Roger Machado, técnico do Grêmio, trabalha para o lançamento de jovens no time
Imagem: Lucas Uebel/Gremio FBPA
Não é fácil lançar jovens em grandes clubes de futebol. O processo natural de jogadores mais novos sempre tem oscilações e fatores além do campo que influenciam no futuro das carreiras. Não são poucos que pintam como grandes talentos, mas acabam se perdendo com o passar do tempo.
E é exatamente isso que Roger Machado tenta evitar no Grêmio. O treinador deu uma longa resposta sobre o rendimento dos atletas egressos da base após a vitória de sua equipe por 2 a 0 sobre o Sampaio Corrêa, no sábado, pela Série B. Questionado sobre Bitello, ele iniciou falando sobre o momento do meio-campista, e acabou usando o exemplo de sua carreira para explicar como é amplo o lançamento de jogadores.
"Ele [Bitello] já não vinha bem quando jogávamos com quatro zagueiros. Deu uma queda antes de mudarmos para três zagueiros. Não estava no mesmo nível. E isso é perfeitamente natural. Se passa de expectativa, depois tem que confirmar tudo que você provou, e esse momento é muito difícil", disse Roger. Em seguida, o treinador filosofou sobre o lançamento de atletas e argumentou sobre suas ações nos bastidores do clube gaúcho.
"Eu costumo dizer que no futebol e na vida, tudo se resuma a duas coisas: a vaidade e as consequências ela", iniciou o técnico. "Todo o jogador de futebol vai se deslumbrar em algum momento. Todos. A diferença vai ser quanto tempo você vai ficar deslumbrado. Dias, meses, anos, e alguns até hoje, a carreira toda", acrescentou. Roger, então, usou o exemplo do seu início de carreira para citar como a experiência e o treinador podem ajudar na formação dos atletas.
Eu me recordo quando fui para a seleção pela primeira vez. Voltei pensando que eu era o melhor lateral do mundo. Até o Felipão pegar uma bola no treino, e alguns achavam que essa contundência na abordagem dele era errada... Eu queria sair driblando todo mundo. Uma vez, duas vezes, na terceira ele pegou uma bola e me disse: essa é para ti. Agora tu deixa essa aqui para os outros, vamos dividir um pouquinho", contou.
"Não é deslumbramento de vaidade como negativo. É que todos nós vamos nos deslumbrar com o momento que vivemos. E a sorte é que temos alguém para nos puxar para a terra. Essa é minha responsabilidade. Ele [Bitello] sabia disso. Sabia que iria acontecer", acrescentou. O técnico gremista ainda explicou que mudanças de contrato pesam no deslumbramento dos atletas e voltou a se colocar como exemplo.
"Acontece que mexe no contrato, vemos mais dinheiro... Me lembro como se fosse hoje quando recebi meu primeiro salário. Foi de R$ 4 mil, há 30 anos. Minha irmã, que hoje é minha administradora, estava na minha frente quando eu recebi. Eu ganhava R$ 300 antes, me passaram para R$ 4 mil. Eu lembro que gritei tão alto dentro da minha cabeça que ela deve ter até conseguido ouvir: estou rico! Era o que eu pensava.
O que eu vou fazer com R$ 4 mil por mês. Jantar fora para mim era comer xis [lanche tradicional no Rio Grande do Sul], andava de ônibus... Ela pegou o contracheque da minha mão e disse: tu vais ficar com mil, olha que legal, estou te dando três vezes mais. O resto eu vou guardar, porque não se sabe como vai ser a tua carreira, qual nível tu vai jogar, se vai ter alguma lesão. E foi a melhor coisa que ela fez", contou.
Por fim, Roger ainda explicou que o nervosismo da torcida e a expectativa por jogadores mais jovens também está dentro do processo de formação e que é natural reagir ao que vem de fora. Por isso, o técnico 'segura' alguns atletas eventualmente e 'esconde' para que todos os passos dados na conclusão da formação deles sejam firmes.
