O que esperar no duelo tático entre os treinadores no Gre-Nal pela Libertadores? Confira

Renato Gaúcho e Eduardo Coudet levam a campo times com vocação ofensiva para clássico desta quinta-feira, às 21h, na Arena


Fonte: Globoesporte.com

O que esperar no duelo tático entre os treinadores no Gre-Nal pela Libertadores? Confira
Foto: Vinícus Costa/BP Filmes
O ineditismo dá um ar solene ao Gre-Nal desta quinta-feira, às 21h, na Arena. O clássico 424 já é histórico por si só, simplesmente por opor Grêmio e Inter pela primeira vez em uma Libertadores. Mas ele também promete dentro de campo, com um duelo tático à parte de estilos de jogo entre Renato Gaúcho e Eduardo Coudet.



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O clássico opõe duas equipes que percorrem caminhos distintos em busca de um mesmo destino final: um futebol bem jogado e "protagonista". Em lados – sempre – opostos, Tricolor e Colorado têm técnicos com uma preferência em comum por times que se proponham a controlar as ações das partidas para buscar as vitórias.

As semelhanças param por aí. O Grêmio de Renato Gaúcho se vê em adaptação à formação com três volantes. Mas mantém o gosto por envolver o adversário, essência dos cinco anos seguidos com o técnico. O Inter de Eduardo Coudet ainda trilha os primeiros passos de um trabalho de apenas três meses. E já dá amostra de entender as ideias tão cobradas por seu técnico.

O duelo não confronta escolas diferentes quanto a ser propositivo ou reativo. Nos mundos ideais do brasileiro e do argentino, os times marcam avançados e propõem o jogo para ter a bola todo o tempo possível. Há diferenças pontuais. Coudet prefere um jogo mais vertical, baseado em intensidade e marcação alta. Com Renato, o passe é instrumento de defesa também. Se for arriscado verticalizar, o Grêmio fica com a bola até que o espaço seja criado pela movimentação dos homens da frente – analisa o comentarista do Grupo RBS Maurício Saraiva.

O "novo" Grêmio de Renato

Renato Gaúcho abre sua quinta temporada no comando do Grêmio "forçado" a mudar um pouco do estilo que o consagrou nos anos anteriores. Sem Jean Pyerre e com Thiago Neves ainda abaixo do esperado, o treinador não tem um meia à disposição para reeditar seu tradicional 4-2-3-1 e o adapta com uma formação com três volantes.

A solução soa temporária até a volta de Jean Pyerre a plenas forças. Mas já tem uma mecânica de jogo que é "azeitada" a cada partida. Renato escala o meio-campo com Lucas Silva como primeiro homem e a dupla Maicon e Matheus Henrique lado a lado. Um trio mais conservador.

Nesta formação, o Grêmio fica menos com a bola e perde um pouco do toque de bola que virou sua marca registrada. Mas ganha em variações para criar jogadas, especialmente pela mobilidade de seu ataque. Com imposição física, Diego Souza abre espaço para infiltrações em velocidade de Everton e Alisson, extremas que têm atuado com posicionamento mais centralizado para entrar na área.

– A primeira coisa que acredito é que nenhum time vai mudar como vem jogando. O Renato vai manter a ideia dos três volantes, uma pegada maior no meio. O Grêmio é tido há anos como o time do toque de bola, ficar com muita posse. Esse ano, o Renato está mudando um pouco, até por não ter o 10. O time tem criado de várias formas. Recupera a posse e vai com velocidade, o Diego Souza muito móvel, abrindo espaço para a entrada de volantes e atacantes – projeta o analista Leonardo Miranda, do blog Painel Tático, do GloboEsporte.com.

O Inter em formação de Coudet

Eduardo Coudet fechou dois meses de Inter no último domingo, já com uma mecânica de jogo enraizada por seus jogadores. A equipe se arma sempre no 4-1-3-2. A partir daí, o primeiro volante – Musto no time titular – recua entre os zagueiros como um líbero para fazer a saída de bola e libera os laterais para se somar ao ataque. Quase um 3-5-2.

O técnico tem predileção por equipes verticais e que buscam incessantemente o ataque. Mas é nos momentos sem a bola em que mais se percebe o dedo do treinador. O Inter atua com suas linhas adiantadas e aplica muita agressividade na marcação alta para pressionar a saída de bola rival e criar chances a partir de roubadas de bola no campo de ataque.

Nesta quinta-feira, o argentino tem o desafio de fazer sua equipe ser protagonista mesmo no Gre-Nal fora de casa. Até o momento, o Inter teve mais posse de bola que o rival em todos os jogos. A tendência é de que ele repita a formação da vitória por 3 a 0 sobre a Universidad Católica (veja acima). Mas D'Alessandro e Patrick podem ganhar espaço no time titular.

– O Inter é um time que tem mais rapidez no meio-campo para construir e destruir. São jogadores que têm função mesmo quando não têm a bola. O Grêmio pode empurrar o Inter para trás na cadência. Mas vejo o Inter mais robusto no meio e com condições de empurrar o Grêmio. O que falta no Inter, para mim, é profundidade. Acho que o Inter está mais forte. Gosto muito desse projeto do Inter. Acho que não está pronto – analisa o comentarista do Grupo Globo Paulo Vinícius Coelho.

Provável Grêmio: Vanderlei; Victor Ferraz, Geromel, Kannemann (David Braz) e Caio Henrique; Maicon, Lucas Silva e Matheus Henrique; Alisson, Everton e Diego Souza.



Provável Inter: Marcelo Lomba; Rodinei, Bruno Fuchs, Víctor Cuesta e Uendel; Musto, Marcos Guilherme, Edenilson e Boschilia (Patrick); Thiago Galhado (D'Alessandro) e Guerrero.


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