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Veja como estão os quatro volantes formados no Grêmio que jogam na Itália

Lucas Leiva, Walace, Arthur e Matheus Henrique vivem momentos diferentes no futebol europeu


Fonte: Gaúcha ZH

Veja como estão os quatro volantes formados no Grêmio que jogam na Itália
Divulgação / Lazio / Lazio
Ganhar a vida chutando uma bola entre italianos não é das missões mais simples. Renato Portaluppi que o diga. Na Itália, ficou célebre uma matéria em que diz que o ídolo gremista fez mais estragos nas mulheres do país do que nas defesas adversárias.



Sua atuação na temporada 1988/89 pela Roma é o que se chama de bidone (lata de lixo) na Velha Bota. Após dias vitoriosos no Flamengo, Renato chegou à Cidade Eterna acompanhado do volante Andrade. O meio-campista também não recebeu elogios por suas atuações. Foi considerado lento para os padrões italianos da época.


Era um período em que a concorrência à frente da defesa era pesada. Os italianos produziram nos anos 1980 nomes como Carlo Ancelotti, Marco Tardelli, Demtrio Albertini e Fernando De Napoli, fora importações da Europa e da América do Sul.


Na atualidade, o Grêmio é um dos principais exportadores de volantes para o Calcio. São quatro jogadores da posição formados nas categorias de base do clube gaúcho e que estão na terra da pizza.


De uma geração mais antiga, Lucas Leiva defende a Lazio. Das fornadas mais contemporâneas, a primeira exportação foi Walace, hoje na Udinese, Arthur está na Juventus. A mais recente aquisição foi feita pelo Sassuolo, que na metade do ano passado comprou Matheus Henrique.


Os quatro vivem situações diferentes na Itália. Alguns tem o futuro incerto, outro é titular absoluto, enquanto ainda há quem busque afirmação. A seguir confira como está a situação de cada um deles.


Lucas Leiva - Lazio

Revelado pelo Grêmio na metade dos anos 2000, Lucas Leiva construiu uma carreira sólida na Europa. Em 2007, deixou o clube gaúcho para defender o Liverpool. Depois de uma década na cidade dos Beatles, chegou à Lazio.


Seu impacto na equipe foi imediato. Logo virou titular e ídolo da torcida. Mesmo que o clube não viva os seus melhores momentos, participou de campanhas importantes, conquistando uma Copa Itália e duas Supercopas da Itália. Aos 35 anos, porém, não vive a melhor de suas temporadas.


Com a chegada do técnico Maurizio Sarri na metade do ano passado, Lucas perdeu espaço para Danilo Cataldi, seu reserva não faz muito tempo. O meio-campista não atua como titular desde outubro, na partida contra o Verona. A partir de então, começou jogando somente partidas da Liga Europa, quando o treinador poupa alguns de seus titulares.


Mas mais certo que a Lazio não será campeã italiana é que durante a partida Sarri vai tirar Cataldi para o ingresso de Lucas, uma substituição feita todas as vezes em que o brasileiro ficou no banco de reservas. Desde setembro, ele não atua os 90 minutos de um jogo.


"Os torcedores gostam muito do Lucas. Acham ele um grande profissional e um ótimo jogador. Mas nos últimos meses, Sarri o deixou no banco de reservas. Não sei se ele seguirá na Lazio", analisa Marco Calabresi, jornalista do jornal Corriere della Sera.


O vínculo de Lucas com a Lazio termina no fim da temporada. Ainda não está claro se ele seguirá no clube para mais um ano com a camisa biancoceleste, vestida por ele 178 vezes. Em um passado recente, ele deixou claro o seu desejo de voltar a atuar pelo Grêmio.


Arthur - Juventus


Nem não é tão ruim quanto se imagina nem tão bom quanto se projetou. Essa é a situação de Arthur na Juventus. O campeão da América em 2017 ainda não atingiu na Europa o nível que se imaginava, mas começa a ganhar espaço outra vez no elenco da Juve.


O jogador está em sua segunda temporada em Turim. Na primeira, sob o comando de Andrea Pirlo, foi titular nas primeiras partidas. A intenção era transformá-lo à imagem e semelhança do seu treinador nos tempos em que calçava chuteira. Os resultados da equipe e as características de Arthur o deixaram em pouco tempo como segunda opção.


"Ele é um jogador particular e tem características do futebol espanhol. O jogo dele é muito curto e ele está ligado ao Barcelona. Ele ainda toca muito na bola enquanto em certas ocasiões pode acelerar. Estamos trabalhando nisso", comentou o treinador à época, citando passagem do ex-gremista pelo Barcelona, também sem brilho.