O Grêmio volta a campo na quinta-feira para encarar o CSA pela Série B. O time gaúcho ocupa o quarto lugar na classificação e está presente no grupo que estaria garantindo vaga na Série A do ano que vem.
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Imagem: Lucas Uebel/Gremio FBPA
Não é fácil lançar jovens em grandes clubes de futebol. O processo natural de jogadores mais novos sempre tem oscilações e fatores além do campo que influenciam no futuro das carreiras. Não são poucos que pintam como grandes talentos, mas acabam se perdendo com o passar do tempo.
E é exatamente isso que Roger Machado tenta evitar no Grêmio. O treinador deu uma longa resposta sobre o rendimento dos atletas egressos da base após a vitória de sua equipe por 2 a 0 sobre o Sampaio Corrêa, no sábado, pela Série B. Questionado sobre Bitello, ele iniciou falando sobre o momento do meio-campista, e acabou usando o exemplo de sua carreira para explicar como é amplo o lançamento de jogadores.
"Ele [Bitello] já não vinha bem quando jogávamos com quatro zagueiros. Deu uma queda antes de mudarmos para três zagueiros. Não estava no mesmo nível. E isso é perfeitamente natural. Se passa de expectativa, depois tem que confirmar tudo que você provou, e esse momento é muito difícil", disse Roger. Em seguida, o treinador filosofou sobre o lançamento de atletas e argumentou sobre suas ações nos bastidores do clube gaúcho.
"Eu costumo dizer que no futebol e na vida, tudo se resuma a duas coisas: a vaidade e as consequências ela", iniciou o técnico. "Todo o jogador de futebol vai se deslumbrar em algum momento. Todos. A diferença vai ser quanto tempo você vai ficar deslumbrado. Dias, meses, anos, e alguns até hoje, a carreira toda", acrescentou. Roger, então, usou o exemplo do seu início de carreira para citar como a experiência e o treinador podem ajudar na formação dos atletas.
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"Não é deslumbramento de vaidade como negativo. É que todos nós vamos nos deslumbrar com o momento que vivemos. E a sorte é que temos alguém para nos puxar para a terra. Essa é minha responsabilidade. Ele [Bitello] sabia disso. Sabia que iria acontecer", acrescentou. O técnico gremista ainda explicou que mudanças de contrato pesam no deslumbramento dos atletas e voltou a se colocar como exemplo.
"Acontece que mexe no contrato, vemos mais dinheiro... Me lembro como se fosse hoje quando recebi meu primeiro salário. Foi de R$ 4 mil, há 30 anos. Minha irmã, que hoje é minha administradora, estava na minha frente quando eu recebi. Eu ganhava R$ 300 antes, me passaram para R$ 4 mil. Eu lembro que gritei tão alto dentro da minha cabeça que ela deve ter até conseguido ouvir: estou rico! Era o que eu pensava.
O que eu vou fazer com R$ 4 mil por mês. Jantar fora para mim era comer xis [lanche tradicional no Rio Grande do Sul], andava de ônibus... Ela pegou o contracheque da minha mão e disse: tu vais ficar com mil, olha que legal, estou te dando três vezes mais. O resto eu vou guardar, porque não se sabe como vai ser a tua carreira, qual nível tu vai jogar, se vai ter alguma lesão. E foi a melhor coisa que ela fez", contou.
Por fim, Roger ainda explicou que o nervosismo da torcida e a expectativa por jogadores mais jovens também está dentro do processo de formação e que é natural reagir ao que vem de fora. Por isso, o técnico 'segura' alguns atletas eventualmente e 'esconde' para que todos os passos dados na conclusão da formação deles sejam firmes.
O Grêmio volta a campo na quinta-feira para encarar o CSA pela Série B. O time gaúcho ocupa o quarto lugar na classificação e está presente no grupo que estaria garantindo vaga na Série A do ano que vem.
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