessão de imagem no futebol. Além de R$ 3,6 milhões citados como gratificações, prêmios, indenizações e luvas. O Grêmio ainda busca possíveis negócios envolvendo jovens do elenco. As transferências podem ajudar o clube a manter as contas em dia e atingir o planejado para a temporada. Reservas com altos salários também podem deixar o grupo —Martín Benítez, agora no América-MG, abriu a lista de saídas.
O valor a ser buscado pelo Grêmio em empréstimos ainda não foi revelado. A estimativa gremista é que a ajuda de bancos seja necessária a partir das contas de setembro. Atualmente, o Grêmio é quarto colocado na Série B do Brasileirão com 37 pontos. O time volta a campo diante do Guarani, em Campinas, na sexta-feira (5).
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Até o final do ano, a diretoria deve tomar empréstimo para completar o caixa. Pela legislação, os direitos de imagem podem corresponder a no máximo 40% dos vencimentos dos jogadores.
Antes, os jogadores gremistas recebiam salários e direitos de imagem no dia 20 de cada mês. A partir de julho, os salários são quitados na mesma data e a imagem é depositada no dia 30. Tudo para alinhar receitas com as despesas. A folha salarial do Grêmio é estimada em R$ 10,5 milhões, a maior da Série B. No início do ano, a diretoria chegou a estabelecer meta de redução dos salários para até R$ 7,5 milhões. Em maio, o clube reconheceu que não conseguiria fazer a reformulação total.
De acordo com o Grêmio, os vencimentos de todo o primeiro semestre —somando salários e direitos de imagem— foram pagos em dia. E com o novo calendário de quitação, as contas também vão continuar sem atraso. A diferença vai estar na origem do dinheiro. "No primeiro semestre, gerimos o clube com recursos próprios, considerando o lastro que construímos ao longo dos últimos anos, contudo, no segundo semestre será necessário captar recursos no mercado financeiro", diz Carlos Amodeo, CEO do Grêmio.
O UOL Esporte mostrou que o Grêmio terá uma queda estimada de R$ 200 milhões em receitas, na comparação com o orçamento do ano passado e os planos financeiros para 2022. O rebaixamento reduziu recebíveis de cota da TV, mas as negociações de 2021 também foram bem acima do estimado para a atual temporada. "Isto é inevitável, levando em conta a queda abrupta de arrecadação de 2021 para 2022, na ordem de aproximadamente R$ 200 milhões", frisou Amodeo. O clube obteve superávit nas contas nos últimos seis anos, por conta de transferências de jogadores, cotas de direitos de transmissão e premiações dos campeonatos.
De acordo com balanço divulgado pelo Grêmio, o clube arrecadou R$ 47 milhões em transferências no primeiro trimestre de 2022. No mesmo período, foram R$ 44 milhões em remuneração e cessão de imagem no futebol. Além de R$ 3,6 milhões citados como gratificações, prêmios, indenizações e luvas. O Grêmio ainda busca possíveis negócios envolvendo jovens do elenco. As transferências podem ajudar o clube a manter as contas em dia e atingir o planejado para a temporada. Reservas com altos salários também podem deixar o grupo —Martín Benítez, agora no América-MG, abriu a lista de saídas.
O valor a ser buscado pelo Grêmio em empréstimos ainda não foi revelado. A estimativa gremista é que a ajuda de bancos seja necessária a partir das contas de setembro. Atualmente, o Grêmio é quarto colocado na Série B do Brasileirão com 37 pontos. O time volta a campo diante do Guarani, em Campinas, na sexta-feira (5).
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