Calhou que Arthur fosse comandado por um jogador que dominou a posição como poucos, o que dava a Pirlo estofo para críticas públicas, como a feita após o ex-gremista errar o passe que gerou o gol da derrota para o Benevento por 1 a 0, em casa. A partir daquele jogo, as oportunidades minguaram.


Na virada de uma temporada para outra, Arthur passou por uma cirurgia no joelho, o que fez com que perdesse o início de trabalho do técnico Maximiliano Allegri. Aos poucos, começou a ter oportunidades. Nos últimos jogos de 2021, foi escalado como titular. No período de recesso contraiu covid e ficou de fora de uma partida.


"O Arthur chegou com grandes expectativas, mas elas ainda não foram confirmadas. Ele vem sendo usado com mais constância nas últimas partidas e jogado com serenidade e qualidade. Os torcedores têm carinho por ele e acreditam que ele possa se tornar um jogador de ponta porque tem uma qualidade superior comprada a de outros jogadores do setor", comenta Simone Dinoi, setorista da Juventus do portal TuttoMercattoWeb.


A utilização de Arthur nas últimas rodadas esfriou a possibilidade de sua saída, embora haja interesse do Arsenal. Até dezembro, imaginava-se que ele seria emprestado para outra equipe. A tendência é de que siga em Turim para se firmar e buscar um lugar no elenco de Tite para a Copa do Mundo do Catar.


Matheus Henrique - Sassuolo


As primeiras semanas na Emilia-Romagna pareciam que seriam uma continuação de seus últimos meses no Grêmio. De substituto de Arthur, Matheus Henrique se transformou em um jogador criticado pela torcida tricolor, o que não o impediu de disputar os Jogos Olímpicos em 2021 e que o Sassuolo desembolasse 12 milhões de euros (R$ 74 milhões na cotação da época) para contratá-lo.


O jogador se apresentou ao técnico Alessio Dionisi após conquistar o ouro olímpico em Tóquio. O período em terras nipônicas o fez perder a pré-temporada da equipe neroverde. Para os padrões do clube, a arrancada no Campeonato Italiano foi satisfatória e uma base de time foi estruturada. A combinação deixou o meio-campista em segundo plano.


A estreia ocorreu somente na nona rodada do torneio — desde então foi utilizado sempre que teve condições de jogo. Foram cinco partidas seguidas entrando nos minutos finais até que um jogo mudou o seu status. Contra o Milan, Matheus Henrique foi titular pela primeira vez. A vitória por 3 a 1 no San Siro teve assistência dele em um dos gols.


A atuação rendeu elogios na imprensa por todo o país. Fanáticos pela cotação dos jogadores, os torcedores viram os sites e jornais do país distribuírem notas entre 7 e 7,5 para Matheus Henrique. "Muita classe e substância no meio. Dominou o setor e propiciou o gol de Berardi. Uma surpresa só para quem não conhecia o seu potencial. Aplausos", descreveu a avaliação do site Eurosport.


"Seguramente já vimos o potencial dele e que ele pode se tornar um jogador importante. É um jogador que não perde a bola e ajuda a reconquistá-la. Ele precisou de algum tempo para se ambientar e para entender o que o treinador queria dele. Agora está integrado e pode ser um jogador importante para o Sassuolo", avalia Antonio Parrotto, que faz a cobertura do clube para o site Tuttomercatoweb.


Desde a virada de ano, o jogador ainda não jogou devido a uma lesão.



Walace - Udinese


Os elogios ao controle de bola de Matheus Henrique contrastam com as poucas críticas recebidas por Walace. Por vezes, as reclamações são de que o jogador prende a bola por muito tempo, perdendo-a em zonas perigosas do campo — na goleada por 6 2 sofrida para a Atalanta, perdeu a posse 19 vezes em 91 ações com a bola. Nada que abale sua condição de titular na Udinese.


Dos quatro, é o único que é titular absoluto, o que talvez não seja uma vantagem. Os melhores dias da Udinese estão ficando distantes. Mais uma vez o clube que tem Zico e Amoroso como ídolos está na parte de baixo da tabela do Campeonato Italiano. Desde 2013, o clube da região de Friuili não fica entre os 10 primeiros do torneio.


Nesta temporada, o clube está na 14ª colocação, a sete pontos da zona de rebaixamento. A campanha passa ao largo das atuações de Walace, titular em 17 das 19 partidas disputadas na Série A até aqui.Foi reserva em uma e cumpriu suspensão em outra.



Em sua terceira temporada na Udinese, entrou em campo 19 vezes, quase a mesma quantidade (22) do que em seu primeiro ano na equipe. Os números deixam claro que Walace está afirmado em uma equipe que busca a afirmação.

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