Incidentes no Gre-Nal motivaram propostas de mudanças que devem ser apresentadas pelo Inter
Foto: Diego Vara / Agencia RBS
O Inter acerta os detalhes da proposta que deve encaminhar à Brigada Militar e ao Ministério Público com o objetivo de dar mais segurança aos torcedores nos Gre-Nais. Além de estudar a proibição do acesso de suas organizadas na Arena, e do Grêmio no Beira-Rio, o clube quer que os torcedores visitantes tenham lugar marcado nos clássicos, o que os tornaria responsáveis por seu assento no estádio.
A intenção colorada é de que o mandante do Gre-Nal seja encarregado de vender todos os ingressos, inclusive os destinados à torcida rival. O clube visitante forneceria a lista de torcedores cadastrados em organizadas para que não possam adquirir entradas. No momento da compra, uma foto do torcedor seria tirada e seu bilhete impresso com o nome e a cadeira marcada. O Inter acredita que as medidas possam eliminar a necessidade de escolta da Brigada Militar aos visitantes para que acessem os estádios.
A questão operacional pode ser um problema para colocar a ideia em prática, já que há poucos integrantes de organizadas do Grêmio cadastrados. A Geral, por exemplo, tem cerca de 200 torcedores oficiais, mas sabe-se que o número de componentes é bem maior. No Inter, a maior parte dos torcedores de organizadas é associada do clube, com fichas de identificação.
— É muito difícil determinar quantos torcedores existem porque muda de jogo para jogo. Alguns saem das torcidas, outros entram. Teria de ser um cadastro atualizado a cada partida — destaca Rodrigo Mattos, da Promotoria do Torcedor.
Para o Inter, a restrição dos cadastrados, mesmo que não tire todos os integrantes de organizadas do estádio, inibirá ações violentas por individualizar o torcedor e desconstruir a ideia de grupo, facilitando a responsabilização de quem praticar atos de vandalismo, por exemplo. O clube acredita que é preciso dar "o primeiro passo" para diminuir a violência nos Gre-Nais, assim como fez com a iniciativa da torcida mista.
Por enquanto, o Grêmio recebe com cautela a intenção do rival. Lauro Noguez, conselheiro nomeado para a assessoria especial de assuntos da torcida, afirmou que o clube vai "respeitar" a decisão colorada se houver restrição de acesso às organizadas tricolores no Beira-Rio.
— O Inter tem autonomia para impedir quem acha que deve ser impedido. Em princípio, não vamos tentar demovê-los da ideia, nem nos opor. Se houver qualquer mudança de postura neste sentido, vamos comunicar — afirmou.
Questionado sobre a suposta insatisfação do Inter com a falta de uma ação enérgica do Grêmio junto às organizadas após os incidentes do Gre-Nal, Noguez lembrou que o clube busca identificar os envolvidos e analisar a fundo os confrontos de torcidas no clássico.
— O Grêmio procede com muito cuidado nestas questões. Há controvérsias sobre quem começou a apedrejar quem. Tudo está sendo estudado. Quando tivermos as identificações, se o Conselho de Administração entender que sanções devem ser aplicadas, então serão aplicadas — explicou.
Os problemas no deslocamento dos visitantes no último clássico motivaram uma reunião com representantes do Ministério Público e da Brigada Militar no início desta semana. As autoridades de segurança pública pretendem promover um encontro com os clubes para debater formas de reduzir a violência nos próximos Gre-Nais.
Restrições das organizadas
ZH procurou líderes de torcidas da Dupla para repercutir a ideia colorada. As organizadas citam a necessidade de identificar os envolvidos em atos de violência, sem responsabilizar o grupo inteiro pelos incidentes.
— Violência existe, não só no futebol, mas em toda a sociedade. Ela está na favela, nos lugares mais pobres, mas também em colégios particulares de ricos. O problema é que querem colocar toda a responsabilidade sobre a organizada — reclama Marcelo Bittencourt, líder da Velha Escola, do Grêmio.
— Não acredito que o Inter possa fazer isso contra a torcida do seu próprio clube. Não sei nem se há sustentação jurídica para uma medida deste tipo. Há câmeras boas, de última geração, para identificar. O que tem de ser feito é combater e fiscalizar — cobra um integrante de organizada do Inter, que preferiu não se identificar.
O torcedor ainda citou o exemplo da Força Feminina Colorada:
— Existem senhoras de idade que fazem parte dessa torcida. Agora elas vão ser impedidas de ir a um clássico na Arena? — questiona.
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Foto: Diego Vara / Agencia RBS
O Inter acerta os detalhes da proposta que deve encaminhar à Brigada Militar e ao Ministério Público com o objetivo de dar mais segurança aos torcedores nos Gre-Nais. Além de estudar a proibição do acesso de suas organizadas na Arena, e do Grêmio no Beira-Rio, o clube quer que os torcedores visitantes tenham lugar marcado nos clássicos, o que os tornaria responsáveis por seu assento no estádio.
A intenção colorada é de que o mandante do Gre-Nal seja encarregado de vender todos os ingressos, inclusive os destinados à torcida rival. O clube visitante forneceria a lista de torcedores cadastrados em organizadas para que não possam adquirir entradas. No momento da compra, uma foto do torcedor seria tirada e seu bilhete impresso com o nome e a cadeira marcada. O Inter acredita que as medidas possam eliminar a necessidade de escolta da Brigada Militar aos visitantes para que acessem os estádios.
A questão operacional pode ser um problema para colocar a ideia em prática, já que há poucos integrantes de organizadas do Grêmio cadastrados. A Geral, por exemplo, tem cerca de 200 torcedores oficiais, mas sabe-se que o número de componentes é bem maior. No Inter, a maior parte dos torcedores de organizadas é associada do clube, com fichas de identificação.
— É muito difícil determinar quantos torcedores existem porque muda de jogo para jogo. Alguns saem das torcidas, outros entram. Teria de ser um cadastro atualizado a cada partida — destaca Rodrigo Mattos, da Promotoria do Torcedor.
Para o Inter, a restrição dos cadastrados, mesmo que não tire todos os integrantes de organizadas do estádio, inibirá ações violentas por individualizar o torcedor e desconstruir a ideia de grupo, facilitando a responsabilização de quem praticar atos de vandalismo, por exemplo. O clube acredita que é preciso dar "o primeiro passo" para diminuir a violência nos Gre-Nais, assim como fez com a iniciativa da torcida mista.
Por enquanto, o Grêmio recebe com cautela a intenção do rival. Lauro Noguez, conselheiro nomeado para a assessoria especial de assuntos da torcida, afirmou que o clube vai "respeitar" a decisão colorada se houver restrição de acesso às organizadas tricolores no Beira-Rio.
— O Inter tem autonomia para impedir quem acha que deve ser impedido. Em princípio, não vamos tentar demovê-los da ideia, nem nos opor. Se houver qualquer mudança de postura neste sentido, vamos comunicar — afirmou.
Questionado sobre a suposta insatisfação do Inter com a falta de uma ação enérgica do Grêmio junto às organizadas após os incidentes do Gre-Nal, Noguez lembrou que o clube busca identificar os envolvidos e analisar a fundo os confrontos de torcidas no clássico.
— O Grêmio procede com muito cuidado nestas questões. Há controvérsias sobre quem começou a apedrejar quem. Tudo está sendo estudado. Quando tivermos as identificações, se o Conselho de Administração entender que sanções devem ser aplicadas, então serão aplicadas — explicou.
Os problemas no deslocamento dos visitantes no último clássico motivaram uma reunião com representantes do Ministério Público e da Brigada Militar no início desta semana. As autoridades de segurança pública pretendem promover um encontro com os clubes para debater formas de reduzir a violência nos próximos Gre-Nais.
Restrições das organizadas
ZH procurou líderes de torcidas da Dupla para repercutir a ideia colorada. As organizadas citam a necessidade de identificar os envolvidos em atos de violência, sem responsabilizar o grupo inteiro pelos incidentes.
— Violência existe, não só no futebol, mas em toda a sociedade. Ela está na favela, nos lugares mais pobres, mas também em colégios particulares de ricos. O problema é que querem colocar toda a responsabilidade sobre a organizada — reclama Marcelo Bittencourt, líder da Velha Escola, do Grêmio.
— Não acredito que o Inter possa fazer isso contra a torcida do seu próprio clube. Não sei nem se há sustentação jurídica para uma medida deste tipo. Há câmeras boas, de última geração, para identificar. O que tem de ser feito é combater e fiscalizar — cobra um integrante de organizada do Inter, que preferiu não se identificar.
O torcedor ainda citou o exemplo da Força Feminina Colorada:
— Existem senhoras de idade que fazem parte dessa torcida. Agora elas vão ser impedidas de ir a um clássico na Arena? — questiona.
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